CAPÍTULO 57

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Eu não conseguia mais ficar naquele ambiente

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Eu não conseguia mais ficar naquele ambiente. Pareciam que todos os olhares estavam sobre mim. Parecia que todos ali dentro sabiam e viam que eu havia sido deixada de lado, e o meu marido havia saído com sua outra esposa.

Sinto aquela agonia crescendo rápido demais e não consigo nem me sentar, sentindo como se houvesse uma mão apertando e asfixiando minha garganta, e por mais que eu tente puxar o máximo de ar possível, eu não consigo.

- A senhora está bem? - Nuria pergunta se levanta do ao meu lado, me obrigando a olhar para ela, e então vejo por trás da minha empregada meus dois filhos que agora estavam cordados, olhando admirados para os brinquedos pendurados a cima deles no carrinho, e meu peito se aperta ainda mais.

Como podiam eles serem tão tranquilos? Como eu invejava essa paz e tranquilidade das crianças que não entendiam nada a sua volta, mesmo que estivessem imersos nesse mundo tão conturbado.

Então, aqueles dois pares de olhos azuis e verdes olham para mim, e me encaram ao mesmo tempo, e eu sustento o olhar deles, sentindo toda aquela paz e amor que eles transmitiam.

Meus filhos eram tão idênticos, tão parecidos um com o outro, como cópias quase perfeitas, mas seus olhos eram completamente diferentes. Não conseguia entender como isso era possível, mas era lindo, mágico e tão raro.

E ali, olhando para aqueles olhos decido que não quero mais ficar naquele salão, naquele baile, com aquelas pessoas. Eu quero a paz e conforto da minha casa, ao lado dos meus bebês. E não estou falando da casa do Rael, e sim da casa dos meus pais. Eu queria tanto poder pegar os dois e fugir para lá. Porque não adianta, por mais que os últimos dias com o Rael parecessem perfeitos, uma convivência tranquila entre marido e mulher, sempre haveria uma primeira esposa, sempre haveria um mundo completamente diferente do meu, sempre haveria o mundo fora das paredes daquela casa, o qual eu sentia não me encaixar.

- Eu quero ir pra casa. - sussurro, mas Nuria me houve e concorda pegando rapidamente a bolsa dos gêmeos e as coisas deles. Porém, a casa que eu falava não era a que ela esperava que eu fosse, era uma casa que ficava além de um oceano daqui.

Ajudo Nuria com as coisas e logo um dos seguranças que estava próximo a parede, nos observando de longe, vem nos ajudar, e ele pega as bolsas e eu deixo Nuria levar o carrinho com os meus bebês.

Mas assim que chegamos na saída lateral, e o carro que trouxe a Nuria e as crianças para a nossa frente, depois do segurança ter chamado o motorista pelo rápido, eu pego o Raed e o coloco no carro, prendendo ele na cadeirinha. E assim que vou pegar o Dário que parece estar inquieto, olho bem para ele vendo seu encômo, e logo o trago mais para perto sentindo sua fralda que parece estar cheia.

- Eu vou precisar trocar ele. - falo me virando para a Nuria que concorda parada logo atrás de mim.

- Se a senhora quiser eu o levo rápido até o banheiro e o troco, enquanto a senhora espera com o Raed.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora