CAPÍTULO 36

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Assim que entro em meu quarto meu celular começa a tocar e vejo o nome de Hanna na tela junto com nossa foto tirada em uma de nossas tardes juntas no apartamento, e não consigo conter as lágrimas que eu vinha reprimindo até aquele momento

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Assim que entro em meu quarto meu celular começa a tocar e vejo o nome de Hanna na tela junto com nossa foto tirada em uma de nossas tardes juntas no apartamento, e não consigo conter as lágrimas que eu vinha reprimindo até aquele momento.

- Você não respondeu, eu fiquei preocupada. Como você está? Vocês já fizeram o exame? - Hanna dispara em falar assim que eu a atendo.

- Sim. Céus! Porque você me fez esconder isso dele? - questiono com minha voz embargada pelas lágrimas quando me sento inconformada sobre a cama, sentindo meu peito se apertar em uma dor agoniante.

- Me desculpe, amiga. Eu achei que seria melhor. O Rael é tão cultural que eu fiquei com medo da reação dele se soubesse que os filhos de vocês eram meninos. Isso poderia dispertar seu lado mais obsessivo, que poderia sufocar você.

- Mais do que ele ja está? - pergunto retórica, porque sabia que mais do que ele já parecia possessivo seria impossível - Hanna, eu vi o quanto ele ficou magoado e depois furioso. Ele está achando que eu o trai.

- Ah, Isa. Me perdoe por favor. Eu não poderia prever que a reação dele fosse essa. Allah!! Eu vou pegar o primeiro vôo para ficar com você. Eu deveria ter tentado impedir que ele a levasse.

- Não. Ninguém pode fazer nada, assim como não pudemos quando ele me fez casar. Agora é esperar para saber o que ele vai fazer.

Respiro fundo tentando controlar meu choro e me jogo de costas contra as almofadas da cama.

Eu estava exausta psicologicamente, isso tudo estava acabando comigo, e esse aperto em meu peito parecia querer me sufocar.

- Eu sinto tanto amiga. Mas e os bebês como estão? O Rael ao menos demonstrou alguma satisfação em saber que vocês terão dois meninos? Pelo costume ele a encherá de presentes, fará uma grande festa para comemorar e anunciará a todos a chegada dos seus primogênitos.

As palavras de Hanna fazem meu peito se apertar ainda mais, e novas lágrimas correrem pelo meu rosto, pensando que por tudo indicava eu não teria nada disso. Não que eu quisesse, mas parecia doer essa sensação de que o Rael nem ao menos estava ao meu lado nessa hora. O que era estranho para alguém que deveria ficar aliviada por ele se manter afastado.

- Eu não sei. Ele não falou muito além de me acusar por lhe trair. Mas os bebês estão bem pelo que os exames mostraram.

- Que bom. Mas não fique assim, logo ele deve chegar e lhe surpreender com jóias e presentes. Afinal, você está dando a ele muito mais do que ele poderia querer.

Não discordo da minha amiga, e no fundo espero ansiosamente pelo momento em que o Rael passasse por essas portas e me surpreendesse dizendo que ele estaria ao meu lado independente de tudo o que aconteceu.

Mas isso é algo que não acontece, nem depois que passo horas falando com a Hanna pelo telefone, nem naquela noite, muito menos na manhã seguinte, e toda a dor que eu sentia havia se transformado em um abismo de mágoa que me machucava ainda mais.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora