EP 71

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B: Eu consegui catar os meus cacos — menti. Meu coração ainda estava despedaçado e não havia um dia sequer que eu não pensasse neles, mas não queria me humilhar diante do Victor.

V: Sinto muito por tê-la feito passar por isso.

B: Veio de Londres para cá só para me dizer que sente muito? Não precisava ter enfrentado mais de doze horas de voo para isso. Poderia ter me ligado, meu número de celular não mudou.

V: Felizmente, nem o endereço que passou para a senhora Vitória.

B: O que veio fazer aqui, Victor? — Fui direta ao ponto. Ele poderia ter os motivos dele, não o julgava, mas vir até o Brasil para me fazer de brinquedo era algo que não admitiria.

V: Michael sentiu saudades e eu também.

B: Não tenho coração para isso, desculpa. — Coloquei o Michael no colo dele e dei um passo para dentro do açougue.

Meus pais e os clientes estavam olhando para nós, por mais que não compreendessem nenhuma palavra do que estávamos falando.

V: Bárbara! — Victor colocou Michael no chão e segurou o meu pulso antes que eu fosse para longe demais.

Eu não estava esperando e fui pega completamente desarmada quando Victor puxou o meu rosto e me beijou. Sua língua pediu passagem para a minha boca e eu não tive alternativa que não fosse retribui-lo. Seu beijo me fez flutuar e senti como se estivesse pisando na neve macia novamente. Em nenhum momento pensei em afastá-lo, e foi como se nada mais existisse além de nós dois.

F: Quem é esse homem beijando a nossa filha? — Uma parte da minha mente ouviu a minha mãe questionar.

A: Deixa eles, Flávia. Depois a Bárbara explica.

Segurei o rosto do Victor e retribui ao beijo na mesma intensidade. Depositei nele toda a frustação pelo tempo que ele havia me feito ficar longe dele e do filho, mas também, toda saudade.

M: Solta ela! — Michael brigou com o pai e fez com que nos afastássemos, rindo.

B: Eu estou bem, anjinho. — Acariciei a cabeça dele.

V: Babi, volta para Londres comigo? — pediu Victor.

B: Tenho uma vida aqui. Foi bom ser babá do Michael, mas foi bem confuso para todos nós no final.

V: Não como babá. Vai ser a mãe que ele tanto quer e minha esposa. — Victor tirou uma caixa de veludo do bolso e se ajoelhou diante de mim.

Ele abriu a caixinha, revelando um anel muito brilhante feito com pequenos diamantes que rodeavam um coração de rubi.

V: Casa comigo, Bárbara?

B: Você ficou louco? — A minha surpresa foi tão grande que não consegui conter aquela exclamação.

V: É a atitude mais sensata que tomo em anos.

Eu olhei para ele e para o anel milhares de vezes. Dentre todas as maneiras que imaginei ser pedida em casamento, aquela nunca tinha entrado na lista. Estava surpresa, chocada e sem palavras. Ele havia me magoado ao me colocar para fora da Sky House daquele jeito e achei que ele nunca fosse capaz de seguir em frente depois da perda da primeira esposa. Contudo, Victor estava ali, diante de mim, esperando a minha resposta, e isso era um sinal que eu estava errada. Victor estava se abrindo por mim, não apenas me aceitando em sua vida, mas me pedindo em casamento.

V: Seja a minha segunda chance, Bárbara.

B: Sabe que o que está me pedindo é sério, não sabe?

V: Sou um homem que faz brincadeiras?

B: Não.

O pedido veioooooo

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