EP 43

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B: Agora vamos deixá-lo dormir e acompanhar para ver se a febre passa. Pode ser só uma virose ou algo que não fez bem, mas se a febre não baixar, acho melhor levá-lo ao médico.

V: Okay! — Peguei o Michael dos braços dela e o levei para o berço. Acomodei-o bem e beijei o topo da sua cabeça antes de me afastar.

O choro havia parado e eu torcia para que não fosse nada mais grave, pois não havia coisa pior no mundo do que o meu filho doente.

Saí de perto do berço e vi que ela estava sentada no sofá junto a uma parede do quarto.

V: Não vai voltar a dormir?

B: Vou ficar por aqui. — Puxou a barra da camisola para esconder os joelhos, mas acabou salientando o decote e seus seios roliços.

V: Pode ir dormir, Bárbara. Vou ficar aqui com ele. — Por reflexo, acabei falando o primeiro nome dela, mas isso não pareceu incomodá-la.

B: Quero ficar com o Michael. Não vou dormir bem se continuar preocupada com ele, então acho melhor ficar por aqui. Podemos dividir esse sofá ou você pode ficar na sua cama, e se algo acontecer, você vê pela babá eletrônica ou eu te aviso.

V: Vou ficar por aqui também. — Sentei ao lado dela no sofá e a babá apenas assentiu. Nem me importei com ela me tratando por você, pois estava mais preocupado com o bem estar do meu filho.

Não sei por quanto tempo ficamos encarando o berço enquanto o Michael dormia, porém, em algum momento da madrugada, acabei pegando no sono.

BÁRBARA

Acordei sentindo o ombro pesado e virei para o lado em um rompante, percebendo que Victor estava dormindo nele. Meu ato afoito acabou acordando-o e ele me encarou com seus olhos azuis. Nossos rostos estavam tão próximos, que nossa respiração se mesclou. Por um momento eu me senti paralisada e não consegui virar o rosto em nenhuma direção.
Estava prestes a me levantar quando a distância finalmente desapareceu. A boca que eu tanto queria veio parar na minha e percebi que, nem que fosse apenas um pouco, aquele homem também me desejava.

O beijo começou cálido, aquecendo os meus lábios e todo o restante do meu corpo. Depois, eu abri a boca e permiti que a língua dele entrasse. Sou incapaz de descrever o quanto foi mágico. Enquanto a sua língua procurava pela minha, o beijo foi se tornando mais quente e eu senti sede, meu fôlego também desapareceu, sendo sugado por ele.

Senti o peso da sua mão na minha coxa e envolvi o seu pescoço com os meus braços. Estava sedenta e ofegante, mas não queria que o beijo parasse nunca. Grande parte de mim queria mergulhar naquele sabor para sempre, e a pequena dose de racionalidade foi completamente suprimida pelo desejo. Eu não fazia ideia do que era sentir tesão por alguém, do que era provar de uma atração insana até aquele momento.

M: Papai? — Ouvimos a voz do Michael e Victor se afastou de mim como se houvesse tomado um choque.

V: Isso foi um erro. Por favor, me desculpe. — Levantou confuso, balançando a cabeça como se houvesse tomado um coice no peito.

Erro?

Não! Espera, Victor, eu gostei. Não foi um erro. Aquela resposta ficou entalada na minha garganta, mas eu não disse nada.

B: Como você está, Michael? — Aproximei-me do berço ao lado de pai e filho.

O garotinho apenas tombou a cabeça de lado e ficou me encarando. Percebi um sorriso em sua expressão, mas não poderia dizer como ele estava.

V: Acho que a febre passou. — Victor colocou a mão sobre a testa do filho.

B: Eu vou pegar o termômetro.

Coloquei na boca dele e esperei alguns minutos até que que apitasse.

B: Trinta e seis e meio, está normal.

V: Que bom! — Ele respirou aliviado.

B: Pode ir trabalhar que eu vou tomar conta dele.

V: Ele passou a noite doente...

B: Victor, você sabe que se algo acontecer com ele, vou te ligar.
V: Ele precisa de mim.

B: Mas tem a mim. Pode ir trabalhar sem se preocupar. Michael ficará bem.

V: Certo. — Ele recuou alguns passos e saiu do quarto.

VICTOR

O certo seria ter ficado na Sky House. Meu filho teve febre no período da noite e precisava de mim, porém, ao invés de ficar ao lado dele, fui um covarde e fugi.

Onde estava com a cabeça quando me permiti beijar a babá do Michael?

Não queria que achasse que estava me aproveitando dela. Era apenas uma mulher jovem e bonita. Eu precisava me controlar.

Peguei o meu celular e mandei uma mensagem para ela. Independente de tê-la beijado e isso ter me deixado sem jeito, meu filho era a minha prioridade.

Victor: Como está o Michael?

Bárbara: Bem. Ele já comeu e agora estamos brincando.

Ela me mandou um vídeo dele cambaleando atrás de uma bola e um sorriso se formou nos meus lábios.

Bárbara: Ele já anda para todo lado.

Victor: Sim.

Ela era só uma garota, linda, mas uma menina que ainda cursava a faculdade. Se me recordava bem, Vitória havia me dito que ela tinha vinte anos, quinze mais nova do que eu. Havia saído do Brasil para estudar e não precisava ser envolvida pelo meu caos.

Secretaria: Senhor Augusto. — Minha secretária bateu na minha porta e a abriu logo em seguida, sem esperar pela minha resposta.

V: O que foi? — Segurei uma das canetas sobre a mesa e fingi estar fazendo algo útil.

Secretaria:  O senhor Jackson, gerente da filial de Dublin, acabou de chegar para a reunião que o senhor solicitou.

V: Sim. Por favor, peça para ele me aguardar na sala de reuniões que eu já irei até lá.

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