EP 46

15.2K 930 173
                                    

Maratona 01/10

Quanto mais o Victor me apertava, me beijava, maiores eram as palpitações.

Senti o volume entre as suas pernas ser pressionado contra a minha intimidade e soltei um gritinho rouco. Poderia nunca ter experimentado, mas já havia sentido antes e sabia o que significava uma ereção masculina.

B: Victor? — chamei por ele enquanto deslizava a língua pela linha do meu pescoço.

Ele levantou o olhar e buscou o meu, porém, felizmente, não se afastou de mim.

V: Eu vou parar...

B: Não é isso.

V: Então o que foi? — Manteve as mãos na minha cintura, porém me encarou com uma postura mais séria e eu percebi que havia jogado todo o nosso clima para o espaço.

B: Eu sou... sou...

V: O quê? — Arqueou as sobrancelhas.

B:  Virgem. — Engoli em seco e murchei como uma planta sem água ao perceber que não era o melhor momento para ter dito aquilo.

— É melhor ir estudar, senhorita Passos. — Victor me encarou sério e eu abaixei a cabeça, percebendo que poderia tê-lo afastado de mim de novo. Definitivamente, não era o que eu queria, porém, o que fazer? Deixar que ele avançasse até descobrir que eu era virgem no meio do ato? Também não queria que a minha primeira vez acontecesse daquele jeito. Nem sabia se deveria permitir que fosse com ele.

Olhei para Victor uma última vez e saí do quarto sem dizer nada.

Eu não sabia até onde estava disposta a ir com ele e, enquanto não possuísse a resposta para essa pergunta, era melhor manter a situação apenas no beijo.

VICTOR

Anos mais nova do que eu, estrangeira, babá do meu filho, virgem... havia uma série de empecilhos para que eu não me aproximasse da Bárbara.

Assim que ela deixou o meu quarto, fechei a porta e tirei a roupa. Um banho poderia lavar a minha alma e talvez os inúmeros pecados que carregava comigo. Não tinha uma mulher há muito tempo, nem me lembrava da última vez que tive uma boa noite de sexo.
Mal consegui beijar a Bárbara sem me sentir culpado.

Ela era apenas uma garota! Ainda que eu fosse me deitar com ela apenas por prazer, só para poder possuir outra mulher de novo, eu não poderia fazer isso sem sentir o peso da culpa.

Estava perdido, quebrado, não arrastaria outra mulher para a minha confusão. Tudo o que eu precisava era não me envolver com mais ninguém. A relação que eu tinha com o Michael iria me bastar.

Era o meu filho, a minha alegria, isso que me importava.

Entrei no box, abri o chuveiro e deixei a água escorrer pelo meu corpo. Ela estava fria, mas não me dei ao trabalho de virar a alavanca para a água cair mais quente.

Respirei fundo, tombando a cabeça e encostando a testa no azulejo branco. Segurei na parede com as palmas das mãos abertas e respirei fundo, observando a água escorrer pelos meus cabelos, nariz e boca.

Sexo...

Eu havia ficado muito bem sem pensar nisso por um tempo. Confesso que talvez houvesse me anulado como homem.

Havia beijado a Bárbara duas vezes e gostado muito. Por que não poderia continuar beijando?

Virgem...

Só uma menina. Ela era quinze anos mais nova que eu.

Girei o corpo e escorei as costas na parede azulejada. Estava tão cansado de não saber o que fazer, de não poder seguir os meus instintos, mesmo quando eles pareciam estar me indicando o caminho errado.

Segurei o meu membro entre os dedos. Fechei os olhos e me recordei da sensação, do que era ter um corpo macio e quente contra o meu enquanto eu simplesmente o penetrava. Cerrei os lábios para abafar qualquer gemido.

Eu me permiti sentir prazer, ter as sensações se espalhando pelo meu corpo enquanto subia e descia com a mão. Não havia nada de errado nisso, não havia nada de errado em continuar vivendo. Repeti centenas de vezes na esperança que começasse a acreditar.

BÁRBARA

Não consegui dormir naquele dia, passei a noite inteira virando de um lado para o outro da cama.

Lembrei de um livro que havia lido uma vez. Não precisa ser o único, não precisa ser o cara certo, mas um que faça com que você se sinta bem já iria servir. Definitivamente, Victor fazia com que eu me sentisse mais do que bem.

Levantei da cama, estava com a garganta seca. Iria até a cozinha tomar um copo com água. Além disso, esperava conseguir parar de pensar tanto e finalmente dormir.

Não me dei ao trabalho de acender a luz. Apenas com a ajuda da lua, esgueirei-me para o corredor e desci os dois andares de escada. Cheguei ao primeiro piso e fui obrigada a acender a luz para encontrar o caminho até a cozinha.

Peguei um copo com água e escorei na bancada de pedra. Beberiquei lentamente enquanto pensava. A minha vontade era de ir até o quarto do Victor, pedir desculpas e retomar os beijos que ele não deveria ter interrompido nunca, porém fui sensata o suficiente para me conter. Não poderia fazer isso.

Fiquei girando o copo, pensativa, mas quase o deixei cair quando vi o Victor entrar na cozinha. Pelo jeito, quanto mais queríamos evitar os fantasmas, era quando eles mais apareciam. Eu sabia que ele só dormia de cueca, pois já tinha o visto algumas vezes assim, porém, naquela madrugada, foi ainda mais impactante ver o abdômen dele a mostra.

Engasguei com o ar e tomei mais alguns goles da água para não tossir na frente dele.

B: Também está com sede?

V: Só estranhei o barulho e a luz acesa.

B: Não consegui dormir. — Deixei o copo sobre a bancada e me escorei nela.

V: É, eu também não.

B: Não sou do tipo que foge.

V: Já percebi isso. — Ele sorriu.

B: Quando eu disse que era virgem, não significava que eu estava fugindo, era só uma informação.

Acharam q ia ter hot né KKKK
✨Deixem a estrelinha ✨
🌌Comentem 🌌
Amo vcs❤️

𝙊 𝘾𝙀𝙊 𝙑𝙄𝙐𝙑𝙊 𝙀 𝘼 𝘽𝘼𝘽𝘼Onde histórias criam vida. Descubra agora