EP 39

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— Mais coisas? — Revirei os olhos.

— O senhor passou muito tempo fora, e acabaram se acumulando.

— Mas eu estava trabalhando da mansão. Poderia ter enviado por algum motorista. Eu assinava e ele trazia de volta.

— São documentos muito sigilosos, senhor. Preferi esperar que o senhor voltasse.

— E se eu não voltasse nunca?

— Têm alguns relatórios que o senhor também precisa conferir.

— Vou olhar assim que eu assinar tudo isso.

— Okay, senhor Augusto. Existe algo em que eu possa ajudá-lo?

— Traga um café para mim e peça para entregarem o meu almoço aqui. Ao que parece, terei um dia bem longo.

— Comeu alguma coisa pela manhã?

— Não.

— Posso trazer também um waffle?

— Pode.

Meu celular vibrou sobre a mesa e eu parei de assinar para ver a mensagem.

Bárbara: Olha, papai, estou brincando.

Um sorriso se formou no meu rosto ao ver uma foto do meu filho se divertindo com o brinquedo das cores.

Victor: Ele realmente gostou desse brinquedo.

Bárbara: Está amando. Você não faz ideia.

Houve uma parte de mim que sentiu ciúmes daquela cena.

Estava difícil me conter.

Babi: Acho que logo ele vai conseguir falar azul. Pelo tanto que gosta dessa cor.

Victor: Achei que ele gostasse de vermelho.

Bárbara: Azul ele encontra rapidinho. Mas vou deixar o senhor trabalhar. Mandei a mensagem só para que soubesse que ele está bem.

Victor: Estou com saudades do meu filho.

Fiquei surpreso ao confessar tão tranquilamente para uma estranha.

𝙊 𝘾𝙀𝙊 𝙑𝙄𝙐𝙑𝙊 𝙀 𝘼 𝘽𝘼𝘽𝘼Onde histórias criam vida. Descubra agora