EP 3

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EP 3
Minutos depois, ou talvez uma hora, parei meu esportivo diante da mansão que pertencia a minha família há décadas e nem me dei ao trabalho de colocar o carro na garagem. Saí na chuva e as gotas salpicaram o blazer preto do meu terno.

Abri a porta, sentindo o meu coração ficar ainda mais apertado, pois sabia que não importava o que eu tentasse fazer, não havia nada no mundo que fosse capaz de trazer a Tainá de volta.
Sempre fui muito competitivo, mas aquela foi a minha maior derrota.
Felizmente, não havia nenhum empregado no caminho do hall até o andar superior da mansão. Passei direto pela porta do meu quarto e entrei no do meu filho. Ainda estava chovendo, as gotas faziam barulho ao bater na superfície externa, porém, estranhamente, havia luz naquele quarto, mesmo que as lâmpadas estivessem apagadas. Peguei um ursinho no chão sobre o tapete felpudo e caminhei até o berço. Debrucei-me na lateral de madeira e olhei para dentro. Meu filho estava dormindo, mas, no momento que me aproximei, ele abriu os olhos e começou a chorar. Eu não havia ditouma única palavra, mas senti que ele soube no momento em que olhou para mim.
Deixei o ursinho no berço e peguei o Michael no colo. Ele se aconchegou em mim e, felizmente, parou de chorar. Uma parte de mim parecia destruída, mas o meu filho era a minha luz e, por ele, eu ainda precisava permanecer de pé.

BÁRBARA

— Vai! — Dei um tapinha na lateral do meu monitor na esperança que a internet fosse mais rápido.

Sabia que não era desse jeito que funcionava, que a conexão ruim da internet da minha casa não ficaria melhor com agressão e gritaria, contudo, naquele momento, era difícil conter a ansiedade e o nervosismo.

𝙊 𝘾𝙀𝙊 𝙑𝙄𝙐𝙑𝙊 𝙀 𝘼 𝘽𝘼𝘽𝘼Onde histórias criam vida. Descubra agora