EP 36

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A senhora Vitória havia escolhido bem. A garota estrangeira era tão ou mais determinada do que a minha velha governanta. Estava decidida a me convencer a ir para a empresa. A Aliance Cars precisava do seu CEO, mas não teria até que eu tivesse certeza de que o meu filho estaria em segurança.

Vou cuidar dele como se fosse o meu próprio filho, sua voz ecoou em minha mente e, a princípio, me causou desconforto. Era o meu filho e não dela.

No fundo, era muito mais doloroso para mim deixar o meu filho do que parecia ser para ele conviver com outra pessoa enquanto eu passava o dia trabalhando.

— Vai me informar o que está acontecendo com ele a cada meia hora?

— Sim, senhor. — Ela balançou a cabeça em afirmativa.

Peguei o celular dela e salvei o meu número nos contatos.

— Pode trabalhar, senhor Augusto. Eu cuidarei bem dele.

— Se algo acontecer...

— Eu ligo.

Ela gostava de me interromper. Não lembrava de onde exatamente ela viera, mas odiava a falta de cordialidade e bons modos.

Curvei-me sobre o berço e dei um beijo no alto da testa do meu filho. Precisei fazer uma força tremenda para me afastar dele. Não era fácil, eu não estava sabendo lidar com toda aquela dor, porém, com a babá me encarando, dei as costas e saí do quarto do Michael, indo para a empresa trabalhar.

BÁRBARA

— Seu pai não gosta muito de deixar você, não é? — falei com o bebê ao me debruçar sobre o berço quando o homem desapareceu no corredor

𝙊 𝘾𝙀𝙊 𝙑𝙄𝙐𝙑𝙊 𝙀 𝘼 𝘽𝘼𝘽𝘼Onde histórias criam vida. Descubra agora