EP 11

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Maratona 01/10

Fiquei sentado em uma poltrona, segurando o meu filho no colo enquanto ele dormia. O quarto estava extremamente silencioso.

Durante aquelas horas, desde que eu havia chegado ao hospital com o meu filho e permitiram que eu ficasse no quarto da Vitória enquanto ela se recuperava das intervenções médicas, eu revivi momentos de angústia.

Era impossível não pensar em quanto a vida era injusta. Tainá bebia em raras ocasiões, nunca havia fumado um cigarro, mas morrera de câncer de pulmão. Justificativa, os médicos não
tinham.

— Sr Augusto? — Vitória abriu os olhos devagar, parecendo enfrentar uma luta até me encontrar sentado em uma poltrona ao lado da sua cama.

— Estou aqui, Vitória! — Levantei, acomodando o Michael no meu colo, e segurei a mão dela.

— Onde estão os meus filhos?

— Eu avisei para eles. O Dominic está transportando uma carga e está a caminho de Inverness, virá o mais rápido possível. Já o Isaac deve estar chegando.

— Obrigada por avisá-los.

— São os seus filhos.

— O senhor também é como um filho para mim.

— Obrigado, Vitória.

— O que aconteceu comigo? Por que a minha cabeça dói tanto?

— Segundo os médicos, você teve um acidente vascular cerebral.

— Um AVC?

Balancei a cabeça em afirmativa.

— E foi muito grave?

— Eles só saberão a extensão das sequelas após mais alguns exames e um tempo de observação.

— Eu... eu... — começou a gaguejar.

𝙊 𝘾𝙀𝙊 𝙑𝙄𝙐𝙑𝙊 𝙀 𝘼 𝘽𝘼𝘽𝘼Onde histórias criam vida. Descubra agora