Capítulo 50

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Então...era isso, eu me lembrava claramente desse dia, ele estava fantasiado de nuvem, soltei uma leve risada ao me recordar do pequeno Shikadai vestido todo de branco e com pequenos pompons da mesma cor.

– Agradeço a senhora por me contar isso...a verdade é que...eu também gosto muito dele, mas...o Shikadai anda meio distante ultimamente. – Falei me sentindo derrotada.

– Ah minha querida, não se sinta assim, esse garoto é simplesmente tão travado quanto o pai – Ela corou ao falar do seu marido. – E Akemi... pode me chamar de Temari, eu realmente me sinto velha com você me chamando de senhora. – Ela me ofereceu um sorriso simpático.

A conversa poderia ter se estendido mas ao olhar para o relógio, vi que estava atrasada, o festival começaria em 10 minutos e eu tinha prometido a Sarada que me encontraria com ela naquele horário.

Me despedi rapidamente da Temari e corri em direção a minha casa.

Por sorte, eu já havia preparado tudo com antecedência e logo me vesti.

Quando cheguei ao festival, Sarada já me esperava, ela estava radiante, até demais...por algum motivo ela não parava de sorrir e soltar uma pequena risada do nada.

Algo estava muito estranho.

Tudo começou a ficar ainda mais confuso quando ela me guiou até um banco um pouco afastado da área do festival.

Lá havia algumas flores e tudo parecia perfeito demais, como se alguém realmente estivesse preparado para que nada estivesse fora do lugar.

– Sarada...fala de uma vez, desde o começo do festival você está estranha e agora me manda sentar nesse banco e esperar? – Várias perguntas rondavam minha mente... ela havia pedido para eu esperar mas...esperar por quem?

– Sem perguntas!! Apenas sente-se enquanto eu vou...é... ir ali. – Ela parecia nervosa, não tive muito o que falar pois ela já havia começado a correr em uma direção oposta.

Já que eu estava ali, iria aproveitar esse momento, as flores deixavam um aroma perfeito no ar, o céu estava lindo, cheio de nuvens...

Nuvens...de repente me peguei sorrindo ao lembrar do Shikadai vestido de nuvem, aquela fantasia com certeza teria sido ideia do pai dele, o senhor Shikamaru sempre teve a fama de apreciador de nuvens.

Eu ainda estava rindo quando sinto alguém chegando por trás e tampando meus olhos, por reflexo em um movimento rápido puxei o braço dessa pessoa a fazendo cair no chão e a imobilizei com as minhas pernas, sacando uma kunai.

Antes que eu pudesse desferir algum golpe, vi que essa pessoa era na verdade Shikadai e agora eu estava montada em cima dele com uma kunai a centímetros de seu pescoço.

– Shikadai? O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA?? EU PODERIA TER TE MATADO. – A reação dele foi totalmente diferente da que eu esperava, ele estava rindo.

– Uau Anjo, não precisava de tudo isso e que força hein, pra alguém tão baixinha. – Saí de cima dele e lhe acertei com um soco no braço.

– Aí, aí tabom, sem surpresas românticas, já entendi não precisa bater. –Ele se levantou tirando um pouco de terra que ficaram em suas roupas.

– Não Shikadai, esse soco não foi só pelo susto, foi também pelo fato de você estar me ignorando depois de dizer que me ama...por acaso era tudo uma brincadeira? – Não poderia ter sido uma brincadeira mas eu precisava perguntar, as palavras da mãe dele martelavam em minha cabeça, o porquê dele me chamar assim.

– O que? Claro que não Anjo, não era brincadeira e eu te amo muito, era só que eu estava planejando algo para nós dois e acabou demorando mais do que o esperado já que eu fui mandado em missão, então resolvi pedir ajuda da Sarada e do Boruto, ele surtou e me bateu muito no início mas depois ele pareceu ter ficado um pouco melhor em relação a nós.– Ele me olhava meio envergonhado e com ambas as mãos no bolso.

–  Para nós dois? – Essa era a minha única dúvida no momento.

– Bom sim...eu queria que fosse especial. – O que deveria ser especial?

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele pegou minhas mãos e buscou algo dentro de seu bolso.

Era um caixinha vermelha, ele parecia estar...tremendo.

– Uzumaki Akemi...v-você quer namorar comigo e me dar a honra de ser o cara mais feliz do mundo? – Ele abriu a caixinha e dentro estava o colar, aquele colar que me fazia tanta falta, ele significava muito para ambos e agora podendo ver melhor, notei que haviam dois, dois colares com o mesmo modelo.

Fiquei tão feliz, ondas elétricas se espalharam pelo meu corpo e mesmo estando tão surpresa, consegui falar mesmo que uma única palavra.

– Sim. – Antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa, ele me puxou para um beijo.

Minha inexperiência era evidente, minha insegurança falou mais alto e eu rapidamente interrompi o beijo.

– S-Shikadai...me desculpe, não sei se eu vou poder oferecer tudo o que você espera de mim...você já ficou com algumas garotas e obviamente eu não tenho a metade da beleza delas ou experiência. – Me lembrei da garota que ele beijava no campo naquele dia em que fui me declarar para ele. Shikadai que antes estava confuso, pareceu completamente indignado agora.

– Anjo? Você está se ouvindo? Nem em um milhão de anos vai existir alguém tão perfeita quanto você e a razão pela qual eu saí com todas aquelas garotas, era pra tentar esquecer você, elas precisavam de um cara pra descontar as suas frustrações e eu só pensava em ouvir sua voz, ver o seu sorriso e de qualquer forma...eu precisava esquecer aquilo e me pareceu conveniente no momento... e Anjo eu só quero que você entenda que é você e sempre será você, cada minuto do meu dia é uma contagem regressiva para te ver de novo, eu só quero que você saiba que penso em você a todo instante. Quando você apareceu no meu caminho, você era a luz que eu precisava para ver as coisas boas ao meu redor, mesmo entre as sombras, me encontrei em você, e na falta de outras palavras: eu amo você anjo. Eu te amo tanto que dói. – Ele me olhava buscando algum sinal em mim.

Eu precisava falar algo, puxei o ar e tentei por em palavras o que eu estava sentindo.

– E-Eu te amo e... obrigada por ter me salvado, obrigada por ser tão incrível e obrigada por ser meu n-namorado. – O abracei com todas as minhas forças e ambos sorriam, aquele sorriso bobo.

Ele colocou o colar em mim enquanto eu colocava o dele em volta de seu pescoço.

Esses colares...eram o significado de que não importava o lugar ou o tempo.

Nós sempre estaríamos um do lado do outro e protegeríamos um ao outro.

Eu o amo, o amo com tudo que tenho.

E naquele dia, naquele banco, juramos nos amar e jamais deixar que tantas coisas nos impeçam de chegar um até o abraço do outro novamente.











É o fim??

Entre as sombras || Nara ShikadaiOnde histórias criam vida. Descubra agora