40. Você é apenas uma garota

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23 de junho de 1996
Segunda fase

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Ela abriu seus olhos. Amanda olhou para o teto de seu quarto, querendo esquecer por completo o motivo pelo qual ela havia sido liberada mais cedo da escola, alguns dias antes do que todos os outros alunos. Ela fecha seus olhos com força, sentindo as lágrimas escorrem mais uma vez pelo seu rosto, relembrando mais uma vez a conversa nos corredores do castelo.

- Precisamos ir para o St. Mungus! Por que você o deixou o papai sozinho lá? - Amanda fala em desespero

- F-Filha - um suspiro ecoa - ele não está não St. Mungus. - A voz de Anna sai trêmula

- Como assim não está? Ele foi enviado para outro hospital? Não conheço outro lugar de tratamento para acidentes mágicos na Inglaterra. - ela coça a têmpora, não entendendo o raciocínio de sua mãe e querendo empurrar para longe o que começava a se tornar mais óbvio.

- Filha, ele não está sendo tratado no St.Mungus, e em nenhum outro lugar. Ele - a mulher desaba em lágrimas.

Aquilo atinge Amanda como uma faca, cortando todo o seu peito por inteiro. Ela olha para McGonagall que tem olhos marejados, e depois olha para Draco, que tinha um olhar de pena sobre ela. Aquilo não podia ser real. Não podia.

- NÃO! - ela grita, negando com a cabeça, fugindo do toque da mãe e dando passos para trás, quase tropeçando nos próprios pés enquanto encarava os três. Seus olhos ardiam e sua visão começou a ficar embaçada. Seu peito queimava como o diabo. O oxigênio que pairava no ar parecia não ser mais o suficiente, e seus lábios tremiam enquanto ela tentava pronunciar alguma coisa.  - NÃO! ELE NÃO PODE! ISSO É MENTIRA!

- Filha, eu sinto muito. - Anna tenta se aproximar mais uma vez da filha, estendendo os braços para alcançá-la, mas Amanda apenas os empurra para longe

Então, uma filme se passa pela sua cabeça.

Todos os momentos que ela havia passado com seu pai se foram. Eles nunca voltariam. Aquilo não parecia real. Era o pior pesadelo que ela já tinha tido em toda a sua vida. Ela beliscava sua pele com força, torcendo para acordar desse sonho traumático. Mas a cada segundo, ela parecia estar mais presa nele.

McGonagall não tentava mais controlar suas lágrimas, elas rolavam tranquilamente pelo rosto rosado da mulher. Sua mãe tinha o maior olhar de dor que ela já viu em alguém. Ela estava totalmente sem áurea, era como se não existisse nada além de um corpo se movimentando. 

Aquilo não podia ser real.

- Não, não, isso não é possível. Não é possível. Papai não pode. - ela deixa um soluço de choro emanar de seus lábios, continuando a dar passos para trás, negando mais uma vez o toque de sua mãe. - Ele não. Ele não pode! VOCÊS ESTÃO MENTINDO!

- Amanda, você precisa se sentar - Malfoy vai até ela calmamente, vendo ela tropeçar mais uma vez - Você está muito pálida e tomou várias poções na ala hospitalar. Você não pode ficar assim de pé.

- Não Draco! Não! - ela dialoga com as mãos, fincando seus dedos no couro cabeludo castanho e quase arrancando os fios - Você não entende, isso é mentira. Eu sei que é! - Mais um soluço de lágrimas ecoa pelo corredor vazio.

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora