38. 19 de Junho de 1996

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A chuva caia forte do lado de fora do quarto de Amanda, algo atípico para o verão, mas era como se o clima soubesse como a garota se sentia. Como se soubesse que alguém tivesse partido e lamentasse junto dela.

Desde que chegou em casa, ela não saiu de seu quarto em nenhum momento. Ficou escondida entre as cobertas, não se incomodando em nem fechar as cortinas.

Pilhas e mais pilhas de cartas se acumulavam perto de sua janela, e algumas corujas as vezes permaneciam mais do que algumas horas necessárias, a observando, como se estivessem tomando conta dela, ou tentando entender o que acontecia.

Ela levantou uma única vez para usar o banheiro.

Depois voltou para sua cama, e chorou por horas, até que ficou cansada o suficiente e suas pálpebras pesadas se fecharam.

Ela não comeu.

Não se limpou.

Não se esforçou nem para tomar um copo de água.

Seu medo e dor a impossibilitavam de sair da cama. Ela nunca imaginou que poderia sentir algo assim, e a impressionava perceber que era uma dor, um luto, diferente mas tão doloroso quanto a perda de Cedrico.

Ela, assim como suas avós e mãe, recusavam qualquer visita, se trancando em seu quarto, durante todo o dia.

Elas não fizeram absolutamente nada além de lamentar.

As vezes, quando não queria pensar em nada, usava de feitiços para deixá-la anestesiada, para não sentir absolutamente nada, mas parceria que a cada hora que se passava o efeito ficava mais fraco.

E esse era só o primeiro dia de luto.

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O próximo capítulo sai amanhã :)

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora