32. O ataque

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A neve caia forte no lado de fora e se acumulava com mais de um metro de profundidade. O lago negro já estava quase totalmente congelado, possibilitando que alguns alunos no final de semana pudessem patinar por lá, e os arredores do castelo tinha um manto branco por quilômetros. Para melhorar, espírito natalino predominava e crescia em toda a escola. As provas já tinham passado e os alunos estavam ansiosos para voltar para casa e reencontrar seus familiares, principalmente agora que faltavam menos de cinco dias para o recesso de inverno começar.

As decorações de natal já estavam todas espalhadas pelo castelo, deixando a escola ainda mais bonita e viva. Eram pinheiros espalhados pelos corredores e no salão principal, guirlandas e fitas vermelhas em quase os lugares possíveis e viscos aparecendo misteriosamente no topo de portas.

Os alunos agora saiam cuidadosamente da sala precisa, observando ao redor se não tinha ninguém os observando a espreita. Enzo caminhava animado pelo corredores, junto com Ginny, vibrando por terem conseguindo explodir, com feitiços, alguns dos bonecos de batalha que se tinham na sala.

- Vocês viram, eu só conjurei e POW, virou pó na mesma hora - A ruiva comemora

- Foi incrível mesmo - Enzo relembra - Mas devo confessar que hoje estou exausto. Mal vejo a hora de dormir hoje. Graças a Deus já é quase noite - ele se espreguiça enquanto caminha - O que acham de jogar alguns jogos de tabuleiro na comunal? - o moreno sugere - Dean comprou alguns jogos novos em Hogsmeade. O que acha Ginny? - ele provoca a ruiva com uma cotovelada e garota vira uma chama vermelha

- Praguinha dos infernos você Lorenzo - ela dá um beliscão no braço do mais velho, que quase pula dois metros com o ato de repreensão

- Qual o problema de vocês três - Ele olha para Mione, Ginny e Nanda - Todo santo dia me beliscando, batendo ou chutando. Eu deveria reclamar com Professora McGonagall sobre isso!

- Se você está achando ruim porque convive com elas há quatro meses, imagine eu que lido com isso há anos - Ron desabafa

- Se vocês fossem mais decentes, talvez não aconteceria com tanta frequência - a ruiva rebate

- De qualquer forma, vão querer ou não jogar com Dean? Ele já deve até ter chegado na comunal com esse passo lesma de vocês - ele olha para os amigos

- Eu vou mais tarde, vou responder essas cartas que minha mãe me mandou no salão principal. Acabei não tendo tempo porque a AD logo iria começar - Nanda tira as cartas da bolsa e mostra para os amigos

- Beleza, te encontramos então mais tarde - ele confirma com a cabeça - Mande um beijo a Dona Anna por mim.

- Pode deixar - ela acena para os amigos, que começam a caminhar na direção oposta que Nanda.

A grifinória segue pelos corredores do castelo saltitante. Essas últimas semanas vinham sendo incríveis para ela. Ela e seus amigos estavam melhores do que nunca, tirando Fred, que ainda nem a olhava na cara direito, principalmente depois dela ter ganho o duelo na AD. Além disso, estar com Malfoy realmente estava lhe fazendo bem. Ela não sabia explicar porque, mas não existiam palavras para descrever como ela se sentia quando estava com ele. O mundo, o tempo e até mesmo a neve paravam entre as conversas entre os dois.

Entretanto ela se sentia culpada por não contar essa parte da sua vida para seus amigos, mesmo sabendo que eles jamais apoiariam, ela queria dividir com Mione e Enzo todos esses sentimentos e boas sensações que ela estava passando.

A garota ficou tão imersa em seus pensamentos que nem sequer notou que agora já estava há alguns passos de entrar no grande salão. As mesas estavam todas livres e a divisão das casas eram inexistentes, cada aluno estava sentado onde queriam, mas os grupinhos ainda eram nítidos. Nanda se senta numa mesa perto de alguns alunos da corvinal e retira de sua bolsa as cartas de seus familiares, além de sua pena e alguns pergaminhos.

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora