41. "Qual a sua escolha?"

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Julho de 1996

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Bagunça.

Não tinha nenhuma outra palavra para descrever melhor Amanda Hoffmann. Ela já estava mal desde o momento que recebeu a notícia da morte do seu pai, mas quando se despediu dele no enterro, foi como se mais um tiro a atingisse. Como se a faca que estava em seu peito tivesse rodado e a perfurado ainda mais fundo.

Ela não saia de seu quarto por quase nada, apenas se alimentava porque suas avós sempre entravam em seu quarto, a obrigando a comer pelo menos um prato por dia, mas ainda assim, você conseguia notar com facilidade que estava mais magra.

Seu estado estava tão precário que ela nem ao menos notava quando um dia virava outro. Suas janelas estavam sempre fechadas, e suas cortinas nunca saiam da posição. Ela vivia no escuro, fugindo de qualquer raio solar e ignorando por completo o verão.

Ela perdeu a noção de quantas cartas havia recebido de seus amigos, e se sentia pior ainda quando lembrava que não os respondia, a levando a mais uma crise de choro. Ela queria estar melhor, queria levantar da cama e escrever para Hermione, escrever para Harry, Ron e Enzo, mas ela não sabia como.

Não tinha como responder perguntas que não se tinham respostas. E pior ainda, ela não sentia que tinha forças o suficiente para conseguir escrevê-las, e ter que reviver tudo mais uma vez. Ela não queria preocupar seus amigos com sua falta de desenvolvimento, pois caso falasse a verdade, só pioraria as coisas, já que não existia melhora em seu estado de espírito.

Estar naquela casa a sugava. Cada canto da grande residência o lembrava de seu pai. Os corredores lotados de fotos eram uma tortura particular para ela. O pote de biscoitos amanteigados que ele tando adorava estavam intocados na cozinha. O arbusto de amoras que ele cuidava com tanto carinho, quando estava em casa, ao poucos ia morrendo. O xadrez bruxo que sempre era jogado pela família, já que era o jogo preferido de seu pai, agora acumulava poeira na estante.

Sua avó Daisy, não estava muito diferente. Amanda na realidade nem conseguia imaginar como deveria ser enterrar um filho, pois em sua cabeça, pais não forma feitos para isso. Eles quem deveriam dizer adeus, e não o contrário.

Sua mãe, estava se esforçando para melhorar. Amanda acreditava que ela usava de sua dor para conseguir seguir em frente. Como Anna uma vez disse durante um jantar: "Se eu quiser impedir que isso aconteça de novo na nossa família, ou na família de outra pessoa, eu preciso continuar".

E era isso que ela fazia. Ocupava sua mente com trabalhos e missões. Anna saia de casa por volta às oito horas da manhã e só voltava, se tivesse sorte, a meia noite.

Vó Eliza era a que estava melhor, e basicamente se tornou o pilar de todos ali. Ela virou a responsável por garantir que todos estivessem bem, se alimentando, dormindo e tomando banho. Um trabalho tão exaustivo ao ponto de Anna contratar um elfo livre para trabalhar na casa.

No começo Eliza ficou extremamente incomodada com a ideia, já que ela morria de medo dos elfos, mas em poucas semanas já estavam acostumada com a pequena figura caminhando pela casa.

- Lizzy trouxe café da manhã para a senhora Amanda. - O elfo de olhos verdes esbugalhados apareceu em seu quarto em um estalo, quebrando o silêncio do quarto

- Obrigada Lizzy. - Nanda agradece, nem se movendo da cama. - Pode ir.

- Lizzy não pode sair. Lizzy recebeu ordens de que só pode sair quando Amanda comer - a figura de noventa centímetros da um pequeno pulo e se senta em um poltrona, apoiando as mãos no joelho

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora