14. Resquícios de uma poção de coragem

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- Finalmente acordou! - Amanda abre seus  olhos lentamente quando escuta a voz de um homem, tentando compreender o que se passava ao seu redor. Seus olhos estavam secos e vermelhos, extremamente sensíveis a claridade que entrava pelos vitrais. Se ajeitando com calma na cama da enfermaria, piscando várias vezes seguidas seus olhos, ela consegue distinguir as figuras em sua frente. Lá estavam professor Dumbledore, junto com Professora Minerva com expressões serenas

- Pensamos que talvez você tivesse tomado demais a poção de cura! - Dumbledore fala calmamente enquanto da alguns passos até o pé da cama

- Como está de sentindo querida? - Professora Minerva se aproxima, dando seu melhor sorriso de carinho e preocupação

- Bem professora, um pouco dolorida, mas nada demais. - a jovem responde se ajeitando na cama.

- Que belo susto nos deu - ela diz apertando carinhosamente o ombro de Nanda

- Que horas são professora? - A jovem decide perguntar, já que sua noção de horas no momento era nula. Ela não fazia ideia em qual momento caiu da vassoura, quando acordou ao redor dos seus amigos e muito menos sabia o horário em que foi dormir.

- Acabou de dar sete horas da manhã querida, por que? - ela responde

- É que normalmente fico bem perdida quando tomo essas opções - Nanda explica e a vice diretora compreende com apenas um balançar de cabeça

- Eles estão querendo vê-la, não consigo mais contê-los Alvo - Snape aparece do nada com seu manto preto, como sempre, surpreendendo Amanda, afinal ela nunca foi próxima do professor. Já perto da cama de Amanda, ele apenas passa por ela acenando com a cabeça como se a julgasse.

- Mais que justo, podem deixá-los entrar - ele dialoga com a mão.

Nanda não compreende bem o que estava acontecendo. Ela estava um pouco atordoada e confusa, apenas não sabia dizer se era por conta da poção, do acidente ou se era só o fato dela ter realmente acordado cedo. A morena então, sem muita força, decide olhar para a entrada da enfermaria, já que todos os professores olhavam para o local.

E foi aqui que o coração de Amanda que parou.

E seu queixo caiu.

Seu peito se encheu, suas mãos tremiam em êxtase e um sorriso de alívio era nítido em seu rosto pálido.

Amanda estava cara a cara com seus pais, o quais ela não via há muito tempo. Parecia bom demais para ser verdade. Seria um sonho? Estaria ela delirando? Era algum efeito da poção?

O casal atravessa pela grande porta de madeira gasta com passos apressados. Nanda pisca duas vezes para ter certeza que não é nenhuma ilusão e repara nos olhares de preocupação, e medo, estampados nos rostos dos seus pais. Expressões as quais ela ainda não estava muito acostumada em ver neles.

- Pai! Mãe! - ela sorri de orelha a orelha, quase que pulando da cama. A mesma vai em direção aos dois, os abraçando forte, podendo sentir seus cheiros. O doce cheiro de rosas e framboesa de sua mãe, e o cheiro cítrico e de loção pós barba do seu pai - Quanto tempo, eu estava com saudades de vocês, não os vejo há meses! - ela fala se afastando um pouco, os olhando frente a frente

- Sinto muito meu amor - sua mãe diz passando as mãos em seu rosto, acariciando a bochecha da filha

- Sentimos muito a sua falta, suas avós estão com saudades - agora seu pai se aproximava, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha da filha, e depois apoia essa mesma mão em seu ombro, a guiando para se sentar na cama de novo

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora