Accidentally in Love - Draco Malfoy

53. Bandeira Branca

20 de dezembro de 1996
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E num piscar de olhos, a neve já se acumulava pelos terrenos de Hogwarts, criando metros e metros de um véu branco intenso e gelado, sendo quase impossível ficar do lado de fora do castelo.

A neve também era um bom sinal, significava que o recesso de final de ano estava mais proximo do que eles esperavam, e junto com eles, as provas de meio período.

Dentre os alunos, Amanda era a que estava mais ansiosa sobre o assunto, uma vez que não fazia ideia de onde iria passar o natal. Suas avós estão no Brasil, sua mãe sabe lá Merlim onde. Ela nunca se sentiu tão sozinha como nessas semanas que se aproximavam do recesso.

Tudo apenas mudou uma semana antes do Natal, quando Nanda já estava atolada de trabalhos e a procura de um vestido para o evento de Natal do clube do slugh, quando uma carta de senhora e senhor Weasley chegou até ela, durante o café manhã.

Querida,
Como está?
Espero que as provas não estejam te sobrecarregando, sei que você irá se sair muito bem. Você é uma bruxa espetacular.

Amaria receber você durante o recesso de Natal, e tenho planejado algumas coisas especiais para você, Hermione e Harry. Mandei cartas para eles também. Você gostaria de passar conosco? Seria um prazer recebê-la.

Avise-nos.
Com carinho,
Senhor e senhora Weasley

Logo quando recebeu a carta, tratou de escrever uma resposta o mais rápido possível, além de escrever cartas para sua avós, e mãe - mesmo que ela nunca as respondesse -, contando sobre o convite e que tinha aceitado, uma vez que ela não poderia ir para o Brasil.

Ela não entendia ao certo o que estava acontecendo. Por que sua mãe não respondia nenhuma de suas cartas? Ela responder não teria perigo nenhum, já que ela nunca perguntava nada sobre suas missões. Ela sempre contava como estavam as coisas em Hogwarts, como sentia falta de suas avós, e dela. Contava sobre suas visitas semanais a Madame Pomfrey, suas poções controladas, sobre as aulas e como estava tensa com as provas.

Perguntava como estavam as coisas no Brasil, a casa nova, se tinha notícias de Lorenzo e sua família, e mesmo assim, nenhuma resposta. Até mesmo como o tempo e calor no Brasil estavam ela já havia questionado, e ainda assim, nenhuma uma resposta sequer.

- Ei, Nanda! - Hermione jogou uma almofada na cabeça de Nanda - Está tudo bem? Você está a pelo menos 10 minutos passando a escova de cabelo no mesmo lugar, enquanto olha para a parede, como se estivesse sendo abduzida.

- Ah, estou sim! - ela sorri envergonhada - Apenas me distrai...

- Pensando no que? - Hermione se levanta e caminha até ela

- Na minha mãe. - Nanda encolhe os ombros - Não nos falamos, desde que ela foi para o Brasil. São 6 meses Hermione, e eu só tenho notícias sobre ela quando Lorenzo ou Fred me mandam cartas. Minhas avós, quando falam da minha mãe, é sempre apenas um "ela está bem". É tão vago, eu odeio ficar no escuro! - Ela declara, aumentando o tom de voz, colocando sua frustração para fora - Eu sinto que talvez nem minhas avós nem sabem direito o que está acontecendo, e isso está me destruindo por dentro! Tenho medo dela estar em perigo!

- Nanda... - Hermione puxa uma cadeira e se senta ao lado de Nanda, que estava em frente a penteadeira - Eu sinto muito. Eu não sei nem o que dizer. - Ela acaricia as costas da brasileira, tentar dar apoio - Mas eu tenho certeza de que ela está bem! Como você disse há um tempo, ela está indo e voltando o tempo inteiro, ela deve estar em alguma missão hipersecreta, e por isso não responde. Talvez ela nem esteja recebendo as cartas, já que ela quase não para em sua casa no Brasil.