Capítulo 16

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Anahí Portilla

Estava esperando há mais de duas horas Cheryl descer do apartamento de Christopher, aquela vaca tinha escapado uma vez, mas dessa vez eu mesma ia matar aquela maldita criança.

Parecia até uma comédia.

Quando me livro daquela sem sal e sem classe da Dulce Maria, aparece essa maldita carregando esse bastardo. As coisas estavam indo tão bem, apesar do que aconteceu com Christopher. Ale e eu sabíamos que era uma fase de luto que ele estava passando, mais ao ponto de se matar foi uma surpresa pra todos.

Alexandra quase se arrependeu do que planejamos quando viu o filho na cama de hospital, mas só foi saber que ele estava bem que ela voltou ao seu habitual.

Sorri.

O nosso plano de matar Dulce saiu perfeito, claro, que certos imprevistos aconteceu como aquele professor que estava no lugar errado e na hora errada, mas tirando isso, tudo saiu muito bem.

Dulce estava morta!

Planejamos a morte dela por meses e quando encontramos o momento certo, colocamos nosso plano em prática. Quando se tem dinheiro tudo fica fácil e o impossível se torna possível. Atropelar o piloto de Christopher e fazer a aeromoça ficar doente foi até que fácil. Os substituir por outros dois profissionais e golpistas foi mais fácil ainda.

Até o piloto começar dar problemas, querendo mais dinheiro, então, tivemos que nos livrar dele. Desde do início do nosso plano sabíamos que poderíamos ser as principais suspeitas, então, contratamos uma pessoa para que ela pudesse ficar em frente de tudo e caso fosse descoberta, ela não nos entregaria e ficaria na prisão em nosso lugar, quando saísse estaria com milhões de dólares na conta.

Não foi nada difícil encontrar essa pessoa.

Ela é apenas uma peça oculta para que não pegue quem realmente planejou tudo.

Tudo estava indo bem, Christopher estava se recuperando do luto e íamos esperar mais ou menos um ano antes que começasse a me aproximar dele, até lá ele já teria superado e esquecido do que fiz à meses atrás, ter colocado aquela sonsa na cadeia, eu poderia me aproximar dele aos poucos e quando menos percebesse já estaria casada com ele, sendo a única senhora Uckermann

Tudo estava indo tão.

Mais tão bem.

Mas aí aparece esse maldito bastado para estragar tudo. Esse filho não poderia chegar a nascer.

Bati na mão no volante do carro.

Inferno!

Aquele bebê escapou do primeiro atropelamento que mandei causar, mas não ia escapar de novo.

Ainda hoje aquele bastado estaria morto.

Olhei para o prédio de Christopher observando Cheryl sair e entrar dentro do táxi, dei a partida no carro seguindo o táxi.

[...]

A desgraçada tinha parado num supermercado. Fiquei com o carro encostado esperando por muito tempo, até que ela saiu cheia de sacola olhando para os lados atrás provavelmente de um táxi.

Observei ela olhar o outro lado da rua.

Atravessa sua maldita!

Anda! Atravessa!

Cheryl começou a andar em direção da faixa de pedestre.

Isso!

Liguei o carro e aproveitei que estava sozinha na rua, sem nenhum outro carro e acelerei saindo da vaga. Acelerei ainda mais quando ela ficou no meio da faixa.

Não deu tempo dela reagir e o corpo dela bateu contra o capô do carro caindo com força de barriga pra baixo. As sacolas voaram caindo várias caixas de alimento e a única coisa que fiz foi acelerar ainda mais o carro para fugir dali.

Pelo retrovisor vi a ruiva jogada ao chão tocando na barriga e o que parecia, chorava de dor.

Sorri.

Aquele bastardo não passava de hoje!

Almas Opostas (2°temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora