Almas Opostas (2°temporada)

Capítulo 12

Christopher Uckermann 

Alguns dias depois...

Mudava o canal da TV entediado a mais de uma hora. A verdade é que não aguentava mais ficar no hospital e eu só poderia sair daqui depois da aprovação do maldito psiquiátrica.

Meus pulsos continuavam enfaixados e com pontos. Quando acordei assim que tinha feito a besteira de tentar me matar, minha mãe e Mary estavam em cima de mim e ambas choravam. Foi ali que percebi que por pouco, teria cometido o maior erro da minha vida.

Eu só não aguentava mais aquela dor e aquele vazio. E ter descoberto a traição de Dulce só piorou tudo. A dor se multiplicou e não consegui enxergar mais nada que não fosse a dor.

Droga! 

Mesmo que ela tenha me traído, não deixava de ama-lá nem por um segundo. E se ela estivesse..viva, teria gritado com ela e ainda assim continuaria o nosso relacionamento. Porque por mais que doa imensamente sua traição, a dor de não te-lá mais nesse mundo era muito pior.

Sim, estava disposto a ser o "corno manso" da relação. Mas antes ia desfigurar a cara daquele maldito professorzinho de merda.

As imagens dos dois aos beijos não saía da minha cabeça, o que me fazia sentir mais ódio.

Por quê você me traiu Dulce?

Por que você mentia?

Por que mentiu dizendo que me amava?

Tudo não passou de uma farsa.

Sorri triste.

Estava apenas interessada no meu dinheiro? Não era?

Uma farsa.

Tudo, tudo, tudo era uma maldita farsa.

Não consegui controlar as lágrimas.

Elizabeth: Bom dia Christopher! - entrou no quarto fechando a porta e se aproximando da cama - Dormiu bem?

Christopher: Não sei porquê você vêm aqui. Não é sua função. - limpei meu rosto - Deveria ir embora e não voltar mais aqui. - bufei.

Elizabeth: Pelo visto dormiu mal. - falou mexendo na máquina que monitorava meus batimentos cardíacos.

Christopher: Não sei porquê estou com essa droga. - murmurei.

Elizabeth: Enquanto estiver internado ficará com isso e acabou conversa. - falou séria me olhando. - Sua mãe está aqui e quer te ver. Mary avisou que vêm depois do almoço ficar com você. E suas irmãs irão vir à noite.

Bufei.

Christopher: Não quero saber de nenhuma delas. Se deixar minha mãe entrar aqui, eu mesmo caço a sua licença médica - a ameacei.

Ela apenas riu assentindo.

Desde quando soube do que fiz Elizabeth vêm todos os dias ao quarto para encher a porra do meu saco. E infelizmente não conseguia impedi-lá, apesar dela não ser a médica que me atendeu, ela era dona do hospital.

Elizabeth: O seu café da manhã irá atrasar meia hora. Pedi para fazer um bolo de chocolate pra você e um chá de camomila, vou tentar acalmar toda essa agressividade que anda tendo.

Christopher: Não quero porcaria de café da manhã nenhum. Quero meu celular, preciso saber como anda as investigações da polícia. - bufei.

Desde que acordei não pude pegar meu celular ou qualquer outro aparelho eletrônico. O maldito psiquiátrica proibiu que eu tivesse acesso com tecnologia enquanto estivesse aqui e a única coisa que ele liberou foi a porra da TV que não passava nada.