Dulce Maria
Duas semana depois...
Maria Paula é uma bebê muito linda, a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi ser a mãe dela. Sem sombra de dúvidas passaria o inferno novamente para traze-lá ao mundo. Ela era o fruto do meu amor por Christopher. Era tudo nas nossas vidas. Mais quem romantiza demais a maternidade é porque nunca na vida foi mãe. Assim como todas as recém-nascidas minha filha não era diferente das outras.
Ela trocava a noite pelo dia.
Durante o dia dormia, acordava, tomava banho, se alimentava e dormia, acordava, trocava fralda, dormia, acordava e se alimenta e dormia. Tudo perfeito. Mais a noite, a história já era completamente outra. Antes ela acordava três vezes na madrugada e agora ela acordava à cada meia hora chorando e chorando.
Não era fralda suja e nem fome.
Era cólica.
A mais terrível das cólicas.
Ela berrava muito. Nada que eu pudesse fazer podia faze-lá parar de chorar. Eu já tinha me mudado definitivamente para o quarto dela. Tentava de todas as formas encontrar ao menos uma posição que a fizesse sentir menos dor ou ao menos que ela parasse de chorar tanto. Era terrível.
Doía ve-lá berrando, chorando muito alto e nada podia fazer. Eu andava de um lado para o outro todas as noites a balançando e nada. Christopher nunca saia de perto de nós duas e até tentou acalma-lá várias vezes também, mas nada funcionava, ela só parava de chorar quando conseguia dormir já com o sol nascendo. Ele jamais me deixou sozinha com ela para continuar dormindo, ele participava de tudo. Até ficava no chão do quarto dela ligando para a pediatra todas as madrugadas tentando arrancar dela algo para que nossa filha não sofresse tanto.
Ele se preocupava e ficava tão angustiado quanto eu. A pediatra que foi recomenda por Elizabeth, sugeriu bolsa de água morna para colocar na região onde a bebê estava com dor, massagens circulares e até exercícios com as pernas circulares como se estivesse pedalando uma bicicleta.
Mas nada, nada resolvia.
Minha filha só conseguia dormir quando os primeiros raios de sol entravam na janela do quarto dela. Era nessa hora que tanto eu, quanto o pai dela caiamos exaustos na cama. Mas só conseguíamos dormir por quatros horas e Maria Paula logo acordava.
Era exaustivo, cansativo, muito difícil todos os dias essa rotina. Estávamos praticamente em nosso limite. Era óbvio que eu já sabia dessa rotina, já tinha cuidado de bebês antes, mas nunca foi tão exaustivo como está sendo com a minha filha. Os outros bebês que cuidei tinham cólicas que logo passavam, mas da Maria Paula era muito diferente. E claro, ela era minha filha, a minha preocupação e meu sofrimento por ve-lá daquele estado era muito pior do que qualquer coisa.
Como por exemplo agora, estava dessa vez sozinha no meio do quarto dela. Passava das cinco e cinquenta da manhã de sexta-feira. Maria Paula não parou de berrar um minuto a madrugada inteira. Ela chorava tanto, tanto, tanto que eu também chorava junto com ela sem saber mais o que fazer, já era para ela começar a pegar no sono como todos os dias nesse horário, mas pelo contrário ela continuava berrando muito.
Eu a balançava de um lado para o outro chorando, ela berrava, meus peitos tinham vazado leite sujando minha camisa, meus olhos não conseguia parar de chorar junto com ela, minha cabeça doía, minhas pernas doíam, até os meus seios doíam.
Dulce: Você não está quente meu amor, então não está nada fora do normal. - murmurei a balançando - Então por quê não para de chorar? Por que não consegue dormir? Já passou da hora...- falei olhando o sol entrar no quarto.
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Almas Opostas (2°temporada)
Roman d'amour2°temporada Com a suposta morte de Dulce, a vida de Christopher vira um tormento sem fim. Completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás...