Capítulo 70

235 18 9
                                    

Dulce Maria

Alguns dias depois..

Olhava para a capa da revista da Vogue Brasil onde minha irmã estampava a capa com o título "A nova promessa das passarelas chama-se Zoraida Virgínia Gomez Von Uckermann" na capa, ela pousava incrivelmente de blazer preto aberto, sem blusa, calça jeans e um chapéu super chique.

A revista tinha sido lançada com algumas semanas de atrasos, mas agora já estava disponível em todo o país. Só Christopher tinha comprado uma banca inteira e espalhou as revistas pelo apartamento. Na matéria, ela falava sobre o passado dela, nossa família, a descoberta de ser uma Uckermann, planos para o futuro e como era a relação dela com Richard.

Deixei a revista em cima das diversas delas que estavam em cima da mesinha de centro da sala. Ouvi vozes de Fuzz e Derrick da cozinha e em segundos, os dois estavam na sala brigando pelo último pedaço do bolo que eu tinha feito ontem a noite.

Derrick: Você roubou meu último pedaço. - reclamou.

Fuzz: James, você não aprende mesmo? Eu sempre fico com o primeiro e último pedaço amorzinho. - falou antes de enfiar toda a massa na boca.

Derrick: Quem disse?

Fuzz: Eu. Sua namorada. - piscou e andou em minha direção - Que horas todo mundo, vêm? Estou com fome.

Dulce: Está cedo. Daqui a pouco todo mundo aparece. - observei ela sentar no sofá e pegar uma das revistas - De qualquer modo, temos que esperar Ana Brenda chegar para almoçar.

Derrick: Você acha que vamos gostar dela? Acha que ela irá entrar no grupo? - ficou ao lado da namorada.

Dulce: Sinceramente eu não sei. Só espero que a Maite goste dela. Ela é amiga de Christian, é importante para ele, então, também deveria ser importante para ela.

Derrick: Assim ela para de implicar com o coitado do Chávez. - se compadeceu.

Cruzei os braços e Fuzz encarou o namorado no mesmo instante.

Fuzz: Nunca vou entender como vocês homens se protegem. - bufou. - De qualquer forma, o nosso grupo é super restrito. Acho difícil ela entrar.

Derrick: Não nós protegemos. Apenas nós entendemos. - explicou - E nosso grupo é restrito aonde? É um monte de gente isso sim. - riu.

Fuzz: Por acaso quer que amiguinha de Christian e Christopher seja sua também, James? - largou a revistas e cruzou os braços e as pernas.

Derrick: Eu..eu não disse isso. - falou com cuidado em alerta.

Fuzz: Pois parece! - bufou.

Derrick: Calma loirinha. Calma. - abraçou a namorada. - Você é linda. E ela é... horrorosa.

Fuzz o encarou.

Fuzz: Como você mente na maior cara de pau. - bateu na cabeça dele - Até eu quero pegar aquela mulher.

Ri.

Dulce: Vou atrás do meu homem. - falei me afastando dos dois.

Era quase o horário de almoço de sábado. Christian pediu para Ana Brenda vir ao Brasil para conhecer Maite e os amigos dele. Christopher decidiu dar um almoço aqui mesmo no apartamento, assim ficaríamos todos mais a vontade e ela poderia conhecer a filha dele também. Fazia muitos anos que os dois não se vinham. Todos os nosso amigos estariam aqui.

Ela ia chegar do aeroporto direto para o apartamento. Segundo Christian contou, Ana Brenda não ia ficar por mais de dois dias aqui, ela tinha muito trabalho na Europa. Então, seria uma visita rápida. E eu estava torcendo para que Maite gostasse dela, que fossem amigas para assim minha irmã tirar as paranóias da cabeça.

Passei no quarto da minha filha, mais uma vez, apenas para vê-la dormir igual um anjinho. Em seguida, fui em direção do escritório vendo Christopher mexer e assinar alguns papéis. A mesa dele estava repleta de papéis, canetas, além do computador, também tinha um notebook e um tablet .

Dulce: Oii..- falei entrando na sala chamando atenção dele.

Christopher: Oii...- me olhou rapidamente e voltou à assinar vários papéis bem rápido - Alguém já chegou?

Dulce: Só Fuzz e Derrick.

Christopher: Nossa filha?

Dulce: No berço. - falei sentando na cadeira em frente à mesa.

Christopher: Vêm aqui. - pediu sem me olhar. Seus dedos assinavam os papéis tão rápido que era difícil de acompanhar.

Dulce: O quê foi? - levantei lentamente da cadeira confusa.

Christopher: Só vêm aqui.

Andei até parar ao lado dele. Tanto o computador quanto o notebook mostravam vários gráficos. E o tablet mostrava varios cálculos matemáticos bem importantes. Suas mãos largaram os papéis e a caneta e me puxaram para sentar no colo dele. Seus lábios tocaram os meus e ele me beijou.

Sua mão subiu para minha nuca. Nosso beijo gostoso durou até meu ar começar faltar, parei o beijo e ele segurou meu rosto para voltar a beija-lo, sua boca procurou a minha e eu virei o rosto meio rindo meio respirando com dificuldade. Seus lábios foram para meu pescoço.

Dulce: Parece que não me ver à dias. - sorri aproveitando da sensação de seus lábios macios e gostosos na minha pele.

Christopher: Faz algumas horas, mas parece anos. - fez uma trilha de beijos do meu pescoço até minha boca - Só você para me distrair. - me deu mais um selinho antes de voltar a postura normal.

Dulce: Muito trabalho! - olhei para a mesa dele e as pilhas de papéis.

Christopher: Chicago. - seus braços apertaram minha cintura.

Dulce: O quê? - o encarei confusa.

Christopher: Vou precisar ir à Chicago daqui à uns...dois meses. Vocês duas irão comigo. Não vou me separar de vocês para ir tão longe assim. Quero que conheça minha cidade natal, minha casa de lá, a empresa Uckermann. Tudo relacionado a minha vida lá.

Dulce: Como seu pai falou, está muito tempo parado. - apontei - Daqui a pouco você vai está viajando como antes, só espero que não fique de novo tão viciado em trabalho.

Christopher: Não vou. Antes o antigo lema dos Uckermann era "Dinheiro acima de tudo e todos", hoje meu lema é "Minha família acima de tudo e todos", antes não tinha minha própria família, hoje eu tenho. - sua mão apertou minha coxa exposta pelo vestido - Não vou mudar isso.

Dulce: Então, tenho que te dar meus documentos de novo?

Christopher: Sim. Vou fazer o seu passaporte e o da nossa filha.

Dulce: Vou adorar conhecer Chicago. - sorri.

Christopher: Vai usar muito bem seu inglês. - me deu um selinho. - Te amo.

Dulce: Te amo. - agarrei a gola da camisa dele e o beijei.

Almas Opostas (2°temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora