Capítulo 63

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Dulce Maria

O motorista deu a partida. Pisquei ainda tentando entender o que ouvi. Íamos para Marina pegar uma lancha para sair do Rio. Mas como assim? Há essa hora da noite? Continuava perdida quando ele inclinou a cabeça e começou a beijar meu ombro subindo para o pescoço.

Olhei rapidamente para o motorista na qual eu sempre esquecia o nome, mas ele tinha os olhos grudados na estrada, nós ignorando de propósito. Fechei os olhos aproveitando a sensação dos lábios gostosos dele em minha pele por alguns segundos, mas logo voltei abrir os olhos e o empurrei delicadamente.

Dulce: Chris, vamos sair do Rio?

Christopher: Não exatamente. - olhou para o motorista - Coloque uma música e deixe alta. - mandou e voltou a olhar para mim - Vamos pegar uma lancha para ir para o iate que nós espera na ilha mais próxima. - eu ia falar, mas ele colocou um dedo nos meus lábios - E não, não vamos ficar na ilha, até porque essa não tem nada, é vazia, apenas uma pequena praia.

O motorista mexeu no rádio do carro e encontrou uma música latina e aumentou o volume. Estava bastante alta e animada. Ele voltou a ficar quase imóvel e com olhos fixos nas ruas.

Dulce: Quanto tempo para chegar até o iate? - perguntei tirando gentilmente o dedo dele da minha boca.

Christopher: Uns quarenta e cinco minutos mais ou menos. Não é muito longe, mas também não é perto.

Dulce: Vamos ficar sozinhos? Sem ninguém? Nenhum alma por perto?

Christopher: Sim. Está pegando o espírito da coisa amor. - riu grudando a mão na minha. - Vamos ficar próximo de uma outra cidade, as luzes dela ao longe não irá permitir ficar absolutamente escuro no mar.

Dulce: Sabia que podemos ficar sozinhos num quarto? - ri.

Christopher: Não íamos ficar completamente sozinhos. Ia sempre ter alguém em algum lugar. No iate sim, vamos ficar absolutamente sozinhos. Apenas nós dois. - sua mão foi para minha coxa.

Dulce: Por quê dessa necessidade de ficarmos completamente e absolutamente sozinhos?

Christopher: Porque precisamos disso. Eu preciso disso. - suas duas mãos agora tocavam meu rosto - Você ficou tão estranha comigo depois que deu a luz a nossa filha. - começou a falar em inglês e eu desconfiei que era o idioma que o motorista não entendia nada.

Essa conversa era pessoal demais. E mesmo com a música bastante alta, ele não queria que ninguém além de mim escutasse. O inglês era perfeito.

Dulce: Não fiquei tanto assim.. - respondi falando em inglês também.

Christopher: Ficou sim. E tudo porque acha que está...feia - balançou a cabeça descrente - Por isso, preciso ficar absolutamente sozinho com você. Preciso mostrar o quanto está enganada. - suas mãos saíram do meu rosto para minhas coxas e sua boca colou no meu ouvido - Preciso mostrar o quanto meu pau fica duro apenas em olhar para você. - sussurrou em inglês, o idioma que o deixava ainda mais sexy.

Comecei a respirar com dificuldade. O carro estava escuro. Os assentos eram baixos, não dava para ver nem mesmo pelo retrovisor o que acontecia mais embaixo deles, desde que nenhuma movimentação fosse extrema e com a música e a escuridão, era o cenário perfeito para o que Christopher tinha em mente. Sua mão discretamente abriu minhas coxas e foi com os dedos de encontro com a minha entrada completamente exposta sem a calcinha, engoli em seco.

Christopher: Ah - gemeu no meu ouvido - Como amo quando fica toda molhadinha para o meu pau. - sussurrou e penetrou um dedo ao mesmo tempo que atacava minha boca com um beijo feroz impedindo o meu gemido. Fechei os olhos retribuindo o beijo, tinha certeza absoluta caso o motorista olhasse pela retrovisor e conseguisse ver, ia ver apenas um homem e uma mulher se beijando apaixonadamente. Ele nunca ia desconfiar o que o estávamos fazendo de verdade.

Almas Opostas (2°temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora