Christopher Uckermann
Mary andava de um lado para o outro nervosa, estávamos na sala de espera no hospital à mais de duas horas. Ela tinha entrado em pânico quando ligaram pra ela informando sobre o atropelamento de Cheryl.Eu já tinha desistido de tentar acalmar minha babá. Ela não ouvia uma palavra do que eu dizia. Encarei meus pulsos ainda enfaixados e com pontos. Ia retira-lás apenas semana que vêm, era difícil tomar banho sem molha-las e ainda mais difícil fazer os próprios curativos em mim mesmo.
Eu dispensava os cuidados da Mary, das minhas irmãs e da minha mãe. Alexandra insistiu para me acompanhar até o apartamento quando recebi alta, quando chegamos nele eu a explusei. A verdade foi que explusei todo mundo, apenas Lucy que estava morando comigo e Mary ficaram.
O psiquiátrica me deu alta e me fez assinar alguns papéis, nele eu me comprometia à vir para as consultas com ele duas vezes na semana e por mais que eu disesse que não iria mas cometer nenhum besteira, ele não acreditou em mim.
Não o culpo.
Olhei para a entrada do hospital vendo Julie e Lucy se aproximarem.
Lucy: Alguma notícia? - perguntou pra Mary que negou.
Julie: Não fica assim. - abraçou nossa babá - Sua filha é uma vaca. Vai sair dessa rapidinho.
Lucy: Concordo com a Julie. - falou sentando ao meu lado - Mais um jornalista me ligou querendo saber se é verdade aquela nota. - sussurrou.
Bufei.
Christopher: Se ela realmente estiver grávida. Não é meu. - sussurrei de volta.
Lucy cruzou os braços séria.
Lucy: Será que não?
Revirei os olhos.
Cheryl podia tentar enganar todo mundo dizendo que inventaram sobre a suposta gravidez, mas eu sabia que foi ela que vendeu a informação para a mídia, aquela cretina não conseguia me enganar. Nós últimos dias só se falava sobre isso, mas eu não ligava nem um pouco. Mary chegou a me perguntar sobre essa história e eu tive que mentir dizendo que os jornalistas estavam querendo fama.
Se ela de fato soubesse sobre o nosso envolvimento, não sabia qual seria a reação dela.
Christopher: Não estou preocupado com isso. - dei de ombros.
Lucy: Se ela realmente estiver grávida?
Christopher: Não é meu.
Lucy bufou.
Christopher: E eu não quero falar sobre isso. - levantei irritado. - Preciso de uma bebida. - murmurei me afastando.
Uma médica apareceu chamando por familiares de Cheryl. Nós aproximamos e Mary se apresentou.
Xxx: Sou a doutora Ana, que atendeu sua filha. - encarou Mary - Ela está bem, quebrou uma perna e sofreu alguns arranhões superficiais. Fizemos uma tomografia já que ela bateu com a cabeça quando caiu e desmaiou, mas não lesionou nada. Ela e o bebê passam bem. - sorriu. - Cheryl está acordada querendo ver a mãe.
Mary: Bebê? - arregalou os olhos.
Meu Deus!
Ana: A senhora não sabia? Sua filha está grávida de apenas algumas semanas, está bem recente. Foi muita sorte não ter perdido o bebê.
Julie, Lucy e Mary me encararam.
Mary: Aquilo então é..verdade? Você engravidou a minha filha?
Christopher: Mary..
Mary: Você me prometeu Christopher. Você jurou nunca se envolver com ela. - começou a falar alto e nervosa.
Christopher: Mary...
Mary: Como você pode fazer isso comigo? - começou a chorar.
Christopher: Mary, por favor me perdoa. - tentei tocar no braço dela, mas ela se afastou - Eu eu não queria que você soubesse desse jeito.
Mary: A quanto tempo vocês estão juntos? - me olhou magoada.
Senti uma pontada no coração.
Inferno!
Christopher: Não estamos juntos. Aconteceu uma vez em Chicago, quando ela voltou depois de anos fora e aconteceu à algumas semanas, mas eu estava bêbado e..
Mary: Além de mentir pra mim durante todo esse tempo, ter quebrado a promessa que me fez, ainda me enganou quando saiu sobre a gravidez na mídia? - falou decepcionada.
Christopher: Mary..
Mary: Quem é você Christopher? Desde quando se tornou uma pessoa mentirosa e sem palavra? A única coisa que te pedi nessa vida foi não se envolver com ela e o quê você faz? A engravida! - negou - Já não espero mas nada de você.
Os olhos cheios de lágrimas e o tom decepcionada acabaram de vez comigo. Ela ia me olhar diferente a partir de agora e com razão. Tinha jurado nunca me envolver com a filha ela e fiz isso duas vezes.
Christopher: Mary por f..
Mary: Não se atreva a dizer mais nada. - falou ríspida se afastando de mim e indo para fora da sala de espera.
Julie: Não acredito nisso Christopher. Que decepção! - falou antes de correr até Mary - Espera Mary, espera..
Quando ela se afastou encarei Lucy e a médica que tinha presenciado tudo.
Christopher: Ela está de quantas semanas? - encarei a médica.
Ana: Ela está entrando na sexta semana. - respondeu.
Merda!
Esse bebê podia ser realmente meu.
Christopher: Quando posso fazer um exame de DNA?
Ana: A partir da oitava semana. Coleto o sangue da mãe, onde existe na corrente sanguínea dela o DNA do bebê, separo ele e colete o seu sangue e comparo os dois. - explicou.
Bufei.
Inferno!
Só daqui à duas semanas!
Lucy: Obrigada doutora! - falou me empurrando para longe da médica - Está satisfeito? Agora esse bebê pode ser seu e Mary está extremamente decepcionada com você. - bateu na minha cabeça - O quê você tem na sua cabeça? Engravidou a pior vadia do mundo. Mas que porra Christopher..
Christopher: Lucy?
Lucy: O quê? - me encarou com raiva.
Christopher: Eu não quero esse bebê.
Eu não podia ter um filho.
Não.
Não.
A única mulher com quem queria uma família já não está aqui.
Lucy: Se for mesmo seu filho, sinto muito, mas você terá que asumi-lo.
Senti meus olhos encherem de lágrimas e Lucy me abraçou.
Lucy: Não fica assim. O bebê não tem culpa da mãe que têm. E tenho certeza que se você for o pai, você o amará com todas as suas forças e ele terá o melhor pai do mundo.
Ou o pior deles.
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Almas Opostas (2°temporada)
Romance2°temporada Com a suposta morte de Dulce, a vida de Christopher vira um tormento sem fim. Completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás...