Dulce Maria
A dor que eu estava sentindo era leve, ia e voltava, as contrações tinham um intervalo de mais ou menos dez minutos. Sabia que a dor ia ficar insuportável em breve. Como tudo estava pronto, Chris apenas pegou a mala da maternidade e durante o caminho ligou para Elizabeth, ela já estava no hospital atendendo.
Alexandra nos seguia em outro carro.
Respirei fundo sentindo a dor começar aumentar. Estávamos à poucos minutos do hospital. Christopher segurava minha mão enquanto o motorista acelerava o carro à pedido do meu noivo.
Christopher: Calma! Está tudo como planejado. - me tranquilizava.
Forcei um sorriso.
Dulce: Quase tudo. Não quero sua mãe perto de mim.- apertei com força sua mão ao sentir a dor ficar mais forte.
Porra!
Fechei os olhos!
Christopher: Ela não vai. Não se preocupe com isso. Se concentre apenas em nossa filha, ela é a mais importante. Hum...- murmurou quando quase destrocei a mão dele por causa da dor - Tem certeza que não prefere a cesa..- começou a falar preocupado, mais eu o interrompi.
Dulce: Não. Não. Não. - respirei fundo - Eu posso muito bem trazer minha filha ao mundo Christopher Uckermann - rosnei.
Christopher: Eu sei meu amor. Só que..
Dulce: Só que nada! - bufei irritada soltando minha mão na dele e me encolhendo - Cala a boca! - respirei fundo - Acha que sou fraca..? - o encarei com raiva e com muita dor.
Porra!
Muita dor!
Christopher: Claro que n..
Dulce: Cala a boca! Ahhh - fechei os olhos gemendo de dor - Só cala a boca!
Ele ficou em silêncio.
Se ele quisesse permenacer vivo, era melhor ficar bem quietinho mesmo.
Encostei minha cabeça no banco e respirei fundo incontáveis vezes.
Christopher: Acelera isso. - mandou pela décima vez para o motorista.
Dulce: Ele não pode fazer o carro voar Uckermann. - bufei e encarei o motorista - Vai com calma. Algo me diz que essa menina vai demorar para nascer.
Mesmo com o meu pedido, o motorista acelerou o carro.
Bufei.
Christopher: Amor..
Dulce: Quieto! - toquei na minha barriga.
Porra!
Me controlei para não chorar! Antes que as lágrimas descessem, fechei os olhos e respirei fundo. Eu não podia ser fraca agora, aguentei tantas coisas piores na vida, eu poderia aguentar trazer a minha filha para esse mundo. Isso não era nada para te-lá comigo. Nada.
O resto do caminho até o hospital foi com meus gemidos e Christopher sem piscar me encarando preocupado e quieto. O celular dele tocou algumas vezes, mas ele nem ao menos o pegou do bolso, seus olhos não saiam de mim nem por um segundo, apenas ignorou as ligações. Uma enfermeira com uma cadeira de rodas me esperavam assim que o carro parou. Eu estava com tanta dor naquela hora, que eu juro mal podia sentir minhas pernas.
Assim que sentei, Christopher fez questão de empurrar a cadeira dando ordens para o motorista pegar a mala e encheu de perguntas a enfermeira sobre a Elizabeth enquanto adentramos o hospital agitado. Senti o clima frio e me encolhi ainda mais.
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Almas Opostas (2°temporada)
Roman d'amour2°temporada Com a suposta morte de Dulce, a vida de Christopher vira um tormento sem fim. Completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás...