Capítulo 27

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Dulce Maria

Christopher enxugava com cuidado meu cabelo, tínhamos saído do chuveiro à alguns minutos. E também não tínhamos falado nada um com outro. Sentada na cama, ele mexia no meu cabelo e eu tinha os olhos fechados.

Ainda não acreditava que ele teria um filho com outra mulher, ainda mais sendo Cheryl, a pior pessoa desse mundo. Eu estava triste, um pouco magoada e decepcionada, não era nada agradável ou fácil saber que o homem que amo vai ter um filho com outra.

Mas confesso que fiquei um pouco aliviada em saber que o quê saiu da boca dela foi mentiras, Christopher me amava, ele não ia chamar ela ou qualquer mulher, pensando com mais clareza, era obvio que ele não ia fazer isso comigo. Mesmo assim, não anulava o fato de que ele teria um filho com ela.

Por Deus!

Um filho!

Toquei na minha barriga.

Senti os lábios macios dele na minha testa.

Christopher: Amo você. - sussurrou.

Abri os olhos e o encarei.

Dulce: O que você vai fazer?

Christopher: Quando ele nascer, vou registra-lo e tentar ser presente na vida dele, querendo ou não, ele tem meu sangue e vou aprender ama-lo.

Esse bebê era o único que não tinha culpa de nada.

Respirei fundo.

Dulce: Christopher..

Christopher: Só peço que por favor, não deixe que isso atrapalhe nossa relação. Esse bebê não deveria existir, mas existe, não posso mudar isso. Não posso voltar no tempo e mudar aquela noite, a única coisa que posso fazer é assumir minha consequência..- tocou no meu rosto - Amo você e o nosso bebê mais que tudo nessa vida, não vou aguentar se você ficar longe de mim de novo, ficar longe do nosso bebê. Eu te amo Dulce. Te amo! Por favor me perdoe, me perdoe.

Toquei no ombro dele.

Dulce: Saber que além do nosso filho, você  tem outro com aquela mulher é..- neguei - mas ele não têm culpa de nada. E que ele só está aqui porque você não era você no momento. As crianças são tão inocentes, são pequenos anjos e eu vou aprender ama-lo também. - falei olhando em seus olhos - Eu amo você Christopher. Vou amar mais uma parte sua também, além nosso filho. - garanti.

Christopher: Você é incrível meu amor. - me abraçou - Eu te amo tanto, tanto, tanto.

Dulce: Mais têm uma coisa..- falei no tom mais sério e ele me encarou - Você fez um exame de DNA, mas quero que faça outro quando essa criança nascer, ainda na maternidade, aproveitar que Cheryl estará cansada e não poderá fazer nada para impedir isso.

Christopher: Vou fazer. Mas vamos tirar a prova mesmo quando o bebê nascer, se não nascer com o sinal...

Dulce: Chris, eu sei que esse sinal está a gerações na sua família, mas pode acontecer do nosso bebê não nascer com ele, talvez minha genética possa ser mais forte e...não quero nem que chegue a pensar que essa criança aqui..- toquei na minha barriga - Não seja o se..

Christopher: Acha mesmo que vou pensar uma coisa dessa? - me interrompeu com um leve tom de irritação - É óbvio que é meu filho, com sinal ou não. É meu filho. O nosso filho. - bufou.

Dulce: Desculpe. Mas realmente pode acontecer do nosso bebê não nascer com o sinal.

Christopher: Esse bebê aqui é meu e seu. - tocou na minha barriga - E eu amo vocês dois de uma maneira absurda. Se nascer ou não com sinal, pra mim tanto faz. Só comentei porque até agora todos os Uckermann nasceram com ele.

Dulce: Também amamos você. - sorri.

Christopher: Tenho uma coisa pra falar.

Dulce: O quê?

Christopher: Achava que nunca mais ia ve-lá de novo, que tinha te perdido pra sempre e tinha o bebê que precisa de cuidado e proteção, uma família, então, depois das duas vezes que atropelaram Cheryl decidi me...casar com ela, apenas por causa do bebê. - se apressou - Ela nem sabe disso e eu nunca cheguei a fazer o pedido. Quando eu ia fazer, Jason ligou me interrompendo de fazer a segunda pior besteira da minha vida.

Dulce: Ia mesmo casar com ela?

Christopher: Dul. Apenas por causa do bebê. Queria e quero protege-lo. Sabe que a única que amo e quero é você meu amor. Só você.

Dulce: Atropelaram Cheryl?

Christopher: Duas vezes. A mesma pessoa que tentou tira-lá de mim. Está tentando matar o bebê. - tocou no meu rosto - É por isso que vou proteger vocês dois com a minha vida. Não vou deixar que tentem de novo algo com você e muito menos com o nosso filho.

Dulce: Querem matar um bebê inocente a troco de quê?

Christopher: Não sei. Mas deve ser o mesmo motivo que me afastaram de você por meses.

Christopher e eu levamos nossas mãos até minha barriga.

Christopher: Nada vai acontecer com o nosso filho. Eu prometo! - falou absurdamente sério.

Dulce: Sei que com você estamos seguros. - respirei fundo - Mas e o outro bebê? Ele também precisa ficar seguro.

Só de pensar em alguém fazendo mal há um ser tão inocente, me dava calafrios.

Christopher: Amanhã uma equipe de segurança ficará na porta da casa da Mary, aquela desgraçada da Cheryl não deveria ter vindo aqui só pra dizer mentiras e causar confusão - bufou - Ela não pensou na gravidez que não se cuidar pode perder o bebê, que a pessoa poderia atropela-lá novamente.. - negou - Mas apesar de tudo isso, vou manter os dois seguros, igual vocês dois meu amor.

Dulce: Você disse que ia casar com ela para que assim o bebê também possa ter uma família, agora que eu voltei..

Christopher: O bebê terá uma família. Isso é fato. O pai, a madrasta que será melhor do que a própria mãe dele e um irmão ou irmã para ser o cúmplice dele. Ele não ficará sozinho. Jamais!

Dulce: Ainda quer casar comigo?

Christopher: Pequena você bateu com cabeça quando esteve ilhada? Como pôde me perguntar isso? Você é minha noiva,  vamos nos casar assim que tudo se resolver, quando encontrarmos quem quer me tirar você, aí sim..- sorriu - Podemos ter o nosso felizes para sempre.

Dulce: Eu te amo! - encostei nossas testas  e fechei os olhos - Eu te amo!

Christopher: Eu te amo! - beijou minha testa - Eu te amo! - beijou minha bochecha - Eu te amo! - beijou meu queijo - Eu te amo Dulce Maria! - beijou minha boca.

Segurei em nuca e retribui, devagar ele me deitou na cama e ficou por cima. Sem parar de me beijar, desamarrou o laço do roupão que usava, sua boca passou para o meu pescoço e eu fechei os olhos.

Tempo depois, suados e cansados nós abraçamos e a sonolência me venceu.

Almas Opostas (2°temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora