Capítulo 15

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Dulce Maria

 3 meses depois...


Hoje completava cinco meses que eu estava aqui e fazia dois dias que eu tinha completado seis meses de gestação. Minha barriga estava bem grandinha, redonda, começava a pesar e digasse de passagem, minha barriga estava muito linda. 

Eu ouvia os batimentos do coração do bebê todos os dias pelo estetoscópio, o coração dele ou dela, batia tão forte e rápido que me fazia chorar. E sim, eu estava bem emotiva pra tudo.

Aparentemente meu bebê estava bem, mas sem o pré-natal de verdade me deixava preocupada, ainda mais porque até agora o bebê não tinha se mexido, nenhum pouquinho, nenhum chute, nada.

Absolutamente nada

Mas os médicos daqui, Juliette, Esteban e Igor tentavam me tranquilizar dizendo que em alguns casos de gravidez, o bebê demorava para se mexer, só que eu já estava de seis meses e nada. Amanhã seria o dia que iria embora daqui. E a primeira coisa que faria seria ir ao hospital onde Juliette e Estaban trabalham para realizar todos os tipos de exames.

No mesmo dia, Esteban ia na delegacia junto com Igor informar sobre tudo o que aconteceu e assim que eu fosse atendida no hospital ia direto pra lá.

Não dava para acreditar que se passaram cinco longos meses. Passei o aniversário de Christopher aqui, o meu aniversário, o dia que seria o nosso casamento, o natal e o ano novo aqui, o ano virou e já estávamos no início de fevereiro.

Eu estava vivendo como uma verdadeira nativa. E finalmente, depois de tanto tempo amanhã estaria de volta para a civilização.

Estaria de volta para Christopher.

Meu amor...

A saudade era tanta, tanta, tanta que mal conseguia respirar.

Toquei na minha barriga sentindo o vento do final daquela tarde bagunçar meu cabelo. O som do mar, a canção dos pássaros e o sol se pondo.

Se não fosse Deus e esse bebê, com certeza não aguentaria passar todos esses meses aqui. Mesmo com dois anjos que entraram na minha vida, Juliette e Estaban, sem Christopher e sem minhas irmãs era muito difícil.

Mas Deus e esse bebê me deram forças. E em breve estaríamos de volta para a nossa família.

Cinco meses que Christopher e todos achava que eu estava morta.

Queria tanto saber sobre tudo o quê aconteceu enquanto fiquei presa aqui e saber se Christopher estava bem. Não via a hora de ve-lo, de beija-lo, abraça-lo, de ver a reação dele vendo minha barriga, ver o nosso bebê.

Suspirei.

Igor: Juliette já arrumou tudo para amanhã. - falou se aproximando de mim e olhando o horizonte - Nem acredito que passamos tanto tempo aqui. - cruzou os braços - Enfim, estamos indo embora.

Dulce: Nossa última noite. 

Igor: Será que conseguiram achar quem acha que nós matou? 

Dulce: Eu espero que sim. Mas se não acharam, confesso que vou ficar com medo sabendo que têm alguém querendo me matar.

Fiquei tanto tempo aqui para raciocinar direito e entender que não queriam matar nós dois, queriam me matar. 

Alguém queria me ver morta.

Apenas eu.

E Igor só está aqui comigo hoje porque eu ofereci uma carona pra ele. E graças à Deus ele está aqui, porque se eu tivesse vindo sozinha, agora estaria realmente morta.

Almas Opostas (2°temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora