Dulce Maria
Minutos depois, nos afastamos e ele continuou com as mãos em meu rosto, me analisava e me tocava tudo ao mesmo tempo. Também o observei com mais atenção e pela maneira que estava, mais magro, com o cabelo e barba por fazer, dizia o quanto foi tudo muito difícil para ele.Christopher: Como...? - negou - Você estava...- negou - Não importa! Você está aqui meu amor. Você está aqui! - voltou a me beijar, mas dessa vez apressado e com urgência.
O beijei da mesma forma.
Dulce: Temos tanto para falar..- falei com a testa colada na dele depois que nós afastamos minutos depois.
Christopher: Ainda não acredito que está aqui. - continuou me tocando deslumbrado em toda a parte do meu corpo - Por favor, diz que não é um sonho? Que não estou delirando?
Dulce: Eu sou real. Não está delirando.
Christopher me abraçou.
Christopher: A sua voz, o seu cheiro, o seu gosto, senti tanta saudades de você..- a voz dele embargou - Eu achei que nunca mais ia te ver, que nunca mais ia ouvir sua voz de novo, que nunca mais ia te tocar..e agora você está aqui..- se afastou tocando na minha barriga - E está grávida! Meu Deus! Você está gravida! - voltou a chorar - Temos um bebê. Eu tenho um filho com você. Dul..
Dulce: Eu sei amor. Eu sei. - o interrompi - Você está se tremendo. Não estou muito diferente de você, mas precisamos nós acalmar. - o abracei - É real. Nunca morri, estou carregando o nosso bebê e nunca mais vou me separar de você. - falei as palavras que ele necessitava ouvir.
E eu também.
Christopher não disse mas nada.
Ficamos alguns minutos abraçados sentindo o cheiro um do outro. Fechei os olhos matando a saudade que tanto sentia de seus braços. O coração dele estava acelerado tanto quanto o meu.
Abri os olhos percebendo que estávamos sozinhos na sala.
Christopher: Como está aqui? - perguntou mais calmo - Eu..eu tenho seu atestado de óbito. - me encarou - Eu segurei as suas...cinzas. Eu..- respirou fundo - Onde estava? Por quê só apareceu agora? E o bebê? Está de quantos meses?
Dulce: Calma. É melhor a gente sentar.
Christopher segurou na minha mão e me puxou para o único sofá da sala. Quando sentamos, continuamos de mãos dadas e com a mão livre ele tocou na minha barriga.
Observei uma cicatriz no pulso. E mais outra cicatriz no outro pulso.
Peguei os braços dele os analisando.
Dulce: O quê aconteceu? Por que está com isso? - o encarei preocupada.
Christopher: Conto depois. - me abraçou e com uma mão voltou a tocar na minha barriga.- O quê aconteceu, Dul? Por quê só apareceu agora?
Dulce: Estávamos sobrevoando Nicarágua quando o avião caiu e..- comecei a contar sobre tudo o que aconteceu, a queda, a explosão do barco, a jangada, um dia e meia à deriva, a ilha, o meu sangramento, Juliette e Esteban, os meses que ficamos presos na ilha.
A cada segundo ele me apertava em seus braços e me beijava e me tocava.
A cada revelação, ele me apertava ainda mais. Ele me ouviu e fez diversas perguntas, respondi todas, não sei quanto tempo se passou, mas quando terminei de relatar tudo, sua reação foi me abraçar ainda mais apertado como se fosse possível.
Christopher: Você e o nosso bebê passaram por tudo isso. É uma loucura, todo esse tempo ilhada e sozinha.
Dulce: Não estava sozinha. Mais foi muito difícil. Se não fosse o nosso bebê e a certeza que te veria novamente, não teria aguentado meu amor, foi bem difícil.
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Almas Opostas (2°temporada)
Romance2°temporada Com a suposta morte de Dulce, a vida de Christopher vira um tormento sem fim. Completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás...