Cap 6- Uma Fuga?

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Fiquei cinco anos naquele lugar, trancafiada, sendo torturada e mal alimentada.

Ao longo desses anos, uma pequena faísca saiu de minhas mãos, logo após Danzou mencionar o nome de Kakashi, do quanto ele estava preocupado e desesperado atrás de mim.

Ele e Hiruzen falaram que eu saí em uma missão fora da vila, que essa missão duraria anos. Provavelmente as pessoas dessa vila comemoraram e festejaram.

Me pergunto como está Naruto agora, ele era uma criança quando eu o deixei, mal sabia se cuidar. Meu coração doía só de pensar em que estado ele está agora, espero que esteja tudo bem com você.

Com o passar dos anos, eu não sentia mais dor, eu sangrava até perder a consciência. Danzou me batia e socava, sem nenhuma hesitação.

Me encontro novamente sozinha nessa sala, perdida nos poucos pensamentos que eu tinha, encarando aquela coisa que eles chamavam de comida, me perguntando quanto tempo demoraria para me matarem.

A morte foi se tornando cada vez mais atraente.

Escuto um barulho na porta, alguém havia entrado.

Como ninguém entrava ali além de Danzou, em nem me mexi, apenas esperei que ele viesse até mim e realizasse mais uma de suas brincadeiras doentias.

Mas não era Danzou, não, eu conhecia aquela presença, a mesma presença de cinco anos atrás, a presença que me entregou para aquele desgraçado.

Olhei para frente, vendo um homem pálido a minha frente, com cabelos longos e marcas roxas nos olhos, que por sinal, pareciam de uma víbora.

S/n- Danzou cansou de mim? - digo num tom de piada - isso demorou.

- O que fizeram com você criança? - ele passa a mão pelo meu braço.

S/n- Oh, o que foi? Eu não me importo com isso - digo olhando em seus olhos - e por que esse olhar apreensivo? Não finja que não se importa também, você me entregou para ele.

- Eu não sabia que ele iria fazer isso com você.

S/n- Você me parece um lunático - digo jogando a cabeça para trás - por que está se importando com isso agora?

- Eu posso te salvar.

S/n- Eu não tenho salvação.

- Tem sim.

S/n- Não, talvez a S/n de cinco anos atrás tivesse, mas eu, ah, eu não sinto mais nada há tanto tempo.

- Ele me disse que você estava sendo procurada e me pediu um pequeno favor - ele diz levando as mãos para as minhas correntes e as analisando - eu não me importei e fiz, até por que, nós tínhamos assuntos pendentes, mas assim que eu vi o seu olhar, eu não consegui o tirar da minha cabeça. Fiquei durante esses cincos anos inteiros sonhando com ele.

Encarei todos aqueles movimentos, o quanto ele estava concentrado nas minhas correntes.

S/n- Olhe para mim - digo um pouco alterada - veja se meu olhar é o mesmo.

Ele encarou meus olhos, franzindo a testa.

- Você pode fugir - ele faz um selo com as mãos - é só você querer.

Sinto as correntes ficarem frouxas, fracas e inúteis. Ele quebrou o selo que elas tinham.

S/n- Por que está me ajudando?

- Eu não sei.

Ele me pareceu sincero, e confuso.

Olhando bem para ele, eu conheço esse rosto. Ele costumava andar com outros dois rostos conhecidos.

Maldito SharinganOnde histórias criam vida. Descubra agora