Cap 51- Proximidade 🔞

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Chegamos em um riacho que tinha aqui perto, que por coincidência era o mesmo que vimos da última vez.

Eu e ele tomamos um banho rápido para tirar tudo aquilo do nosso corpo, estávamos limpos agora, porém a sua mão ainda sangrava.

Riki estava sentado na minha frente, com sua mão apoiada na minha perna, enquanto eu a limpava. O sangue realmente não quer parar, eu tentei de tudo para conter, mas não para de sangrar.

Eu sentia meu peito começar a doer e uma sensação de desespero começar a nascer em mim.

Riki- Ei - ele segura carinhosamente o meu rosto com sua mão livre, fazendo o meu olhar subir para a sua face - não se preocupe tanto com isso, daqui a pouco esse sangue para.

Como ele pode dizer isso? O fluxo de sangue simplesmente não está diminuindo.

S/n- Por que não para?

Riki- Porque o corte foi profundo - ele diz começando a mover seu dedo na minha bochecha, iniciando um carinho acolhedor - apenas limpe a ferida e coloque algumas faixas, deixe que o tempo resolva o resto.

Colocar algumas faixas e só? Não, ele está precisando de pontos. Se ao menos Kakuzu estivesse aqui.

S/n- Precisamos voltar.

Riki- O que?

S/n- Kakuzu vai saber cuidar de sua mão, ele pode costurar a ferida para você.

Riki- Realmente não precisa disso - ele diz segurando a minha mão - vamos, apenas limpe a ferida e coloque alguns esparadrapos.

Ele não está mesmo se importando com o que está acontecendo com a sua saúde não é? Que cara irresponsável.

Me arrumei certinho em sua frente, pegando firmemente a sua mão e começando a limpar todo aquele sangue. Por mais bruta que eu estivesse sendo, ele não reclamou ou esboçou nenhuma dor, Riki simplesmente me olhava, de uma forma intensa.

Limpei uma parte, depois outra e depois outra, sentindo o clima entre a gente ficando cada vez mais quente. Percebi que o sangue de Riki era bem vermelho, um vermelho vivo e chamativo.

S/n- Seu sangue é diferente.

Riki- Um diferente ruim? - ele diz baixo.

A voz dele nesse tom está me causando arrepios.

S/n- Não - digo num sussurro - seu sangue é realmente interessante.

Droga, por que está ficando tão quente aqui?

Peguei algumas faixas que eu sempre levava comigo e coloquei em sua mão, começando a cobrir totalmente a sua ferida. O sangue parou de sair tão descontroladamente, agora estava sob controle.

S/n- Pronto - digo passando meus dedos por cima da ferida, verificando se não faltou nenhuma local para eu enfaixar - agora tome cuidado com essa sua mão.

Riki- Obrigado.

Olhei para Riki, que me encarava fixamente, seus olhos não largavam os meus, enquanto ele segurava a minha mão.

S/n- De nada - digo revesando o meu olhar de seus olhos para a sua boca, o que eu me repreendi internamente por isso - vamos voltar para o esconderijo.

Riki- Não podemos passar a noite fora? Quero aproveitar um pouco.

Senti um arrepio ao ouvir a sua pergunta que parecia ter tanto duplo sentido.

S/n- Acha que não consegue ir para o esconderijo?

Riki- Não é isso - ele começando a acariciar a minha mão - é que nossa missão é para durar por dois dias, e ninguém naquela casa deixa a gente ter um tempo a sós para conversar.

Maldito SharinganOnde histórias criam vida. Descubra agora