Cap 101- O Adeus

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Voei rapidamente, como se a minha vida estivesse dependendo disso. Eu estava em êxtase, completamente louca para descontar tudo o que acabei de passar em alguém.

E irei, irei descontar todo o meu ódio e rancor em você, Danzou. Irei matar você, hoje, agora.

Fui em direção a Konoha, com a minha respiração ofegante. Estou fraca e cansada, mas não vai ser difícil matar aquele filho da puta, posso queima-lo até não sobrar nada, posso fazer ele virar apenas cinzas e depois jogar janela a fora.

Ou posso mata-lo engasgado com a própria língua.

Minha imaginação estava a mil, fantasiando uma forma de ceifar a vida daquele homem que deixou a minha existência tão difícil e desagradável, o homem que fez questão de me fazer odiar cada fôlego da minha vida.

Cheguei nos grandes portões de Konoha, o dia já estava escuro, a noite já estava nos cercando. Observei todos os shinobis ali, notando que havia alguns Anbu com o turno noturno de segurança.

Vou ter que entrar de fininho, sem levantar nenhuma suspeita.

Fui até uma pequena abertura que tinha nas grandes paredes daquela vila, adentrando rapidamente e me misturando na multidão. Buscava sempre caminhar pelas sombras, afinal, meu corpo estava em um estado péssimo, eu acabara de voltar de uma briga mortal.

Avistei a torre Anbu, sentindo meu corpo começar a transmitir uma dor latejante, gritando por um pouco de descanso, necessitando de uma pausa.

Mas eu não posso descansar até finalizar isso, estou farta de guerra e matança, Danzou é o último da minha lista, após ele, poderia me concentrar em tentar arrumar a minha vida, achar um lar e um amor. Preciso finalizar esse capítulo.

Entrei naquele lugar, silenciosamente. Tudo estava bem quieto e sossegado, estranhei um pouco de início, sempre havia alguns barulhos de ninjas treinando aqui e ali.

Vi que estava tudo bem diferente desde a última vez que estive aqui, talvez seja porque eu coloquei fogo na maior parte desse lugar.

Caminhei calmamente até a sala de Danzou, detalhando em minha mente todo o meu trajeto. Não estava nervosa, não estava sentindo nada, nem mesmo uma pequena ansiedade.

Era simplesmente um completo vazio dentro de mim, não havia ódio, rancor, remorso e nem tristeza. Conforme eu me aproximava mais, menos eu sentia.

Parei em frente a sua porta, mas não entrei.

Eu deveria estar feliz por estar prestes a realizar o que mais queria nesses últimos anos, não é? Então por que eu não sinto nada?

Como se aquela parte de mim, estivesse morta.

Uma pontada de dor na minha coluna me retirou do meu transe, me trazendo de volta a realidade. Quem estou querendo enganar? Por que estou tentando sentir alegria em matar alguém?

Isso será mais uma realização de um querer antigo, uma cobrança de uma dívida, a quitação de anos de sofrimento. Não há alegria nisso, apenas satisfação.

Abri a porta daquela sala, deixando para trás qualquer pensamento, me preparando para encarar o seu olhar novamente, escutar a sua voz, desafia-lo em um duelo.

Mas não foi isso que eu vi naquele momento.

Danzou estava sentado em sua cadeira, quase morto.

Sua aparência física estava destruída, seus olhos vieram até mim, se arregalando em me ver ali. Eu também ficaria surpresa com o estado que aquele verme estava, se não fosse pelo o homem que estava a sua frente.

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