Cap 56- Conversando Com o Demônio

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Riki- Eu sou o demônio.

Olhei surpresa para ele, tentando achar sentindo em suas palavras.

S/n- Do que está falando?

Trinna- Achou mesmo que ele tinha um demônio dentro de si como você?

Sim? Não era isso que ela tinha falado?

Sinto as mãos de Riki acompanharam as minhas, me puxando para me sentar ao seu lado daquele chão frio, que acalmava o calor dentro de mim. Seu olhar estava sincero, enquanto eu me sentia mais confusa a cada momento que passava.

Ele realmente é um demônio?

Riki- Sei que é uma informação um pouco chocante, mas eu preciso que você mantenha a calma e ouça tudo com muita atenção, tudo bem? Vou tentar explicar da forma mais simples possível.

Balancei a cabeça em concordância, vendo ele suspirar fundo.

Riki- Sim, eu sou um demônio, aqueles seres que vivem no inferno? Esse sou eu.

Acreditar naquelas palavras parecia demais para mim.

S/n- E por que você não está lá?

Riki- Era para mim estar, pra falar a verdade. Nós demônios podemos andar pela terra apenas uma vez a cada uma década, foi na minha primeira vez na terra que eu conheci você.

S/n- Mas nós não nos conhecemos quando tínhamos 10 anos.

Riki- Sim, eu meio que atrasei um pouco a minha visita para esse lugar, não tinha o mínimo interesse, mas fui forçado em vir para cá.

Foi forçado?

S/n- Por quem?

O olhar de Riki fica sombrio, vejo ele cerrar o punho, enquanto um leve vestígio de dourados surge em seus olhos esmeraldas. Acho que é um assunto delicado.

S/n- Não precisa me falar se não estiver a vontade.

Ele suspira fundo, jogando a sua cabeça para trás. Notei que seus cabelos azuis escuros se moveram levemente para os seu olho, tampando a visão do mesmo.

Riki- Foi meu pai - seu tom sai furioso - aquele homem vem me obrigando a fazer coisas que eu não quero desde quando eu nasci.

O pai dele? Riki havia me dito que ele tinha falecido quando nós namoramos.

S/n- Ele obrigou você a vir para terra?

Falar essa frase é tão estranho.

Riki- Sim, eu nunca quis vir para cá, eu desprezava os humanos, achava eles insignificantes - ele olha para mim - ainda acho, pra falar a verdade.

S/n- Ah, obrigada pela parte que me toca.

Ele ri de leve.

Riki- Você é a única excessão. Quando eu me apaixonei por você, eu pensei que tudo que eu havia visto sobre a humanidade estava errado, mas isso não passou de uma ilusão. A humanidade é horrenda, a única pessoa que eu me importo entre elas é você, S/n.

Dou um sorriso leve, me sentindo bem por poder sorrir para ele. Vejo ele arregalar os olhos, sorrindo bobo em minha direção.

Riki- Sempre quis ver você sorrindo assim.

Sinto minhas bochechas corarem ao ouvir o tom de sua voz tão carinhosa.

S/n- Poderia ter visto se simplesmente tivesse me dito a verdade antes.

Riki- Eu não podia.

S/n- E por que não?

Riki- Era uma informação muito importante S/n, e eu estava planejando ficar apenas por um mês naquela pequena cidade e depois iria embora. Eu não esperava que iria me apegar tanto a você.

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