Cap 109- Ciúmes do Deus

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Acabamos passando a tarde inteira naquele lugar, Phoveus me mostrou cada lugarzinho que teve oportunidade, me apresentou aos seus demônios amigos, aos seus lugares favoritos, me mostrou tudo.

Eu estava me sentindo cansada, mas estava feliz.

Chegamos de volta para aquela caverna ardente, dessa vez, não me assustei quando a chama engoliu os meus membros e me fez desaparecer.

Paramos na floresta, estava escuro, provavelmente já é madrugada, Phoveus me olhava de canto, analisando as minhas reações e gestos.

S/n- Pergunte.

Ele sorri.

Phoveus- Gostou do inferno?

Está aí, uma pergunta que nunca imaginei receber.

S/n- É, ele não é tão ruim como parece.

Ficamos em silêncio novamente, apenas o som dos nossos passos estavam ecoando naquele lugar. Eu estava me sentindo bem, foi realmente um dia divertido hoje, mas tem algo que ainda está me incomodando.

S/n- O que aconteceu com Riki? Ele estava estranho.

Phoveus ficou quieto por mais alguns minutos, seu olhar carregou aquela mesma tristeza de antes, como se estivesse sentindo pena de Riki. Mas o que aconteceu para ele ser motivo de pena?

Talvez Riki tenha sentido mais a morte do pai do que quis transparecer para mim?

Phoveus- Esse é um assunto, que apenas ele pode falar com você, menina.

O encarei, vendo ele com um olhar pesado.

S/n- Me preocupo com ele.

Phoveus- Eu sei, e isso é o mais triste.

Eu não havia entendido o seu comentário, mas parece que ele não iria dizer mais do que isso. Quando eu ver Riki novamente, irei perguntar o que está acontecendo, e ele não poderá dizer que está tudo bem e desviar o assunto, terá que me dizer.

Isso, na próxima vez.

S/n- Você gosta de doces? - digo mudando de assunto.

Phoveus- Não muito.

Encarei aquele homem um pouco confusa.

S/n- Sério? Então por que só tinha doces na mesinha de chá hoje?

Seu olhar vem até mim, como se a minha pergunta não tivesse feito o menor sentido para ele.

Phoveus- Vi o seu namorado te dar doces hoje de manhã, imaginei que gostasse.

Fiquei sem reação com a sua frase, soltando um riso alto e genuíno. Um deus que é tão difamado, tão temido, prestou atenção em um detalhe tão bobo.

S/n- Você é mesmo peculiar, Phoveus.

Ele sorri de volta para mim, ainda parecendo um pouco confuso.

Terrivelmente fofo.

Chegamos na frente da casa de Obito, eu estava louca para me deitar e dormir, sentia meu corpo cansado, estava exausta.

Phoveus- Está entregue.

Me virei para ele, dando um meio sorriso.

S/n- Obrigada por me trazer até aqui, sinto que se viesse sozinha iria acabar dormindo em qualquer canto que me encostasse - suspiro fundo - e obrigada pela surpresa com a Rin, significou muito para mim.

Ele faz um carinho em meu cabelo, me olhando profundamente.

Phoveus- Não precisa me agradecer de nada - um sorriso suave surge em seu rosto - espero que goste daquele lugar, S/n, espero que aceite viver o resto de sua imortalidade lá.

Maldito SharinganOnde histórias criam vida. Descubra agora