Maldito Sharingan

Cap 28- Fale

- TOBI ON -

Hidan- O que aconteceu com ela?

Mas essa agora.

Sinto a S/n apoiar sua cabeça no meu peito, olhando com os olhos quase fechados para Hidan. Ela deve estar bem cansada.

Kakuzu- Entre e feche a porta.

Hidan entra naquele quarto, sem tirar os olhos dela, tão apreensivo e cheio de sangue. O que será que aconteceu naquela cozinha?

Hidan- O que aconteceu com a S/n?

Kakuzu- Ela se machucou em missão.

Vejo aquele homem de cabelos platinados encarar a perna enfaixada da S/n, se aproximando dela e passando a mão em seu rosto. Senti uma leve pontada em meu peito, querendo tirar suas mãos de cima dela, mas sei que isso não é razoável.

Hidan- Por isso ela estava estranha.

Kakuzu- Por que está coberto de sangue?

Hidan- Eu arranquei os dois braços do Deidara - ele acaricia o cabelo da S/n - aliás, Pain está chamando você para conserta-los.

Droga, eu que deveria ter feito isso, mas eu iria me arriscar demais.

Kakuzu- Francamente, você que faz a bagunça e eu que tenho que arrumar - ele diz resmungando - Tobi, tome conta dela no período da noite, provavelmente a febre volte em algum momento.

Ele me entrega alguns remédios, me dá algumas orientações sobre o ferimento e vai em direção a porta.

Hidan- Eu posso cuidar dela.

Não, você não pode.

Tobi- Não precisa, S/n-chan estará segura comigo.

Ele não parece estar muito contente com isso.

Hidan- Mas eu quero cuidar dela, vocês dois já fizeram muita coisa, me deixe ajudar um pouco.

Kakuzu- Olhe o jeito que ela está grudada no Tobi, acha mesmo que vai conseguir tirar ele dali tão fácil? E outra, provavelmente ela dormirá por um bom tempo, amanhã você vem visitar ela.

Ele cerra o punho, fazendo um último carinho em seu rosto e acompanhando Kakuzu até a porta.

Hidan- Cuide bem dela Tobi.

Tobi- Pode deixar.

Você não precisa me pedir isso, babaca.

Aqueles dois homens se retiram do quarto, fechando aquela porta, me deixando sozinho com ela. Eu ouvia apenas a sua respiração, sentia apenas o seu toque que me segurava cada vez mais forte.

Pensar que tudo isso é minha responsabilidade me deixa tão irritado.

Me arrumo um pouco naquela cama, me deitando mais confortavelmente e puxando o corpo de S/n para mais perto. Ela soltou um pequeno grunidinho no processo, mas logo se acalmou.

Tobi- Eu sei que dói, mas aquela posição não era muito boa - digo no meu tom de voz normal.

Nunca imaginei que poderia usar essa voz para falar com ela novamente.

Bem, nós não estamos exatamente conversando, mas já é alguma coisa.

Levo minhas mãos para o seu rosto, traçando os seus detalhes. Jogo minha cabeça para trás, olhando para o teto daquele quarto. Ah, que dia cansativo.

Os gritos abafados dela ainda estavam em minha mente, minha mão ainda tinha alguns vestígios do seu sangue, o que fazia o meu coração disparar e minha respiração ficar irregular.