Capítulo 109

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Desculpem a demora lindas! Espero que gostem :)

Estarei eu a ouvir bem? Oh meu Deus. Como vou aparecer de novo à frente da família do Harry depois de saber que afinal de contas elas sabem o que aconteceu? Eu sei, era impossível não saberem visto que toda a nossa história saiu por todo o lado...eu já deveria de saber que a família dele sabia e que me iria julgar... Eu não estive bem eu sei, mas eu queria esquecer isso de uma vez por todas, visto que, foi o pior erro da minha vida e toda a gente sabe que estou arrependida pelo mau bocado que o Harry passou, a sofrer, por mim e que seria incapaz de o voltar a fazer. 

Mas isto é demais, eu não posso simplesmente voltar a encarar a mãe e a irmã dele como se nada se passasse e como se não me sentisse mal por elas pensarem que eu poderia voltar a trair o Harry.

Parece que paralisei no tempo por breves segundos e só me apercebo da realidade quando ouço um estrondo de pratos e copos a partir mesmo em frente aos meus pés... Os meus olhos são rapidamente direcionados para as dezenas de cacos no chão.

Passos apressados são ouvidos depois da barulheira e quando olho novamente para a porta vejo o Harry a aparecer com olhos abertos e a sua mãe e irmã a aparecerem por detrás dele.

(Harry) - Mary? Estás bem?

(Anne) - Querida, como foi isto acontecer? 

A mãe dele começou a apanhar os pedaços de vidro e eu continuava paralisada. Sou uma idiota que ouve a conversa dos outros e ainda por cima se acusa.

(Tu) - Desculpe.

Foi a única palavra que consegui pronunciar naquele momento.

(Anne) - Não tem mal, Gemma, vai buscar-me a vassoura e o apanhador por favor.

(Harry) - Amor, está tudo bem contigo?

(Tu) - Eu ajudo-a.

Baixei-me e comecei a recolher os cacos juntamente com a mãe do Harry.

(Anne) - Deixa estar querida eu e a Gemma tratamos disto. 

Não quis dar ouvidos, por isso, continuei a apanhar os vidros do chão.

(Tu) - Autch...

Gemi ao cortar a mão com os vidros na minha mão.

(Harry) - Foda-se, cortaste-te! Anda comigo!

Senti o Harry a puxar-me para cima no seu aperto e os vidros que estavam na minha mão a cairem de novo no chão.

(Anne) - Tens a caixa dos curativos na casa-de-banho de cima, filho.

O Harry guiou-me pelas escadas acima, levando-me até à casa de banho. Fechou a porta e a tampa da sanita e voltou a puxar-me para que eu me sentasse. Eu simplesmente não tinha reação... A conversa que tinha acabado de ouvir na cozinha entre o Harry, a sua mãe e a sua irmã não me saía da cabeça e acho que tão cedo não vai sair. 

(Harry) - O que se passa contigo? 

Não respondi e o Harry começou a remexer nos armários até encontrar uma caixa branca com uma cruz vermelha e a ajoelhar-se em frente a mim.

(Harry) - Deixa ver isso.

Ele pegou na minha mão e começou a tratar-me do corte que acabara de fazer.

(Harry) - Vais falar comigo?

Ele continuava sem uma resposta vinda de mim. O Harry não tem culpa, até porque ele estava a defender-me da sua mãe e da sua irmã e dizer-lhes que essa história tinha sido passado e que ele está comigo e confia em mim, mas sinceramente não estou a deixá-lo no vazio e sem obter uma resposta vinda de mim porque quero, simplesmente não sai.

(Harry) - Fala comigo por favor, estás a deixar-me doido.

Ele acabou o curativo em silêncio e sem insistir mais.

(Harry) - Vamos para o quarto bebé.

Ele guardou a caixa e levou-me para o quarto dele e eu simplesmente deitei-me na cama sem deixar de pensar no assunto. 

Ele não estava mesmo a entender o que se estava a passar... Ele não tinha se apercebido que eu tinha ouvido a conversa, mas eu vou ter de acabar por falar com ele sobre o assunto... quando a minha boca decidir soltar uma palavra...

O Harry apagou a luz e deitou-se ao meu lado... eu estava deitada de lado, de costas para ele e o Harry no outro lado da cama de barriga para cima. 

As luzes da rua entravam pelo quarto a dentro, mas posso admitir que é reconfortante, pelo menos neste momento. Para o Harry se calhar não tanto, visto que, levanta-se para fechar a persiana e volta a deitar-se na mesma posição de há pouco... Estava tão bem como estava Harry...

Agora o que vejo eu? Simplesmente nada. Nada. Absolutamente nada. Não tenho noção do que está à minha volta, ainda por cima estou num quarto que não é familiar para mim, o que torna a escuridão ainda mais escura...desconhecida.

Devo ficar chateada por a mãe e a irmã dele acharem que eu seria capaz de voltar a fazer o mesmo? Elas acabaram de me conhecer por isso elas não sabem de nada. O Harry é o único aqui que me conhece...o meu verdadeiro eu. Só ele deve ter alguma coisa a dizer sobre isso e se ele está de novo comigo é porque confia em mim para acreditar que eu não voltaria a fazer o mesmo. Só isso importa. 

Ou não. A aprovação delas também é importante e isso agora parece que não tenho... ou se calhar sim, mas ficará sempre nelas a desconfiança e isso também não é bom. 

Merda.

Merda.

Merda.

A noite estava a ser tão perfeita. Tive uma noite de Natal linda, junto do homem que amo e da sua família, isto tinha mesmo de ter acontecido? 

Foda-se.

Foda-se.

Foda-se.

O corpo atrás de mim remexe e sinto uns braços fortes a abraçarem-me. Tão bom senti-lo junto a mim, desta maneira.

Talvez o aperto dele tenha sido o que me voltou a fazer pronunciar. Foi dito diretamente da minha cabeça, do meu pensamento, porque foi o que ainda não saiu deste à abocado... tudo o que vejo é estas palavras marcadas milhões de vezes no meu cérebro e a voz da mãe dele na minha cabeça a repetir aquelas palavras vezes sem conta... que tortura. 

(Tu) - Quem faz uma, faz duas.

Espero que tenham gostado! Eu sei que foi muito tempo se atualizar... vou tentar fazer um esforço para continuar e mais vezes, mas tem sido difícil!! 

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Beijinhos 

xx

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