Capítulo 61

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(Harry) – Sim vamos. 

(Tu) – És uma criança. – eu disse virando costas e saindo do quarto.

Saí do quarto furiosa. Eu sei que ele no fundo sabia que isto é normal, toda a gente sabe, mas o seu orgulho é maior que qualquer coisa no mundo.

Ele ia acabar por perceber, mas eu não podia deixar de estar irritada, porque se há coisa que odeio é chatear-me com o Harry.

Fui em direção ao restaurante do hotel na tentativa de comer alguma coisa, mas a discussão tinha-me deixado sem fome, apesar de durante o dia de hoje não ter comigo quase nada.

(…)

Mais um dia de gravações, tinha a certeza que ia ser insuportável o dia de hoje, aturar o Realizador…com o feitio que ele anda e ainda por cima com o meu mau humor… O Harry esta noite dormiu completamente a ignorar-me, virado de costas para mim, eu tive esperança que ele me abraçasse a qualquer minuto, como costuma fazer sempre que dorme comigo, mas não o fez. Eu também não iria dar o braço a torcer.

(…)

(Xxx) – Bem até amanhã, hoje não tiveste mal de todo… andaste um pouco distraída, mas dou-te um desconto. 

(Tu) – Até amanhã. – disse com esforço.

Vá lá que ele não embirrou, deve ter sido porquê não me contive e contei-lhe que tinha-me chateado com o Harry. Era chato, mas boa pessoa ao mesmo tempo.

Saí do estúdio e deparo-me com o Harry à porta. Estaria ele à minha espera? Ou veio só para me provocar?

Eu olhei-o por segundos e ele também, a única diferença foi que eu desviei o olhar logo de seguida e virei-lhe costas. Comecei a andar, mas ele deteve-me. 

A sua mão agarrou o meu pulso com um pouco de força e eu tentei soltar-me, mas sem grande sucesso.

(Tu) – Larga-me palhaço! – esforcei-me ao máximo para que me conseguisse soltar dele, mas a força do Harry, obviamente era maior que a minha.

(Harry) – Desculpa-me amor. – ele disse olhando para mim e agora agarrando também o outro pulso.

Eu olhei para ele nos olhos.

(Tu) – Eu não te desculpo. – disse fazendo cara de amuada, mas ele sabia perfeitamente que eu me estava a fazer de difícil.

(Harry) – Deixa de ser casmurra. – riu.

(Tu) – Eu não me estou a rir Harry. - fiz cara séria, mas no fundo queria me rir, era impossível resistir ao Harry.

(Harry) – Eu amo-te e fui um parvo. – ele puxou-me para ele e abraçou-me. Eu correspondi.

(Tu) – Só agora é que sabes disso? – os meus braços estavam em torno do Harry e a minha cabeça estava pousada no seu ombro enquanto eu lhe respondia e ouvia o que me tinha para dizer.

(Harry) – Eu às vezes não penso… mas tive ciúmes de te ver a beijá-lo… - as suas mãos viajavam pelas minhas costas.

(Tu) – Não te dou motivos. Eu só te quero a ti. És o único. – apertei ainda mais o Harry. A vantagem da minha cabeça estar pousada no seu ombro era poder sentir o cheiro do Harry, ele cheira sempre tão bem… cheira a … Harry. Um cheiro só dele.

(Harry) – Tens razão amor e eu confio em ti. Mas não sei é se posso confiar nesses rapazes que também gostam de ti.

(Tu) – Não te preocupes com isso babe. – eu despeguei-me do Harry e olhei para ele com um sorriso, mostrando as minhas covinhas. Ele sorriu também, mostrando as dele. Começo a aperceber-me que temos várias coisas em comum.

(Harry) – Será que agora podes vir comigo? 

(Tu) – Onde?

(Harry) – Depois vês. – sorriu e piscou-me o olho. 

Entramos num táxi que estava estacionado a uns passos do estúdio. O Harry já tinha tudo planeado. 

(Tu) – Como sabias que te ia desculpar por seres um parvo? – eu disse referindo ao facto de ele já ter o táxi à nossa espera.

(Harry) – Tu nunca me resistirias. - sorriu.

(Tu) – Convencido. – arqueei as sobrancelhas, brincando com ele.

(…)

O táxi deixou-nos numa ponte. O que é que ele ia fazer comigo numa ponte? Atirar-me de lá de cima para me matar? Só podia. Não via sinceramente o que podíamos fazer numa ponte. 

Estávamos no passeio da ponte e caminhávamos mais por ela adiante. Carros passavam por nós a alta velocidade. 

(Tu) – O que viemos aqui fazer? – ri.

(Harry) – Vamos saltar para a água. 

(Tu) – fiquei séria – Harry estás a brincar? Vamos morrer.

(Harry) – Não vamos nada. 

(Tu) – Já viste a altura disto? – olhei para baixo agarrando-me á grade. A altura daquilo arrepiou-me.

(Harry) – Estava a brincar.

(Tu) – Então? Vamos despir-nos e acenar para os carros que passam? – gozei.

(Harry) – Essa ideia não era má de todo. – meteu a sua mão no queixo refletindo no que eu acabara de dizer.

(Tu) – Eu estava a gozar. – rolei os olhos.

(Harry) – Eu sei tonta. – agarrou-me na cintura e beijou-me.

(Tu) – Então? Porque me trouxeste aqui?

Ele sorriu mas não respondeu à minha pergunta. Apenas levou a sua mão direita ao seu bolso detrás das calças e tirou de lá uma caneta preta permanente, um cadeado e duas chaves.

(Tu) – O que é isso?

(Harry) – Segura aqui. – disse dando-me as chaves.

Eu não entendia nem um bocado do que ele estava a fazer.

Abriu a tampa da caneta e começou a escrever no cadeado.

(Tu) – O que estás a fazer? – perguntei curiosa.

(Harry) – Vê. – deu-me o cadeado para a mão.

Podia ver que ele tinha escrito: “Harry and Mary forever ♥”

(Tu) – Para que é isto? – ri.

Não me respondeu novamente. Tirou-me o cadeado da mão e prendeu-o à grade da ponte.

(Harry) – Pronto! – sorriu – Agora dás-me uma das chaves e ficas com a outra.

(Tu) – Ambas as chaves são do mesmo cadeado?

(Harry) – Sim. Agora atira as chaves para a água. – ele atirou as dele.

Eu sorri e fiz o mesmo, atirando a chave para a água que estava por debaixo de nós a metros de altura.

(Tu) – O que é que isto significa? – sorri.

(Harry) – Significa que o nosso amor nunca vai acabar. Vamos estar juntos para sempre e nada nem ninguém nos vai separar.

(Tu) – Que lindo Harry. 

Ficamos a beijar-nos na ponte. O que o Harry tinha feito foi lindo. Nunca ninguém tinha feito comigo uma coisa destas, jamais o fizeram. Sempre que tive com um rapaz o seu objetivo era sempre o mesmo. Usar-me e deitar-me fora. Com ele é diferente. Eu sinto isso.

(…)

Hoje era Domingo, não tinha gravações. Pensava que ia acordar ao lado do Harry, mas ele já cá não estava. 

Fiquei enrolada nos lençóis ainda por algum tempo. Ia ligar a televisão, mas vejo que alguém abre a porta do quarto.

(Tu) – Por onde andaste? Pensei que ia acordar ao teu lado… Fiquei desiludida. – fiz beicinho.

(Harry) – Fui fazer uma coisa! – disse sorridente.

(Tu) – O quê? – perguntei curiosa.

(Harry) – Isto. – sentou-se ao meu lado na cama e mostrou-me.

A minha boca abriu-se num O. Eu não me acredito que ele fez isto…

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