Capítulo 70

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(Tu) – Harry? 

(Harry) – Mas que porra é esta, Mary? – ele disse tirando o cigarro da minha boca e apagando-o no cinzeiro.

(Tu) – Qual é a tua? Eu ainda não tinha acabado!

(Harry) – Não voltas a pegar naquela porcaria outra vez.

(Tu) – E vais ser tu que me vais obrigar?

(Harry) – Zayn não lhe voltas a dar aquela merda. 

(Tu) – Deixa-o!

(Harry) – Se queres estragar a tua vida com essa porcaria estraga, mas não a da Mary.

O Zayn permanecia calado.

(Tu) – Fui eu que quis, ele não me obrigou a nada.

(Harry) – Anda. – ele disse estendendo a mão para mim.

(Tu) – Não. 

O Harry aproximou-se de mim e puxou-me pelo braço.

(Tu) – Au, seu bruto! – queixei-me.

(Harry) – Vamos para o quarto. – ele guiou-me.

(Tu) – Eu estava a divertir-me com o Zayn. Deixa-me voltar.

(Harry) – Nem penses.

(Tu) – O quê? Agora nunca mais na vida me vais deixar estar perto dele? – gozei.

(Harry) – Se for para não voltares a fumar, sim.

(Tu) – Que piada Harry, sabes muito bem que posso comprar, não preciso que seja ele a dar-me.

(Harry) – Não te atrevas. – ele olhou seriamente para mim e entramos no quarto.

Eu sentei-me na cama.

(Tu) – Qual é o teu problema com tabaco?

(Harry) – Não gosto. É das coisas que mais odeio.

(Tu) – Lá por tu odiares, não quer dizer que eu também tenha de odiar.

(Harry) – Tu também não gostas, tu disseste-me uma vez.

(Tu) - Isso foi antes de experimentar.

(Harry) – Quer dizer que agora gostas?

(Tu) – Sim.

(Harry) – Porquê?

(Tu) – Faz-me esquecer dos problemas. – eu disse repetindo as palavras do Zayn.

(Harry) – Que problemas?

(Tu) – Faz-me esquecer-te por um pouco. – eu encarei-o.

Ele ficou a olhar para mim, perplexo.

(Harry) – A-ah, isso deve ser o efeito da nicotina e das outras porcarias que o cigarro tem…

(Tu) – Deve ser…

(Harry) – Quantos cigarros fumaste?

(Tu) – Dois.

(Harry) – Dois? - arregalou os olhos.

(Tu) – Sim, qual é o espanto? – apoiei-me na cama pelos cotovelos.

(Harry) – Eu estava à espera que dissesses que tinha sido só uma passa.

Eu ri.

(Harry) – Promete-me que nunca mais voltas a fumar. Seja o que for. – ele pediu-me enquanto olhava nos meus olhos. Fogo, ele odiava mesmo isto. 

Tanto drama só por causa de dois cigarros.

(Tu) – Porque é que estás tão preocupado em que eu volte a fazê-lo?

(Harry) – Aquilo faz tão mal, Mary. Não vale a pena estragares a tua vida por uma coisa dispensável.

(Tu) – Ok, ok. Não te preocupes. Eu não volto a tocar naquilo, só o fiz porque estava com raiva.

O Harry suspirou e sorriu.

Ele aproximou-se de mim e abaixou-se até ao meu ouvido.

(Harry) – Nem sabes como fico aliviado por não voltares a tocar naquela merda. – ele sussurrou e depois deixou-me um beijo no pescoço. Direcionou a cabeça aos meus lábios para me beijar, ele estava tão perto de mim… os seus olhos a queimarem nos meus, enquanto eu sentia a sua respiração na minha cara. Ele estava prestes a deixar um beijo nos meus lábios, quando eu voltei ao meu mundo.

(Tu) – Hey, espera lá. – empurrei-o.

Ele afastou-se um pouco para olhar-me, esperando que eu continuasse a falar.

(Tu) – Eu só o fiz porque estava com raiva. Com raiva de ti. – lembrei-me.

Ele riu.

(Tu) – Não te rias, que eu continuo chateada contigo.

Ele levantou-se e ficou a olhar para mim, enquanto eu permaneci ainda apoiada pelos meus cotovelos na cama.

(Harry) – Oh babe, ambos sabemos que não me vais resistir por muito tempo.

Ele está a falar a sério?

(Tu) – Aí é que te enganas. Não tens assim tanto poder sobre mim.

(Harry) – Ai não? Provaste-me isso hoje quando me tentaste violar. – ele riu.

Ele está a gozar comigo?

(Tu) – Não me humilhes mais. Já estou envergonhada suficiente.

(Harry) – Não precisas de ficar env… - ele parou de falar e rapidamente o sorriso malicioso que ele carregava mudou para uma expressão séria.

(Tu) – O que foi?

(Harry) – O que é isso aí no teu braço? 

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