o senhor Roberto Boury vai até o orfanato

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   Nota:
   Boa leitura!
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   Pela manhã, bem cedo, a diretora do orfanato, senhora Martha Soares fica surpresa com a visita do Senhor Boury.

   _ Senhor Boury, confesso que estou surpresa com a sua visita repentina. O que o trouxe até aqui?

   O senhor Roberto responde:
   _ Bom, vou direto ao assunto. O que me trouxe até aqui são as crianças, para ser mais específico, o Felipe e a Vitória.

   A senhora Martha preocupada pergunta:
   _ O que as crianças têm? O senhor é contra a adoção?

   O senhor Roberto responde:
   _ Não, pelo contrário.  Gostei muito deles, principalmente a Vitória, uma linda menina. Eu só vim aquí saber um pouco mais sobre eles, sei que a senhora não contou tudo o que sabe ao meu filho, nem a minha nora.

   A senhora Martha um tanto exitante diz:
   _ Para que me faz esta pergunta? Para a organização onde o senhor trabalha tentar me matar novamente? Como da vez que tentaram me matar incendiando a minha casa?

   O senhor Roberto diz:
   _ Pode ficar tranquila dona Martha, este assunto ficará somente entre nós aqui.  E têm mais, a senhora será ressarcida de todo e qualquer prejuízo que tenha tido com o incêndio, além de passar a ser uma protegida minha. A senhora sabe o que isso significa, que ninguém da organização poderá fazer ou mandar quem quer que seja fazer-lhe algum mal sob pena de morte. Basta apenas que me diga tudo o que sabe sobre as crianças.

   A senhora Martha respira fundo e pensa por instantes. Depois, responde:
   _ Tudo bem senhor Boury, vou lhe contar tudo o que sei, mas em troca quero outro favor também.

   O senhor Roberto intrigado pergunta:
   _ E qual seria este outro favor?

   A senhora Martha responde:
   _ É sobre o Lauro. Ele é como um filho para mim, e não quero que ele termine como meu filho. Sei que o senhor não pode tirá-lo desta organização, mas pode pelo menos torná-lo um dos seus protegidos?

   O senhor Roberto responde:
   _ Isso é um pouco complicado para mim, e não depende de mim. Contudo farei tudo o que estiver ao meu alcance.

   A senhora Martha pergunta:
   _ Como pode uma pessoa tão íntegra como o senhor fazer parte de uma organização como esta?

   O senhor Roberto responde:
   _ Á princípio, eu entrei pela liberdade do meu filho, que estava preso à organização, e para encontrar a minha filha sequestrada. Eles me prometeram que diriam onde ela está, porém, estou esperando até hoje, talvez ela esteja morta. A minha esposa que era uma mulher tão gentil, transformou-se em uma pessoa amargurada, fria e psicológicamente instável. Agora,  acredito que eu estando na organização, tenho como proteger algumas vítimas.

   A senhora Martha diz:
   _ Sinceramente, senhor Boury, não acho certo o que o senhor está fazendo, e não concordo com o seu método de ajudar as vítimas dessa organização. A meu ver, ela deveria é ser exterminada.

   O senhor Roberto diz:
   _ Têm pessoas do governo que fazem parte da organização.  A senhora sabe que é impossível. Eles são muito poderosos.

   A senhora Martha pergunta:
   _ O senhor não se sente mal em enganar a sua esposa? E se um dia ela descobrir? Não teme que seu casamento acabe-se por causa desta organização?

   O senhor Roberto permanece calado e pensativo enquanto a senhora Martha continuava a dizer:
   _ Eles estão te mantendo preso a eles. O senhor já deve ter percebido que eles não têm nenhuma intenção de dizer onde a sua filha está. E quando o senhor não estiver mais entre nós, acredita que eles vão deixar seu filho em paz? E tem mais, sua filha pode estar com eles, pode estar até trabalhando para eles. Já pensou nesta possibilidade?

   O senhor Roberto responde:
   _ Já. E este é mais um dos motivos de eu ainda estar lá. Só um milagre muito poderoso, algo maior que está organização poderá detê-la.

   A senhora Martha, então diz:
   _ Tudo bem, vou lhe contar tudo o que sei não vou lhe esconder nada...

   Um tempo depois...

   O senhor Roberto exclama:
   _ O que!?

   Na escola Mundial as crianças estavam muito agitadas, e o senhor Morales com o professor Rene conversavam com a diretora Olivia.

   O senhor Morales dizia:
   _ Diretora Olivia, não tem como a professora Helena dar aulas em uma turma cheia de alunos. Isso além de prejudicar o aprendizado dos alunos, é bastante desgastante para a professora Helena. Por que a senhora não divide a turma, e forma duas turmas?

   A diretora Olivia responde:
   _ Senhor Morales, com todo o respeito que lhe tenho. O senhor é um sonhador, o senhor comprou uma escola falida, que há muito não vê uma reforma, quis dar bolsas a quase todo mundo mesmo sabendo da situação da escola. A saída que encontrei foi matricular mais crianças. O primeiro ano ocupa quatro salas, o segundo ano ocupa três salas, o terceiro ano, duas salas e só sobraram uma sala para o quinto ano e uma para o quarto ano e por isso, dei as maiores salas para eles. E além disso tudo, tem esse projeto mirabolante desse segundo prédio para abrigar os alunos do segundo seguimento do ensino fundamental e os do ensino médio. E esses cursos que o senhor criou para os alunos me fez contratar mais professores aumentando assim os gastos da escola.

   O professor Rene diz:
   _ Mas isso não está certo diretora Olivia, tudo tem um limite.

   A diretora Olivia reponde:
   _ Diga isso ao senhor Morales. Eu só administro a escola. Ou vocês esqueceram dos impostos? Sonhos não pagam impostos, e sim, dinheiro. E é o que estou fazendo, entrando mais alunos pagantes para compensar o número de bolsas. E, se a professora Helena não estiver aguentando que peça demissão e vá para outra escola.

   O professor Rene preocupado pergunta:
     _ Ela pode ao menos ter uma assistente?

   A diretora Olivia responde:
   _ Pode  ser que mais para frente eu possa contratar uma assistente para a professora Helena. Só que no momento, isso é impossível. Tenho que fazer os cálculos do dinheiro que entra e sai para ver se a escola terá verba disponível para contratar uma assistente para a professora Helena.

   O senhor Morales e o professor Rene, saíram de lá frustrados pois apesar de eles saberem que a diretora no fundo, queria prejudicar a professora Helena, no fundo também, ela tinha razão. O senhor Morales entrou em um projeto de longo tempo, com a pressa de realizá-lo em um curto período de tempo, e sem disponibilizar dos recursos necessários para realizar tal projeto em pouco tempo, incluindo as cargas tributárias que com certeza iriam encarecer ainda mais seu projeto.

   A professora Helena, encontra-se com eles e aflita pergunta:
   _ E aí? Como foi?

   O senhor Morales responde:
   _ Eu sinto muito, professora Helena. Não conseguimos nada. No fundo, a diretora Olivia tem uma certa razão, apesar de tudo. Tente aguentar um pouco mais. Vou fazer de tudo para resolver esta situação de forma que beneficie tanto a senhora quanto os alunos.

   A professora Helena responde:
   _ Tudo bem senhor Morales. Vou tentar, vou fazer o meu melhor.

   Nota:
   Agradeço por ler mais este capítulo, espero sinceramente que tenha gostado dele, e até o próximo capítulo! 🙋‍♀️

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