A nova vida de Tainá.

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Nota:
  Boa leitura!
😘🥰😻🙆‍♀️.

  Sábado, casa do Senhor Morales, à noite.
  O senhor Morales fazia entrevista à futura professora particular de Tainá. Nenhuma delas havia sido aprovada até então. Quando desanimado encerrou as entrevistas teve o que talvez seja, a maior surpresa da sua vida.
  O senhor Morales pergunta atônito:
  _ Você, aquí?
  Susana diz sorrindo:
  _ Vim me candidatar à vaga, hoje em dia agente não pode se dar ao luxo de rejeitar um dinheiro extra. E, boa noite seu Morales, não vai me convidar para entrar?
  O senhor Morales ainda surpreso diz:
  _ Ah, é sim, boa noite, professora Susana, pode entrar. Me desculpe, mas você é a última pessoa que eu esperava encontrar por aquí. Como ficou sabendo da vaga?
  Susana diz sorrindo:
  _ Li no jornal.  O senhor precisa de uma orientadora para crianças, não é? Não sabia que o senhor tem filho. O senhor adotou?
  O senhor Morales ri e diz:
  _ Bom, a criança é esta, Tainá, ela como você já deve ter percebido, é uma criança indígena. E eu a trouxe para cá  para cuidar pessoalmente da educação dela. Os pais dela que ficaram no Amazonas me deram permissão para eu ser o tutor dela, e Além disso ela é minha afilhada.
  A professora Susana diz:
  _ Então, por onde a gente começa?
  O senhor Morales emocionado diz:
  _ Bom, Susana, vamos começar pela entrevista,  e espero que você tenha mais sorte do que as outras pessoas  que eu entrevistei hoje. Confesso que estou exausto. Prometo não demorar muito. Por farvor, acompanhem-me até o meu escritório.
  Um tempo depois...
  O senhor Morales saiu de lá dizendo:
  _ Parabéns, professora Susana, a senhora está contratada para o cargo.
  Tainá aperta a mão de Susana:
  _ Meus parabéns.  Sinto que você já fez muitas coisas erradas no passado, e que agora está querendo mudar e corrigir seus erros. As pessoas a quem você magoou muito não vão acreditar em sua mudança, mesmo assim não desista. Dê o primeiro passo, pedindo perdão e mostrando com bons exemplos que você mudou.
  A professora Susana diz emocionada:
  _ Acho que você já aprendeu muita coisa com a vida, Tainá.  Não terei muito o que te ensinar.  Mas quanto ao pedir perdão,  isso ainda é um pouco complicado para mim, pois ainda não me sinto preparada para isso. Entende?
  De repente o celular do Senhor Morales toca e este pede licença e afasta-se um pouco para atender a chamada:
  _ Oi Silvia, tudo bem com você?[interrompe a ligação e fala com Susana e Tainá]_ É uma amiga, me dêem licença que eu vou falar com ela.
  Tainá comenta com Susana:
  _ Esta mulher sempre liga pro padrinho. Só hoje, já é a terceira vez que ela esta ligando. Só que eu ainda não conheço ela.
  Susana diz:
  _ Primeira lição Tainá.  O correto é se dizer não a conheço.
  Tainá ri e diz:
  _ Sim, entendi. Eu ainda não a conheço.
  Susana olha para o senhor Morales falando ao celular e comenta com Tainá:
  _ Engraçado. É o  mesmo nome de uma professora da escola onde eu trabalho.  Deve ser coincidência, afinal, não existe só uma Silvia no mundo.
  O senhor Morales combinou com a professora Susana que ela começará a dar aulas a Tainá à partir da próxima segunda-feira na parte da tarde.
  Logo que a professora Susana despediu-se deles e saiu, o senhor Morales pergunta à Tainá:
  _ Que tal uma pizza hoje?
  Tainá sorrindo diz :
  _ Agora o senhor falou a minha língua, padrinho.
  De repente o  senhor Morales diz:
  _ Tainá,  eu tenho uma reunião importante hoje, e já estou atrasado! O que eu faço?... já sei! Vou te deixar hoje na casa do doutor Miguel, ele tem uma filha que é quase da sua idade. Logo que terminar a reunião eu te pego lá. Mesmo porque eles também vão a reunião, mas lá tem a empregada deles  que sempre fica com a filha deles quando tem reunião do nosso grupo.  Ok?
  Tainá fica um pouco chateada entretanto concorda:
  _ Tá. Só se me prometer comprar pizza na volta.

  Um tempo depois...

  O senhor Morales chega de carro na casa do doutor Miguel que já estava de saída.
  O doutor Miguel diz ao senhor Morales:
  _ Oi, Morales! Como foi a viagem?
  O senhor Morales responde:
  _ Foi ótima, Miguel.  Esta aquí é minha afilhada, Tainá.  Ela veio para estudar em São Paulo, e vai morar na minha casa.
  O doutor Miguel diz sorrindo:
  _ É um prazer conhece-la, Tainá.
  Tainá responde:
  _ Também é um prazer conhecer o senhor, doutor Miguel.
  O senhor Morales diz:
  _ Hoje eu não tive como arrumar uma pessoa para ficar com Tainá . Ela pode ficar aquí até acabar a reunião? Ela não conhece nada aquí em São Paulo, e eu não quero deixa-la sozinha em casa.
  O doutor Miguel responde:
  _ Claro, ela pode ficar conversando com a Maria Joaquina até a gente retornar da reunião. E você pode deixar o seu carro na garagem e irmos com o meu. Só estou esperando a Clara terminar de se arrumar.
  Maria Joaquina estava em seu quarto navegando na internet, quando sua mãe a chama e lhe diz:
  _ Maria Joaquina, o senhor Morales vai à reunião com a gente. A afilhada dele está aquí, gostaria que você fizesse companhia a ela até a gente retornar. Ela veio do Amazonas e como seu Morales nos contou ela nunca veio a São Paulo, ela não está habituada aos nossos costumes. Seja compreensiva com ela, se acaso ela não entender alguma coisa que você disser. Entendeu?
  Maria Joaquina responde:
  _ Tá, mãe.
   Joana leva Tainá até o quarto da Maria Joaquina. Esta acha o quarto da Maria Joaquina muito bonito porém prefere não comentar.
  Maria Joaquina olha para Tainá e pergunta curiosa:
  _ Oi,tudo bem? Meu nome é Maria Joaquina. Você está gostando de São Paulo? Minha mãe me disse que você veio do Amazonas.
  Tainá responde:
  _ É, eu vou estudar na escola do meu padrinho.
  Maria Joaquina diz:
  _ Eu estudo lá.  Não é a melhor escola do mundo mas é legal. Como é o Amazonas?
  Tainá, pensa e diz:
  _ Bom, vou falar sobre a tribo onde eu moro. Lá é bem diferente de São Paulo, não têm shoppings, praças com igrejas enormes. Mas tem muita natureza , animais e muito espaço para correr e brincar. É legal morar lá ,só que eu sempre tive vontade de conhecer São Paulo por causa das coisas que meu padrinho contava quando ia lá em casa. Acontece que eu entrei no caminho de gente muito perigosa que queriam me matar, e meu padrinho foi aconselhado pelos meus pais me trazer para São Paulo para estudar, e aquí, para eles eu estou mais segura e não me meto em encrencas.
  Maria Joaquina pergunta:
  _ O que você fez pra essa gente ficar com tanta raiva?
  Tainá responde:
  _ Nada, eu só defendi a natureza e os animais deles. Desfazia armadilhas, atrapalhava  eles de tombar árvores. Eu não tenho medo deles. O pajé da nossa tribo já disse que isto está no meu destino. É o meu destino proteger a floresta amazônica que possui uma das mais ricas biodiversidade do planeta.  Eu aprendi com meu pai. Ele estudou aquí em São Paulo. E ele me falou muito sobre São Paulo também.
  Maria Joaquina assustada pergunta:
  _ Tainá, você não tem medo? Você é só uma menina.  E se eles são tão perigosos assim. Os adultos são os que têm de fazer isso, e não nós  que somos apenas crianças. Não podemos nos meter em coisas de adultos, isso é muito perigoso.  Sabia? Eu deixo os problemas de adultos para os adultos. A gente tem é que resolver problemas de crianças.
  Tainá com o semblante triste  diz:
  _ Maria Joaquina, esse é um problema meu também.  Eles estão destruindo o lugar onde eu e o meu povo moramos. Os adultos não estão fazendo nada para evitar, e se eu esperar até ficar adulta, quando eu voltar para casa, talvez a minha casa já não vai mais existir, talvez eu não tenha mais pelo que lutar, talvez aqueles meus amigos animais não existam mais,  e o que é bem pior, talvez a Amazônia não exista mais.
Já pensou se um bando de pessoas estranhas entrassem aquí na sua casa e começassem a destruir tudo, a levar todos os objetos de valor da casa, maltratasse seus pais, e eles não se importassem, e ninguém quisesse ajudar vocês. O que você faria?
  Maria Joaquina responde :
  _ Bem.em primeiro lugar, a Amazônia é bem maior que uma casa, ficando assim bem mais difícil de protegê -la. Depois, a Amazônia faz fronteira com outros países,  é  o que complica ainda mais, pois cada país tem uma lei de proteção ambiental diferente.  Mesmo que você fosse uma velocista, e corresse por toda aquela Amazônia, não conseguiria protegê-la cem por cento. Onde estão os super heróis quando se precisa deles? Não é? E você esqueceu-se que a própria Amazônia têm seus mecanismos naturais de defesa. E quanto ao não ter pelo que lutar, a gente sempre têm pelo que lutar. Acredite em mim. A gente nasce e morre lutando.
  Tainá admirada pergunta:
_ Como você sabe de tanta coisa?
Maria Joaquina responde :
_ Eu estou lendo aquí  no Google. Desde que minha mãe me disse que você veio do Amazonas, eu comecei a pesquisar. Vamos fazer o seguinte, você me conta sobre suas aventuras, que eu vou contar as minhas.  Sabe teve uma vez que a nossa casa aquí foi assaltada, então eu segui os bandidos e fui párar na casa abandonada...
  Enquanto Maria Joaquina falava, Tainá pensa:
"  _ Será que ela é um dos fortes aliados que a minha mãe estava dizendo? Interessante, uma menina como eu."

  Nota:
Espero que tenham gostado deste capitulo, e até o próximo capítulo🌍🌎🌏🗺🌠😻🥰😘🙆‍♀️🙋‍♀️💝.
 
 
 

 
 
 

 
 

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