Consequências.

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  Nota:
  Boa leitura!😉🙏.
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  Na casa do Paulo:

  A família Guerra estava apreensiva. Marcelina estava com medo de seu pai bater no Paulo, a senhora Lilian, estava preocupada temendo seu esposo perder a paciência  e acabar extrapolando no castigo e o Paulo, é claro, com medo de apanhar e odiando o fato de ter que ouvir meia hora de sermão, sem poder dizer nada.
  Marcelina em defesa do irmão diz ao pai:
  _ Pai, eu posso explicar! Os garotos...
  O senhor Guerra a interrompe dizendo:
  _ Marcelina, vai pro seu quarto agora!
  Marcelina Ainda chega a dizer:
  _ Mas, pai...
  Porém, o olhar de seu pai disse tudo. Então, ela abaixou a cabeça e foi para seu quarto desolada.
  A senhora Lilian, diz:
  _ Roberto, por farvor, não bate nele. Acho que ele já aprendeu a lição.
  O senhor Roberto diz:
  _ Aprender a lição? Duvido muito. E Lilian, por farvor, não me tire a minha autoridade de pai. Se eu castigo ele agora, é para evitar que ele seja castigado amanhã pela vida. É melhor você sair, quero ter uma conversa a sós com nosso filho. Não preocupe-se, desta vez não vou bater nele, acredito que ele já apanhou o suficiente.
  A senhora Lilian respira aliviada, e retira-se. Paulo também sente um certo alívio por saber que não iria apanhar, o problema é que não poderia escapar do sermão sem poder dizer nada, para que seu pai de repente não mude de idéia e resolva castiga-lo pior ainda, este dizia para si:
" _ Tudo bem, Paulo, é só ouvir tudo, concordar com tudo o que ele disser. Até acabar."
  Então o senhor Roberto começou a dizer:
  _ Paulo, o que eu devo fazer com você? Eu já fiz de tudo para você mudar sua conduta, mas parece que nada traz resultado. Você nunca aprende!
  Paulo pensa:
  " _ Não pai, você não fez de tudo. A única coisa que você sabe fazer é me bater."
  O senhor Roberto prossegue dizendo:
  _ Paulo, o que você quer? Matar a mim e a sua mãe de desgosto?
  Paulo pensa:
  " _ Só quero que vocês me entendam!"
  O senhor Roberto diz:
  _ Você, Paulo, é um péssimo exemplo para sua irmã. Como irmão mais velho, você deveria ser um exemplo para ela, e não ela ser um exemplo para você.
   Paulo pensa:
"_ Detesto quando vocês me comparam com ela! Eu não sou como a Marcelina! Pára de me comparar com aquela chata!"
  O senhor Roberto diz:
  _ Paulo, você tem é que agradecer todos os dias. Você é uma criança que tem de tudo. Você tem uma família, que tem uma situação financeira equilibrada. Então , Paulo, qual é o motivo da sua rebeldia? O que lhe falta nesta casa?
   Paulo diz de cabeça baixa:
_ Nada.
Paulo pensa:
" _ Um pouco mais da sua atenção, talvez."
  O senhor Roberto diz:
  _ Paulo, acho que você ainda não percebeu a gravidade da situação. Como consequência do seu ato e de seu amigo Kokimoto impensado, você viu como seus amigos ficaram? Eles poderiam ter ficado gravemente feridos ou coisa pior.
  Paulo de cabeça baixa pensa:
  " _ A culpa foi do Daniel, eu não obriguei ele a aceitar aposta nenhuma, ele aceitou por que quis."
  O senhor Roberto diz:
  _ Olha a situação que você colocou sua mãe. Eles são alunos da escola onde ela é diretora, porém ela não pode puni-los porque o fato aconteceu fora da escola, a única coisa que ela pôde fazer foi prestar queixa na delegacia. E eu acredito, que isso não vá dar em nada. Afinal, o tio de um deles é  deputado estadual.  E se eles resolvessem se vingar na Marcelina?

  Paulo, neste momento têm vontade de dizer que não está nem aí para a Marcelina porém, por mais que ele odiasse o fato de não ser filho único, e a Marcelina ser a queridinha dos seus pais, ele odiaria o fato de algum daqueles garotos fazerem algum mal a ela, mesmo que ele tentasse negar com todas as suas forças, a verdade é que ele ama a Marcelina.
  O senhor Roberto dizia:
  _ Até a irmã do Kokimoto corria risco.
  Paulo pensa:
  "_ Àquela pai, aquela o senhor não conhece. Ela que é o risco. Apesar que até agora eu não vi ela fazer nada. Será que é exagero do Kokimoto? Ah! Isso já tá ficando chato. Quando vai acabar?"
  E por fim o senhor Roberto diz:
  _ Paulo, você precisa entender que seus atos têm consequências. A sua festa de aniversário que sua mãe está planejando, pode esquecer. E têm mais, só vou deixar o seu celular com você, o resto dos brinquedos, inclusive a televisão, o videogame e o computador vou confiscar sem tempo determinado. Se isso não for o suficiente, posso até proibir o Kokimoto de vir aquí em casa . Ou até mesmo mandar você para um colégio interno em outro país. Entendeu, Paulo? Vou agora retirar as coisas que falei do seu quarto, depois você pode ir pro seu quarto.
  Paulo, por fim pensa:
  "_ Não,  não faz isso não! Por farvor! Não é de todo mal, pelo menos o celular tem internet e têm jogos. Mas, a festa. Eu já convidei o Kokimoto pra minha festa. Isso não é justo. Isso! Me manda mesmo pra um colégio interno.  Eu não tô nem aí! Vocês querem se ver livre de mim mesmo! Talvez assim seja até melhor pra mim. Vou ser livre pra fazer o que quiser, sem ninguém pra encher o saco!"

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