CARROSSEL TWO.

O passeio 5

  Deselho-lhe uma boa leitura.
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  Miguel diz ao Samuel:
  - Esta é a primeira vez que eu viajo pra tão longe.

  Samuel também diz:
  - Eu sempre viajo com a minha família. Lá no condomínio sempre tem excursões de férias. O dono do condomínio até que é legal, ele diz que os vizinhos precisam criar laços, sabe, como uma grande família. A criança da minha idade lá com quem eu mais me dou bem é o Da...

  Samuel lembrou-se do pedido do Daniel e parou de falar, porém o Miguel ficou curioso e perguntou:
  - Da? Da o quê?

  Samuel diz:
  - Danilo.

  Miguel prossegue dizendo:
  - Ah, sei! E qual é o nome do condomínio onde você mora?

  Samuel, nervoso, sem saber o que dizer, diz:
  - Eu esqueci.

  Miguel, confuso, pergunta:
  - Esqueceu o nome do lugar onde você mora?

  Para mudar de assunto, Samuel diz:
  - Olha lá, Miguel! Aquela montanha parece uma galinha!

  Miguel olha e pergunta:
  - De qual montanha você está falando?

  Samuel aponta, e diz:
  - Aquela lá! Olha!

  Miguel, confuso pergunta:
  - Você acha?

  Samuel responde:
  - É sim! Olha ! A cabeça da galinha, e o resto do corpo! Igualzinho! Percebe?

  Miguel, mais confuso ainda, responde:
  - É, sim! Agora que você disse, até que parece um pouquinho. Eu acho.

  Tainá toca no braço da Saori Keiko e diz:
  - Sinto que você está triste.

  Saori Keiko pergunta:
  - Como você sabe?

  Tainá responde:
  - Eu tenho esse dom. Quando eu toco em alguém, eu sinto o que a pessoa está sentindo..

  Saori Keiko diz:
  - Isso, é empatia, sabia?

  Tainá, surpresa com a descoberta, pergunta:
  - Empatia? Então, o que eu tenho é empatia?

  Saori Keiko responde sorrindo:
  - Sim, Tainá, você é uma empata.

  Então, Tainá pergunta:
  - O que está te deixando triste?

  Saori Keiko o olhar no horizonte responde:
  - Saudade. Saudade do Japão, do meu grupo, sabe, sou uma idoru ( idol  -  J-Idol) .

  Tainá diz:
  - No tempo certo, você vai voltar pro Japão, e para o seu grupo de idol. Primeiro, você tem uma lição para aprender aqui e resolver questões familiares pendentes.

  Saori Keiko diz admirada:
  - Uau! Você é boa mesmo! Isso aí não é só empatia, só não sei o que é. Mas, fale de você.

  Tainá diz:
  - Eu vim do Amazonas, e tenho uma missão. O meu povo está sendo explorado, e está sofrendo muito nas mãos de um grupo de pessoas muito mal. Eu pretendo estudar, ser alguém importante, ter voz para lutar pelo meu povo.

  Saori Keiko, diz com um olhar contemplativo:
  - O meu avô, me diz que às vezes, para você proteger quem ama, tem que ficar nas sombras, como um ninja. Se você se mostra muito, se torna um, como se diz, aruvu (Alvo). Entende? Escondido para proteger melhor.

  Tainá responde:
  - Sim, entendo. Um alvo fácil. Se a pessoa que quer fazer mal a quem você ama, se te ver vai atacar aos dois. Se não te ver, só vai atacar a quem você quer proteger. Já ouvi falar nisso, se chama , meu padrinho falou, foi em um filme, me deu um branco agora! Que raiva!

  Saori Keiko diz:
  - Erumento surupresa.

  Tainá lembra e diz:
  - Isso! Elemento surupresa!

  Saori Keiko continua falando:
  - Nas sombras, ninguém te vê, nem espera o seu ataque. Meu  Sensei Também me ensinou sobre isso.

  Tainá sorri e diz:
  - Muito obrigada, Saori, vou seguir seu conselho. Usar o elemento surpresa a meu favor.

  A professora Suzana comenta com o professor Thiago:
  - São quase quatro horas de viagem! E ainda tem gente que diz que viajar é relaxante. Eu garanto que se eu estivesse em casa agora, estaria muito mais relaxada, com o sofá, a geladeira, o microondas, tudo a minha disposição a hora que eu quiser. Assistindo meus vídeos preferidos, minhas músicas. Isso para mim que é relaxante!

  O professor Thiago ri  e diz:
  - Pelo menos, teremos muito o que contar aos nossos netos.

  A professora Suzana responde:
  - Netos!? Em que mundo você vive? Acha que eles vão querer nos ouvir? Esqueceu que as futuras gerações se sentem muito melhor que a geração de seus pais? Vão é nos chamar de ultrapassados na nossa cara! E até nos processar por isso!

  O professor Thiago diz sorrindo:
  - Que isso professora Suzana? Não exagere. Crianças são sempre crianças, independentemente da geração ou do tempo. Quem estraga as crianças são os mais velhos.

  A professora Suzana, incrédula, diz:
  - Tá! Pode ser! Daqui a alguns anos você me diz, se estivermos vivos até lá.
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Agradeço por ler.
E até o próximo capitulo.