Jughead Jones
De manhã, acordamos cedo para irmos para a gravadora logo nas primeiras horas do dia e termos a tarde livre. Tomamos café falando sobre o que faríamos depois do almoço e saímos para a gravadora.
Gabe veio junto, e minha irmã vai ficar com ele enquanto gravamos as músicas.
Ao chegarmos na gravadora, Jellybean pega Gabriel no banco de trás e entra correndo, eu e Betty entramos logo em seguida. Cumprimentamos a recepcionista e caminhamos até o estúdio, onde Caleb já estava nos esperando.
— Jones! Jellybean! — aperta nossas mãos. — E você eu não conheço... — aponta para Betty.
— Sou Betty Cooper. — me encara. Ela está em dúvida se diz que é minha namorada ou não.
— Viemos gravar o segundo álbum de covers, Caleb. — diz minha irmã.
— Ah sim. — faz um sinal para o seguirmos e assim fazemos, mas antes de entrarmos na sala de reuniões, ele se vira para Jellybean. — Jellybean, crianças não são permitidas aqui.
Betty fica incomodada imediatamente e percebo que ela está se segurando para não explodir.
— Posso falar a sós com eles antes de entrarmos na sala? — diz o mais calma possível.
— Claro.
Voltamos para o estúdio e fechamos a porta.
— Me desculpa Betty, eu não sabia que não podíamos trazer o Gabe. Posso conversar com o Caleb e ver o que ele pode fazer.
— Não precisa Jellybean. E eu que tenho que pedir desculpa...
— Não. Você não precisa se desculpar por isso. — digo sério. — Ele é seu filho e não um empecilho. Na verdade, nunca deveria ser tratado com um.
— Eu entendo o Caleb ter falado aquilo. Essa gravadora não é lugar de criança. Nenhuma gravadora é lugar de criança, na verdade. — reviro os olhos um pouco irritado.
— Revirar os olhos não vai fazer o Caleb mudar de ideia. E pode deixar esse nervosismo de lado. — ouço minha irmã dizer e minha irritação aumenta.
— Chega vocês dois. Não é hora pra brigar. Precisamos deixar o Gabe com alguém, e eu não confio em babás, já vou logo avisando. — eu e Jellybean pedimos desculpas para Betty. E minha irmã logo tem uma ideia.
— Posso pedir pra Cheryl ou Verônica ficarem com ele agora de manhã. Tenho certeza que elas não vão se importar com isso. — Betty suspira e concorda. Jellybean pega seu celular e disca o número de uma das meninas.
Depois de conversar com Verônica, ela aceitou cuidar de Gabe na parte da manhã enquanto gravamos o álbum. Em menos de dez minutos ela já está em frente a gravadora.
— Cuida bem dele.
— Eu vou. Até parece que não confia na sua melhor amiga. — dramatiza e Betty revira os olhos.
— Pegamos ele depois do almoço. — digo e ela assente e coloca o pequeno no carro.
Voltamos para a sala onde Caleb está e nos sentamos na mesa para iniciar a reunião.
— Agora sim, vamos falar sobre o álbum. Vão ser quantas músicas?
— Cinco. — respondo.
— E quais são?
Betty diz as músicas, mostramos as que ele não conhecia, ele anota e sai para imprimir as letras. Quando volta, Caleb nos entrega os papéis e todos voltamos para o estúdio. Dividimos o que cada um iria cantar e gravamos primeiro a base e o ritmo com o violão de the pressure, a primeira música. Depois de gravar o resto dos instrumentos, Betty gravou a sua parte, eu gravei a minha e por fim, gravamos os dois juntos.
— Dia um de estúdio, concluído. — digo e nos abraçamos.
— Ficou ótimo! Já podem sair daí. — deixamos os fones nos suportes dos microfones e saímos — Podem ir almoçar. Quando voltarem já vão poder ouvir a versão editada e se quiserem mudar alguma coisa, fiquem a vontade.
Todos concordamos e nos despedimos de Caleb. Entramos em meu carro e seguimos para o restaurante mais perto.
Depois de almoçarmos, voltamos para a gravadora e nos encontramos com Caleb no estúdio.
— Sentem-se. — obedecemos ele e logo ouvimos nossas vozes saindo das caixas de som. — E então? — questiona depois de já termos ouvido a música inteira.
— Ficou muito bom! — diz Betty animada. — Não precisa mudar nada.
— Como vocês dois já sabem, marquem o horário com a recepcionista e nos encontramos amanhã. — eu e minha irmã assentimos.
— Foi um prazer te conhecer Betty!
— Digo o mesmo Caleb. Nos vemos amanhã.
Marcamos o horário de amanhã com a recepcionista e entramos no carro. Seguimos caminho para a casa de nossas amigas para buscar Gabe.
— Fiquei esperando vocês virem buscar o Gabe. O que aconteceu?
— Jellybean se atrapalhou com o horário. Desculpa amiga. — Betty explica. — Ele se comportou?
— Vocês acordaram muito cedo? — assentimos. — Acho que por conta disso ele dormiu a manhã inteira. Betty, ele é um anjo. Nem dá trabalho.
— Gabe comeu bem?
— Sim. E brincou bastante... com o que podia.
— Verônica, querida... — começa Jellybean. Nossa amiga logo entendo o que minha irmã quer. — Diga logo o que você quer Jeca.
— Cacete... — Betty chama sua atenção com o olhar. — Desculpa... — sussurra. — Não me chama assim. Esse apelido é ridículo.
— Só fala o que quer.
— Provavelmente amanhã você também vai precisar ficar com o Gabe. Ou melhor, o resto da semana. Por conta do álbum.
— Ah tudo bem. Eu vou amar ficar com esse pedaço de gente pelo resto da semana.
— Vamos tentar ir pro estúdio de manhã e talvez, como aconteceu hoje, pode ser que venhamos buscar o Gabe meio "tarde". — Verônica assente.
Nos despedimos de nossa amiga e voltamos para casa. Gabriel ficou com Jellybean na sala, brincando e eu e Betty subimos para meu quarto.
— Me desculpa por não conseguir falar que eu sou sua namorada pro Caleb. — se senta na cama.
— Babe, não tem problema.
— Tem problema sim! Você diz que não, mas eu sei que tem. Me desculpa por não ter conseguido falar que eu sou sua namorada. Eu travei na hora, não sei o que aconteceu.
— Betty, de verdade, não tem problema. Mesmo. Não tem porque eu ficar incomodado com isso. É só um rótulo que as pessoas insistem em ter. Sim, você é minha namorada, mas falar isso para os outros não importa. Não se preocupa com isso.
— Sério, me desculpa. — diz com a voz trêmula.
— Porque isso importa tanto pra ti? — a abraço.
— Inseguranças do passado. — limpa suas lágrimas. — Eu queria muito gritar pro mundo que eu sou sua namorada, mas eu não consigo! Não sei o que tem de errado comigo, eu não... — funga e abaixa a cabeça.
— Ei, ei. — levanto seu rosto com o polegar. — Não é porque você não consegue dizer que namora comigo que tem algo de errado contigo. Tira essa ideia da cabeça. Meu amor, não tem nada de errado em não conseguir dizer que namora com o gostoso do Jughead Jones. — brinco e ela ri em meio às lágrimas.
— Besta. — limpo as novas lágrimas rolando por seu rosto. — Mas não é mentira. — gargalho.
— Eu não vou te pressionar para falar para os outros que é minha namorada. Só diga quando se sentir pronta, isso não é um problema pra mim. Só grite pro mundo que você namora o gostoso do Jughead Jones quando se sentir confortável. Não se prenda a essa ideia de que eu vou ficar bravo ou incomodado caso não diga que está comigo. Só a nossa família e amigos sabendo, está ótimo. O resto que se foda.
Betty concorda, me abraça e me beija.
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singers •bughead•
Romance+Bughead|| onde Betty e Jughead são cantores famosos e se conhecem num jantar na casa de suas amigas em comum.