Elizabeth Cooper
Quando soube que iria viajar o país fazendo a turnê, sabia do cansaço, apesar de amar viajar, estar em um aeroporto quase todos os dias é exaustivo, só não imaginava ser tanto assim.
Estamos em Nova York há quatro dias, depois do show, viemos para o hotel e simplesmente apagamos.
Nesse tempo aqui, aproveitamos para tentar regular nosso sono e descansamos. Ontem nós três fomos assistir Hamilton na Broadway, vi meu musical preferido no teatro e posso afirmar com toda certeza que é mil vezes melhor do que ver por vídeos na internet, não sei explicar o que senti quando ouvi a primeira música, me arrepiei do começo ao fim. Hoje acordamos um pouco mais tarde hoje e saímos para tomarmos café em um restaurante já que o café da manhã do hotel já foi retirado.
Tomamos o café da manhã devagar, e fomos dar uma volta por Nova York.
— Fazer a turnê tá sendo como você esperava?
— Não — responde rapidamente. — Quer dizer, sim... mais ou menos...?
— Como assim?
— É melhor do que eu esperava, mas também é muito mais cansativo. Descobri que eu sou o tipo de pessoa que gosta de ter um lugar fixo pra ficar.
— Ou seja, você não seria nômade. — Jellybean brinca.
— Com certeza não. — rimos.
— E eu também não sei como estou aguentando ficar tanto tempo longe do Gabe.
— Só mais quatro shows e daí sim a gente volta pra casa.
— Só. Pouco show, Jughead. — rio de Jellybean.
Voltamos para o hotel e tivemos um tempo de individualidade, eu li um livro de poemas que ganhei de um fã, Jughead jogou algo no celular e Jellybean assistiu um filme.
Na hora do almoço, pedimos para entregarem e agora estamos discutindo sobre o que assistir para passar o tempo, dessa vez juntos.
— Todas as séries e filmes que eu sugiro vocês já viram!
— Babe, friends não tem erro, já disse.
— Todos nós já assistimos friends — digo. — Não vai ter graça ver algo que já vimos.
— Então vamos ver a mansão bly. — Jughead sugere.
— Não! Tem que ser algo leve pra ver almoçando. Você já sabe dessa regra Jughead. — diz Jellybean.
— Vamos randomizar. Jellybean fala um número e Jughead também. De um a dez.
— Dois.
— Três.
— Vou com... seis. Isso dá onze, — Conto onze séries e paro em Cobra Kai. — Já viram essa?
— Não. Você já?
— Também não. — batem na porta.
— Eu pego. — Jug agradece o serviço de quarto e trás o carrinho com nosso almoço até o meio das camas.
Almoçamos assistindo a série e continuamos a maratona até as dez da noite.
— Já vamos sair, Jughead já arrumou as coisas?
Ele levanta em um salto e começa a tirar as roupas que estavam guardadas no guarda-roupa.
— É claro que você não arrumou sua mala — Jellybean murmura claramente brava. — Você tem cinco minutos pra arrumar essa merda. Eu vou fazer o check out. — avisa e sai.
Reviro os olhos e ajudo Jug a dobrar e guardar suas roupas.
— Por que você faz isso?
— Não foi de propósito okay? Acha que eu gosto de chegar atrasado nos lugares?
— Não sei porque você tira suas roupas da mala sendo que vamos ficar por pouco tempo.
— Gosto de ter tudo organizado.
— Você pode ter tudo organizado na sua mala.
— Okay Betty, eu já entendi.
— Tem sorte que eu não sou a Jellybean.
— Ela quer arrancar minha cabeça. As duas. — gargalho.
Depois de guardar tudo e verificar se não esquecemos nada, nós descemos e encontramos Jellybean na recepção.
— Se a gente perder o voo por sua causa eu juro que não deixo você ter filhos. — ele me encara e eu dou de ombros.
Saímos do hotel e fomos até o aeroporto com um carro de aplicativo. Chegando lá, despachamos as malas, fizemos o check-in e entramos correndo.
— Por muito pouco eu não te mato! Sério Jughead, puta merda, por que você faz isso sempre?
— Não da pra deixar o sermão pra quando chegarmos no hotel?
— Não. Não dá! Que merda Jughead! — passa as mãos nos cabelos. — Por que você faz isso sempre?
— É costume! Me desculpa!
— Mude essa merda de costume, deixa as suas roupas dentro da mala!
— Eu pagaria caso a gente perdesse o voo.
— É claro que pagaria! Eu faria questão de você pagar a porra do voo que perdemos por sua culpa! Você sabe que eu odeio tanto quanto você chegar atrasada, porque não arrumou a sua mala antes?
— Eu... eu me esqueci, me desculpa! Já deu tudo certo Jellybean, já estamos dentro do avião.
— Quando chegarmos no Tennessee você vai deixar as merdas das suas roupas na mala e só vai tirar quando chegarmos em casa, em Los Angeles.
— Ta bom, eu já ouvi e entendi...
— Eu quero descontar a raiva em você, ou seja, tu vais ouvir até chegar no Tennessee!
Ele se vira para mim para pedir ajuda, eu já estou com os fones de ouvido "vendo" um filme. Estou mais ouvindo a briga entre eles do que realmente prestando atenção no filme. Agora sim Jughead vai ouvir os xingamentos de Jellybean o voo inteiro.
— Foda-se, eu não quero ouvir você reclamar!
— Mas vai! E muito! — e lá vamos nós.
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singers •bughead•
Romance+Bughead|| onde Betty e Jughead são cantores famosos e se conhecem num jantar na casa de suas amigas em comum.