||66|| filhos ||

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Elizabeth Cooper

— Sério Jughead, você quer me fazer sofrer parindo mais três bebês. — digo e ele ri.

— Claro que não babe. — suspiro.

— Babe, você não tem noção do trabalho que é cuidar de um! Você quer ter mais três bebês! A realidade é muito diferente do que tu está provavelmente imaginando. Quanto custa ter um bebê, da muito trabalho, logisticamente falando e na prática também é muito mais difícil. No nosso caso seria o triplo de dificuldade!

— Betty eu já sei o trabalho que dá cuidar de um bebê. Eu passei sete meses com você e com o Gabe.

— O Gabe já tem três anos e já sabe falar, isso já ajuda muito. Não é a mesma coisa Jughead.

Estamos conversando sobre o futuro, mais especificamente sobre filhos. Jughead quer ter mais três e eu apenas um.

— Eu sei que não vai ser fácil mas eu tô disposto a tentar por você — sorrio. Ouvir isso aqueceu meu coração. — Agora eu te convenci a ter mais três bebês? — Gargalho. Cara de pau, penso.

— Ainda não Jug. Mas temos tempo pra pensar nisso. Aliás, você quase surtou quando descobriu que eu tinha um filho! — ele ri.

— Em minha defesa foi uma total supresa! E na época eu não era bom com crianças.

— Hoje você sabe lidar com crianças?

— Sim... Pelo menos eu não vou ficar nervoso se tiver uma criança por perto.

— Você ficava nervoso quando tinha criança por perto?

— Eu não sabia como ela iria reagir! — gargalho.

— Só você mesmo pra dizer isso, Jughead. Que evolução, hoje você já sabe o que fazer caso alguém te entregue uma criança chorando.

Ele ri e concorda.

— Como reagiria se descobrisse que está grávida agora?

— Levando em consideração que ainda temos um namoro a distância, apesar de não parecer, por causa da turnê, eu iria ficar feliz, óbvio, mas ao mesmo tempo ficaria preocupada com a distância — diz. — Mas o que você faria caso eu te contasse que está grávida?

— Você está? — rio.

— Não — ele finge estar triste. — Hipoteticamente falando, babe.

— Sinceramente? Não sei como reagiria. Claro, ficaria muito feliz, mas não sei como seria minha reação.

— Como você acha que lidaria com a distância?

— Não lidaria. Eu iria pra austrália e ficaria com você trabalhando de lá e...

— Jughead, não seria mais fácil você me pedir em casamento?

Já falamos sobre casamento antes, mas parece que peguei Jug de surpresa. Ele abre e fecha a boca algumas vezes, pensando no que falar.

— Eu não estou te pressionando pra me pedir em casamento.

— Eu não... só me pegou de surpresa, eu falo mais sobre casamento, você não. 

— Não tenho o hábito, talvez essa seja a palavra certa.

— Você não tem o costume de falar sobre o futuro.

— Acho que isso acontece por causa do Gabe. Não necessariamente por causa dele, mas como a gravidez foi totalmente inesperada, eu parei de fazer planos a longo prazo.

— Se você me contasse que está grávida agora eu começaria a fazer muitos planos a longo prazo!

— E se não saísse como você planejou?

— Faria mais planos.

— Vamos trabalhar isso com o tempo.

— Nós vamos viajar amanhã, tratem de arrumar suas malas hoje, agora de preferência. — Jellybean parece no escritório.

— Quando vamos pra austrália mesmo Jellybean?

— Vamos depois do show no Texas. Sua mãe vai ficar com o Gabe em Sydney até o fim da turnê, certo?

— Sim. Acho melhor ela cuidar dele nesse tempo já que vamos estar na austrália.

Jellybean concorda e sai do escritório.

— Vamos arrumar nossas malas babe — me levanto e estendo a mão para Jughead, ele segura preguiçosamente e eu faço cara de tédio. — Jughead...

Ele revira os olhos e se levanta. Entramos em seu quarto e pegamos as malas no canto do cômodo, pegamos praticamente todo o guarda-roupa e colocamos dentro das malas. Guardamos nossos itens de higiene pessoal e descemos as bagagens, deixando perto da porta, junto da mala de Jellybean.

— Mamãe, Gabe com fome. — Gabe diz.

Agora ele pegou a mania de dizer tudo em terceira pessoa, é fofo de ver.

Jug me ajuda com o almoço e entrega o prato de comida para Gabe, já que agora ele come sozinho. Chamo Jellybean e todos nós almoçamos conversando.

— Já arrumou sua mala Jug? — ele aponta para a porta e ela sorri de lado. — Muito bem. — dá alguns tapinhas na cabeça de Jughead como se ele fosse um cachorro. Ele revira os olhos e Gabe ri.

Arrumamos a cozinha e a sala de jantar e todos nos sentamos no sofá. Assistimos um filme da disney e Gabe dormiu no final, subo com ele no colo e o deito na cama de Jughead.

Quando desço, Jellybean está se despedindo de Jughead.

— Vou sair com o Rick — ela avisa. — Volto antes de irmos pro aeroporto amanhã.

— Mana...

— Eu volto ainda hoje, mas só a noite.

— Se cuida. — ela assente.

— Tchau Betty. — digo tchau e Jellybean sai.

— Você preferiria que os nossos filhos fossem americanos ou australianos? — pergunto me sentando no sofá.

— Não sei babe, e outra, isso não é justo. Você vai querer que eles sejam americanos e eu australianos, a gente teria que entrar em um consenso.

singers •bughead• Onde histórias criam vida. Descubra agora