||59|| san francisco ||

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Elizabeth Cooper

Hoje é o primeiro dia de tour! O primeiro show vai acontecer em São Francisco, eu, Jug e Jellybean viemos ontem e Gabe ficou com Cheryl e Verônica.

Foi difícil conseguir dormir já que fiquei e ainda estou muito ansiosa com o show, vai ser meu primeiro show para mais de cem pessoas. Apesar de estar nervosa, minha ficha parece ainda não ter caído, tipo, eu vou fazer um show para os meus fãs!

O evento vai acontecer no final da tarde, nem eu nem Jughead conseguimos dormir então ficamos conversando e vendo filmes de madrugada, enquanto Jellybean dormia. Se dormi por três horas foi muito, tomamos café da manhã no hotel e saímos para explorar as redondezas. Almoçamos em um restaurante qualquer e logo fomos para o teatro onde vai acontecer o show.

Jellybean contratou cabeleireira e maquiadora para agilizar o processo. Quando meu cabelo e maquiagem ficam prontos, troco de roupa e Jughead faz o mesmo. Testamos os microfones e ensaiamos como o show vai acontecer.

Dado o horário, ando de um lado para o outro nos bastidores nervosa, com as mãos suando frio.

— Babe, se acalma — Jug diz vendo meu estado. — Vai dar tudo certo!

— Como pode ter tanta certeza? Eu vou ter um infarto daqui a pouco.

— Betty, daqui a pouco você vai acabar cavando um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro — reviro os olhos com essa fala de Jellybean. — Não tem porque ficar nervosa, vocês vão tirar fotos com os fãs, responder algumas perguntas e depois cantar. Simples.

Tento controlar minha respiração, mas a tentativa é falha.

— Betty, você contou que já fez isso antes...

— Sim, na escola, ninguém sabia o que estava fazendo! Agora é um show profissional, que pagaram para estarem aqui...

— Jughead... — Jellybean olha para o lado e vê Jug sentado na cadeira de olhos fechados. — Betty, usa esse gif, vai te ajudar com a sua ansiedade.

Ela me entrega seu celular com um gif aberto, um exercício para respiração. Como a própria disse, vai me ajudar com a ansiedade. E vai ajudar o irmão.

Sigo o que a imagem em movimento mostra e assim consigo acalmar minha respiração.

— Babe... — toco em seu ombro.

— Jughead, toma o seu remédio... — entrega um comprimido junto de uma garrafinha de água.

— O remédio me deixa sonolento. — diz com certa dificuldade, por também estar com falta de ar, graças a ansiedade.

— Betty... — devolvo seu celular, ela agradece com um sorriso. — Então usa o gif — pega a pílula de volta e Jughead pega o aparelho de sua mão. — Você está melhor?

— Sim.

Depois de Jughead conseguir se acalmar, Jellybean saiu para resolver os últimos detalhes para iniciarmos o show.

— Já vão se preparando, falta cinco minutos para entrarem no palco. — ela avisa e sai novamente.

— Vai dar tudo certo. — diz e beija minha testa.

— Vai dar tudo certo. — repito.

Apesar do nervosismo, os últimos minutos passaram rápido, até demais e quando me dou conta já estou em frente ao painel com Jughead, vendo a fila se formar na entrada do teatro. Ao lado do painel tem uma mesinha com posters onde vamos dar nossos autógrafos.

Os fãs conversam entre si e quando Jellybean parece, a gritaria começa. Ela explica algumas coisas e tira fotos com os seguidores, depois a primeira fã vem até mim e Jughead.

— Oi... — pausa, claramente nervosa.

— Oi, tudo bem? — ela assente. — Como você se chama?

— Lisa.

— Desde quando você acompanha a gente? — Jug pergunta enquanto escrevemos no poster "para Lisa com amor, Betty e Jughead".

— O começo desse ano, por causa do primeiro álbum.

Entregamos o autógrafo e posamos para a câmera.

— Obrigada.

— Obrigada você pelo carinho! — ela vai para a área onde vai acontecer o show.

A próxima fã vem em nossa direção e nós fazemos o mesmo processo com todos, perguntamos o nome, damos nosso autógrafo, perguntamos há quanto tempo nos acompanha e tiramos a foto.

— Agora sim vamos ao show! — Jug diz no microfone e todos gritam.

Começamos com as músicas do primeiro álbum, depois seguimos com as do segundo.

A plateia cantou todas as canções animadamente, o que me deixou um tanto quanto chocada. Óbvio, as pessoas ali presente são nossos fãs, mas ainda é surreal demais ver que tem tanta gente passando um tempo aqui, aproveitando nosso show e que gostam tanto do nosso trabalho (e que sabem todas as músicas de cor!). Isso me fez ver que estou no caminho certo.

— Agora que infelizmente o show está chegando ao fim, vamos usar esses últimos trinta minutos para responder algumas perguntas! Digam seus nomes e façam a pergunta — digo. — Façam uma fila ali do lado, na vez de cada um, vamos responder a sua pergunta.

Rapidamente a fila se forma, encaro Jughead, ele sorri para mim e pega em minha mão, me confortando.

— Sem perguntas desconfortáveis, por favor. — ele diz e as pessoas na fila riem.

— Pode ser qualquer tipo de pergunta? Sem ser desconfortável? — a primeira pessoa pergunta.

— Qualquer uma, menos alguma desconfortável.

— Sou a Amber e a minha pergunta é: como vocês se conheceram?

— Amber, nos conhecemos por amigas em comum! Nós casualmente fomos jantar na casa de nossas amigas e nos conhecemos! — Jug conta. — Um fato curioso, Jellybean tinha conhecido a Betty um dia antes.

— Meu nome é Natasha e com essa história, essa dúvida surgiu, foi a Jellybean que te arranjou pra Betty? — todos rimos.

— Não — respondo. — Eu encontrei a Jellybean por acaso no dia anterior, aliás, depois, quando a gente se encontrou na casa das nossas amigas, nem sabíamos o nome uma da outra!

— Sou Sadie. Como vocês começaram a cantar?

— Sadie, eu comecei a cantar porque tive um musical no ensino médio.

— E eu — pausa. — Na verdade, eu comecei com um violão, depois de três anos, mais ou menos, eu comecei a cantar.

— Me chamo Selena e... se fosse pra escolher, onde escolheriam viver, estados unidos ou austrália?

— Seria obvio demais se eu respondesse austrália, mas confesso que estado unidos...

— Sério Betty? Não esperava por isso. — Jug diz.

— Juro. Eu amo a austrália e me orgulho de ser australiana, mas pensando em trabalho, por exemplo, estados unidos tem mais oportunidade.

— Eu também amo a austrália e se pudesse iria pra lá sempre que possível, mas ainda sim, eu prefiro estados unidos.

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