||68|| difícil ||

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Elizabeth Cooper

— Obrigada pelo carinho Melbourne! — digo no microfone e eu e Jug entramos no camarim.

— A energia dos shows de vocês é incrível! Eu já desconfiava só pelos stories, mas pessoalmente é muito melhor! — diz minha mãe.

Sim, minha mãe está com a gente. Ela ficou com Gabe durante os shows de Sydney e Brisbane, e como temos o final de semana livre, ela veio passar esse curto tempo com a gente.

Pegamos nossas coisas e saímos do teatro para esperar o carro de aplicativo que Jellybean pediu.

— Quem vai com quem?

— Vão você e o Jughead em um, eu, a Jellybean e o Gabe em outro.

— Gabe quer ir com mamãe. — abraça meu pescoço e começa a chorar.

Pois é, Gabe está muito manhoso ultimamente, acho que por conta da turnê, já que ele ficou com Cheryl e Verônica e nos viu muito pouco. Ele já estava assim na semana de seu aniversário, mas, como passamos uma semana juntos, os sentimentos voltaram para o lugar.

— O Gabe vem com a gente. — o carro estaciona.

— Jellybean Jones?

— Isso. O pequeno vai junto tem problema? — o motorista nega e aponta para trás.

— Tem uma cadeirinha no porta-malas.

O motorista abre o bagageiro e Jug pega de lá a cadeirinha e prende no banco de trás.

— Vem filho...

— Não!! — Gabriel começa a se debater no meu colo.

Respiro fundo para não me estressar.

— Gabriel por favor, você tem que ir na cadeirinha pra sua segurança — ele funga. — A mamãe e o papai não vão sair de perto de ti.

O pequeno me abraça e vai com Jughead, que o prende na cadeirinha e nós entramos no carro. Jug conversa com o motorista durante o caminho e quando chegamos, ele paga, enquanto eu tiro Gabe já adormecido da cadeirinha, e ele a guarda de volta no porta-malas.

— Você sabe o porque de ele estar tão manhoso assim? — pergunta baixo.

— Acho que por causa da turnê... como ele passou pouco tempo com a gente, ele sentiu falta. Agora que já está acabando, tudo vai voltar ao normal. — antes que Jughead posso falar alguma coisa, saímos do elevador e ele abre a porta com o cartão de acesso.

Depois de colocar Gabe deitado na cama, vou para o banheiro tirar a maquiagem, volto para o quarto só para pegar meu pijama e vou tomar banho. Seco meu cabelo e me sento na cama com minha mãe e meu filho para ler um livro e me preparar para dormir.

Minha mãe pediu para que dividíssemos um quarto para não gastarmos mais com a turnê e assim ficou. Eu, minha mãe e Gabe vamos dormir em uma cama e Jughead e Jellybean em outra.

— Boa noite filho, boa noite babe. — beija a testa de Gabe, me dá um selinho e se deita na cama ao lado.

{...}

Viemos passear no shopping, mas não sei se foi uma boa ideia. Gabe está mais impaciente do que nunca hoje, ele definitivamente não acordou de bom humor.

— Betty, vai querer alguma coisa dessa loja? — nego e Gabe resmunga para irmos embora.

— Só vamos almoçar e depois voltamos pro hotel. — assinto.

Peço um lanche com fritas e refrigerante para mim e divido as batatas com Gabe, ou era para ser assim.

— Não quero! — empurra minha mão.

— Filho, come só as batatas... não precisa comer tudo, só... — suspiro. — Gabe por favor, prometo que depois de comer, nós vamos embora.

Por estar irritado e testando minha paciência, ele só comeu mais três batatas, nesse curto tempo eu consegui terminar de comer meu lanche enquanto minha mãe, Jellybean e Jug já tinham acabado.

— Vamos — digo e Gabriel se levanta rapidamente e corre em volta da mesa enquanto recolhemos nosso lixo.

Quando estávamos prestes a descer a escada rolante, Gabe solta minha mão e vai em direção a mesma. O seguro rapidamente antes de ele se acidentar, com isso, o choro é imediato.

— Gabriel, você não pode soltar da minha mão assim. Você pode se machucar na escada, mas nós podemos descer juntos, você também pode dar a mão pro papai. — explico e sugiro.

Ele chora mais e começa a se jogar no chão. Respiro fundo antes de me afastar da escada e me agachar para ficar da sua altura.

— Filho, olha pra mamãe. — digo firme.

— Betty, você vai deixar mesmo ele se jogar no chão e espernear desse jeito? — ouço Jughead perguntar baixo. O encaro e assinto.

— Gabriel, olha pra mim. — faz o que peço. — Eu sei que você está irritado com tudo o que anda acontecendo, mas isso não te da motivos pra não comer e sair andando sozinho. Eu vou estar aqui pra quando você se acalmar e finalmente podermos ir embora.

Me levanto e seguro em sua mão, tentando passar conforto.

— Eu preciso deixar ele pôr as emoções pra fora de algum jeito. Eu preciso ser o porto seguro dele. Se ele não me machuca, não se machuca e não machuca o ambiente no sentido de quebrar alguma coisa, eu preciso lidar com as emoções dele, o Gabe precisa de um lugar seguro pra expor o que tá sentindo, e esse lugar seguro tem que ser comigo, ou com você ou com a nossa família.

Quando o choro cessa, nós finalmente saímos do shopping e voltamos para o hotel.

— Só pra finalizar, eu quero e tenho que ser o porto seguro do Gabe porque eu quero ouvir a melhor e a pior notícia da vida dele. E pra isso acontecer eu preciso criar uma confiança e lidar com tudo o que ele sente. — digo e Jug concorda.

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