||09|| vai em frente! ||

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Jughead Jones

Infelizmente Betty vai embora hoje, já estamos no aeroporto e estamos esperando seu voo ser anunciando.

Cheryl e Verônica estão abraçadas a loira desde que elas se sentaram em frente ao portão de embarque.

Eu e Jellybean estamos sentamos em frente às meninas e Archie e Toni estão em pé mexendo no celular.

Um voo é anunciado e Betty desfaz o abraço com as amigas, vendo a fila se formar.

- Não vai pra fila? - pergunta Archie.

- Mas calma. - responde. - Eu vou esperar a fila diminuir pra ir pro avião. Eles não vão sair sem mim. - diz simples.

Quando faltavam apenas quatro pessoas para a fila acabar Betty se levanta e abraça Verônica e Cheryl, sussurrando algo em seus ouvidos. Ela abraça Toni, Archie e Jellybean e quando chega a minha vez ficamos nos encarando por alguns segundos mas logo ela me puxa para um abraço.

- Foi muito bom te conhecer. - diz ainda abraçada a mim.

- Digo o mesmo. - me afasto e pouso minha mão em sua cintura.

- Tchau gente. Até... - da de ombros. - Sei lá quando.

E então ela caminha até a fila, mostra o passaporte e antes de realmente entrar no corredor ela se vira e acena para gente.

Verônica e Cheryl fizeram questão de esperar o avião decolar para irmos embora. Nos despedimos no estacionamento e entramos em nossos respectivos carros.

- Foi muito bom te conhecer. - Jellybean diz afinando a voz. - Quando ela falou isso seus olhos brilharam de forma surreal! - me empurra de leve.

- Não viaja... - digo.

- Jughead, sua cara não mente sobre o que você sente. Tu tá claramente apaixonado pela Betty.

- Ela tem um filho Jellybean.

- Falando em filho, o que porra foi aquele surto quando descobrimos? E você ia falando uma grande merda. "Você não tem cara de ser mãe?" Caralho Jug que frase é essa?

- Ia saindo no calor do momento. Vai me dizer que você já imaginava que ela é mãe?

- Óbvio que não, porque ela aparenta ser super nova, mas de qualquer forma... quem tem cara de ser mãe Jughead?!

- Ah...

- Se você disser todas as mulheres eu te dou um soco. - ameaça.

- Não ia dizer todas as mulheres. - me defendo. - Mas tipo a mamãe tem cara de mãe. - ela me encara com deboche.

- Aquela mulher tem cara de ser mãe? - aponta para uma mulher aleatória caminhando na rua.

- Não.

- Então, idiota. O que faz uma mulher ter cara de mãe? - faz aspas com os dedos.

- Sei lá Jellybean.

- Aliás o que tem ela ter um filho?

- Ela pode namorar... isso me impede de ficar com ela.

- Ah então você admite que quer ficar com ela? - cutuca meu ombro.

- Se eu negar você vai me fazer dizer a verdade então... Sim, eu quero ficar com a Betty.

- Aí sim. Mas só supondo que ela é solteira...

- Ela tem um filho. - afirmo.

- E o que muda ela ter um filho?

- Eu tenho capacidade de ser pai? - pergunto e ela faz uma careta. - Sua cara já fiz tudo.

- Mas o que te impede de tentar? Se você gosta dela, vai em frente!

- Você só tá esquecendo um problema minha querida, ela mora, literalmente, do outro lado do mundo.

- Mas isso se resolve com as lindas e maravilhosas chamadas Cheryl Blossom e Verônica Lodge. As três são super amigas e se depender delas elas vão visitar a Betty amanhã mesmo. Se as duas forem pra austrália com certeza vão nos convidar.

- Você fala isso com uma convicção que se elas não nos chamarem você vai dar de cara no chão de um jeito tão lindo. - debocho.

- Vai se foder Jughead. Voltando, tu nunca foi... medroso em relação a pegar alguém, porque tá tão inseguro? - pergunta e penso sobre. Realmente, nunca fui inseguro no quesito ficar com alguma menina, mas quando descobri que Betty tem um filho isso aumentou 1000% minha insegurança que eu nem sabia que existia.

- Sei lá irmã, saber que ela é mãe piorou tudo. A Betty pode não querer ninguém no momento...

- Para de ficar supondo coisa e alimentando sua ansiedade e pede o número dela para as meninas. Como sempre falamos um pro outro...

- Conversa é a base de tudo. - repito com ela.

- Você vai saber o que fazer. - bate em meu ombro e sai do carro.

Estava tão imerso na conversa que apesar de estar dirigindo, fui no automático e nem percebi que já chegamos em casa. Saio do carro também e vou para cozinha procurar alguma coisa para comer.

- Tá com fome? - pergunto para minha irmã sentada no sofá.

- Tem o brownie que eu fiz mais cedo no forno, pega um pedaço pra mim. - avisa.

Corto dois pedaços, coloco nos pratos e levo para ela, ficando com um para mim.

- O fato da Betty ter um filho me assusta muito, - começo. - da um certo medo da criança não gostar de mim ou sei lá, eu não saber o que fazer já que isso não é algo que eu viva no dia a dia.

- Óbvio que da um certo receio, mas você se da super bem com os nossos primos mais novos e com os seus mini fãs. Tu só precisa ser você mesmo e não se cobrar tanto em relação a isso. Leva esse assunto pra terapia, a sua terapeuta vai saber te dizer melhor as coisas e te ajudar a superar essa insegurança. Mas enquanto o dia da consulta não chega, faz as perguntas básicas: por quê eu me sinto tão inseguro em relação a Betty ter um filho?; e por quê eu me sinto tão inseguro em me relacionar com ela em específico? - assinto. - Se você for mesmo ter algum relacionamento com ela, só deixa fluir e seja você mesmo. Pelo pouco que a gente já conviveu com ela, a Betty parece ser bem compreensiva.

- Valeu pelas dicas mana, eu estava precisando. - sorrio.

- Você sabe que eu to aqui pra isso. Igual a vovó dizia, tudo tem o seu tempo, tudo vai acontecer na hora certa. Sem pressão. - repete a frase que mais ouvimos na infância. - Se for pra vocês ficarem juntos, que fiquem, se não, tem outras pessoas no mundo.

singers •bughead• Onde histórias criam vida. Descubra agora