Capítulo 5

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Narrado por Sarah

Quando cheguei em casa só contei a parte boa para os meus pais. Contei que tinha passado mal, mas disse que provavelmente foi a pressão que caiu. Não comentei nada sobre a Juliette Freire. Na verdade, eu não estava nem um pouco afim de falar dela.

No entanto, no fim da noite, eu liguei para a Carla afim de desabafar tudo o que havia acontecido. Ela atendeu logo que eu chamei.

— Amiga!! Conte tudo!! – disse empolgada.

— Preciso contar mesmo! – Suspirei – Bom, para começar foi maravilhoso! Ele me chamou para ir no palco novamente, entreguei o presente e falei do livro. Ele foi super atencioso! Disse que eu posso ir no programa dele quando lançar! Entreguei a carta, falei que o amava...Tudo! Bom... – suspirei mais uma vez. — Aí chegou a Juliette Freire para ser entrevistada...

— Juliette Freire??? Ela é linda! – falou com mais empolgação do que antes.

— Sim, eu sei que ela é... Mas infelizmente o Rodolffo também achou isso. Ele deu em cima dela a entrevista INTEIRA!

— Ele sempre zoa com as mulheres bonitas! — Carla disse.

— Com ela foi diferente... Eu já desconfiava, mas depois eu vou te dizer porque isso é verdade.

— Como assim? – Carla me perguntou.

— Eu estava vendo a entrevista e de repente eu comecei a passar mal. Eu queria sair dali, sabe? — falei.

— Nossa, mas por que?

— Aquela entrevista estava me dando mal-estar. E aí eu comecei a passar mal de verdade.

— Isso foi ciúmes? – Carla perguntou meio que sem acreditar.

— Para você eu confesso que foi, amiga! E dos piores! — me rendi.

Carla começou a rir do outro lado da linha.

— Ai amiga! Você é a pior! Ciúmes do Rodolffo?

— Claro! Você sabe que eu sou apaixonadíssima pelo Rodolffo! E ele estava ali na minha frente dando em cima dela!

— Na cara dura! Nossa, que cafajeste! — ironizou em meio ao riso.

— ENTÃO, — enfatizei para continuar a história. – Eu passei mal, e fui para a enfermaria. Nisso ele interrompeu a entrevista para saber o que estava acontecendo. A produção avisou para ele que eu estava passando mal. Ele me olhou, pegou a foto, olhou meu nome e disse "essa é a Sarah".

— Que lindo!!! Nossa, Sarah! Não achei que ele fosse tão fofo! Ele falou seu nome?

— Bom, ele leu...

— Mesmo assim! Que fofinho! – suspirou – E você fazendo drama porque ele estava cantando a Juliette! Bom, e aí? Você parou de frescura e voltou para o seu lugar?

— Claro que não, eu estava mal! Mesmo porque ele continuou a entrevista, "cagando e andando" para mim.

— Que absurdo! Deveria suspender a gravação e te levar no médico! – ela brincou.

— Deveria mesmo! Melhor do que ficar ali do lado dela! – falei no mesmo tom. – Mas aí fui para enfermaria, fiquei lá e depois a Lívia foi também. Quando estava saindo para ir embora, quem eu encontro no corredor? ELE! Aí amiga, você nem imagina! Ele falou meu nome de novo!

— Sem ler em nenhum lugar???

— Isso! — falei.

— Que fofo!! Já decorou seu nome!

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