Capítulo 86

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No final do dia, quando todos já haviam ido embora, Rodolffo se sentou ao meu lado no leito e me deu um beijo demorado.

— Eu já disse que te amo, hoje? — ele perguntou carinhosamente.

— Hum... Eu acho que não! — sorri.

— Eu te amo!!!

— Eu também te amo! Muito!

Ele acariciou minha barriga e sorriu.

— E amo o nosso bebê!! Já pensou em nomes? – Rodolffo perguntou.

— Se for menino, estava pensando em Rafael...

- Rafael é um nome bonito...

E assim ficamos conversando sobre nosso bebê. Eu adorava ficar imaginando como ele seria.

Fiquei três dias em observação no hospital. Um pouco mais do que o esperado, mas o médico achou que era melhor para certificar que eu estava realmente bem.

O Rodolffo ficava ao meu lado o máximo de tempo que conseguia. Quando dava o horário da gravação ele saía, voltando logo em seguida. Obviamente eu nunca ficava sozinha. Meus pais e a Vera faziam plantão no meu quarto. Eles nem revezavam! Eram os três o tempo todo!

Essa bajulação toda é ótima, linda... Mas confesso que sentia falta dos meus momentos sozinha! E eu sabia que seria assim daqui para frente já que eles levavam essa história de "Repouso Absoluto" a sério até demais. Se eu virasse para o lado, alguém vinha segurar o meu pescoço dizendo que eu estava forçando demais a cervical! Nem no banheiro eu conseguia ir sozinha em paz! Nem no banheiro! Dá para acreditar??

Quando finalmente eu fui para casa, eu nem comemorei. Óbvio que temos que ficar pouco tempo no hospital por causa do lance risco de contaminação, mas em casa eu continuaria vivendo a mesma rotina do hospital: de não poder fazer absolutamente NADA!

O jeito era se acostumar! Fazer o que? Tudo pelo bem do meu filho!

Fui para a casa de Vera e no quarto do bebê, os móveis estavam afastados e a cama do Rodolffo havia voltado para ficarmos neste período. Apesar de improvisado, não estava bagunçado!

Mesmo eu e o Rodolffo dormindo lá, Vera deixou bem claro que era um quarto emprestado, porque agora aquele quarto pertencia unicamente ao bebê.

Juliette foi me visitar e assim que chegou, eu lhe contei tudo sobre a conversa com a Carla. Ela ouviu atentamente.

— Eu acho que duas coisas são importantes, Sarah: Você não acreditar totalmente na mídia e nem acreditar totalmente na Carla. Você sabe, sempre desconfiei dela. — soltou uma risada. — Sei lá, às vezes ela soltou algo para chamar atenção e depois se arrependeu, ou falou algo bem simples e os jornalistas que aumentaram. Nunca se sabe! Mas quer saber, Sarah? Nesse caso, eu acho que isso não importa! Se ele tivesse beijado ou não, faz tanto tempo e foi antes de sair contigo!

— O que me irritou não foi isso! Foi ela ter tocado nesse assunto agora!

— Aprenda: eles sempre vão querer tocar nas piores feridas! Com certeza, quando descobrirem que somos amigas, eles vão ficar publicando algumas coisas para causar discórdia!

Suspirei.

— Ser esposa de famoso é ruim demais!

— Não acho que seja só pessoas famosa não! As pessoas adoram fofoca! Acho que todo mundo passa por isso!

— Isso é verdade! – falei.

— Então não esquenta a cabeça! E quanto a mim fique sempre tranquila! Eu e o Rodolffo não temos nada! – Juliette disse rindo.

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