Capítulo 35

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Meu coração estava tão apertado. Onde eu tinha me metido? Era tão óbvio que o Rodolffo não seria fiel! Olha a fama dele! Eu sempre soube disso. E, gente! Ele ficou comigo quando ainda estava com a Rafa Kalimann! O que eu poderia esperar mais disso? Onde eu estava com a cabeça?

             De manhã Rodolffo me mandou mensagem de "bom dia" e disse que iria me levar ao trabalho. Fiquei feliz na hora! Era impressionante como ele conseguia me iludir, fazendo eu esquecer de tudo rapidamente. Uma trouxa apaixonada? Sim! Era isso que eu era!

Mesmo assim, as minhas dúvidas não haviam sumido da minha cabeça.

Ele chegou no horário combinado e ao vê-lo, eu ficava hipnotizada. Era engraçado como todos os dilemas eram esquecidos naquele momento.

— Bom dia! — ele me disse.

— Bom dia! — sorri e fui ao encontro dos seus lábios. Um beijo perfeito, por sinal.

— Tenho algo para você!

Ele se debruçou no banco de trás e me entregou um pequeno ramalhete com 3 rosas cor de rosa em um arranjo super fofo com um laço branco.

— Não sei ainda seus gostos, mas quando as vi, lembrei de você!

— Que lindo, Rodolffo! Eu amei!

Acho que qualquer presente que ele me desse eu iria amar. Afinal, era um presente DELE.

Não me chame de besta (embora eu perceba que estava sendo)! Tenho certeza que a Carla estaria rindo de mim ao saber que eu caia na dele tão facilmente.

— Não quero levar para o serviço para não estragar. – eu disse, admirando o presente. — Queria poder levar para casa assim, desse jeitinho.

— Eu levo para minha casa e de noite você pega. — ele me disse.

— Tudo bem. Pode ser!

Ele me olhou e me deu mais um beijo. Aquele beijo maravilhoso que só ele sabe dar. Fomos conversando, até que ele tocou no assunto que justamente eu precisava falar.

— Parece que vai abrir uma seleção no administrativo da Globo, mas não é para a área de psicologia. Será que a Carla se interessaria? — ele disse. Mesmo eu trabalhando no setor de RH, ele sabia da informação antes de mim.

— Não sei se ela gostaria de atuar em outra área.

— Mas com certeza deve ser mais do que ela ganha! — disse soltando uma risada.

— Posso ver com ela... – falei. — Er... — respirei fundo para ter a coragem de perguntar. — Vocês têm se falado?

— Às vezes ela me manda mensagem perguntando se eu sei de alguma vaga.

— Ah...

Eu desviei o olhar para a janela lateral do meu lado. Dava um aperto no coração só de pensar. Será que ele estava mentindo para mim?

Ele parou o carro no sinal vermelho e encostou a mão na minha perna.

— O que houve? — ele perguntou.

Eu olhei com receio. Devia estar estampado na minha testa o que eu pensava.

— Nada...

— Desde ontem você não quer me contar o que está acontecendo... É sobre mim?

Dei um suspiro, ao mesmo tempo que o sinal abriu e ele desviou o olhar para olhar o trânsito.

— Sei lá, Rodolffo! É bobeira minha. — eu disse.

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