Capítulo 106

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— Está tudo bem, filha? – perguntou ainda no carro.

— As contrações estão me matando... – Sarah puxou o ar. – Como você aguentou isso, mãe?

— Eu não quero te assustar, mas...

— Eu sei! – Sarah interrompeu. – Não precisa dizer que o parto vai ser pior, acho que não vai amenizar minha dor agora...

— Mas quando você ver o rostinho da Izabella, tudo vai passar!

— Isso eu tenho certeza! – Sarah tentou sorrir, ainda que a dor a impedisse de dar um sorriso com facilidade.

Chegando no hospital, o motorista ajudou Maria a colocar Sarah em uma cadeira de rodas e a levaram para dentro. Sua mãe deu entrada com seus documentos na recepção e ela logo entrou na sala para aguardar o médico chegar. Enquanto isso, enfermeiras vinham fazer todos os procedimentos necessários para prepara-la para o parto.

A dor de Sarah já estava insuportável. Ela não conseguia nem mais definir aonde doía, só desejava que aquilo tudo acabasse rápido.

— Que apressada essa sua bebê, hein? – disse Dr. Isaac entrando na sala.

— É... – disse com dificuldade.

— Vou verificar a dilatação! – disse o doutor fazendo o procedimento necessário.

Sarah procurou a mãe com um olhar de preocupação.

— O Rodolffo ainda não chegou? – ela perguntou.

— Ainda não, mas já deve estar vindo!

— Eu queria que ele estivesse junto na hora do parto... – disse com dificuldade, fazendo mais uma feição de dor.

— Daqui a pouco ele chega filha, — Maria se aproximou para fazer carinho nos cabelos de Sarah. – fica tranquila.

— Na verdade, já temos que ir... A Izabella está chegando!

O médico parecia animado, mas Sarah, além das dores, sentia preocupação. Não queria que Rodolffo não estivesse ao seu lado naquele momento.

— Tudo bem, filha! – Maria segurou sua mão. – Eu vou estar com você!

Sarah apenas assentiu com a cabeça e esperou que a levassem para a outra sala onde seria o parto. Na mesma cama móvel que estava, Sarah foi transferida para o outro quarto, enquanto o desconforto aumentava cada vez mais.

Em meio a todo o sofrimento que estava, Sarah conseguiu avistar Rodolffo, que chegava no corredor, todo atrapalhado, andando e arrumando seu avental e touca do cabelo – vestimenta necessária para estar com a esposa durante o parto.

— Rodolffo! – Sarah sorriu.

— Oi, amor! – ele sorriu, chegando ao seu lado. – Consegui chegar a tempo!

— Ainda bem! Obrigada por estar comigo!

Rodolffo selou seus lábios e sorriu, acompanhando-a até a outra sala.



Apesar de tudo, o parto demorou bastante para acontecer. Sarah sentiu bastante dor enquanto nascia sua filha. Ela não conseguia nem medir o tanto de dor que era. Naquele momento só pensava que nunca iria querer ter outro filho e entendeu perfeitamente porque a sua mãe preferiu que ela fosse filha única.

O sofrimento foi intenso, no entanto, como Maria já havia alertado, todo martírio foi esquecido ao ouvir o choro de Izabella e olhar o seu rostinho.

— Ela é linda! – disse Sarah ao admirá-la.

Izabella nasceu rosada, não tinha como definir a quem ela havia puxado, mas Sarah já achava que tinha todos os traços de Rodolffo, inclusive a tonalidade do cabelo.

— Ela é muito linda! – Rodolffo se derreteu. – Muito!

Ele deu um beijo na testa de Sarah e sorriu aliviado por tudo ter corrido bem. Durante toda a gravidez, ele tinha muito medo que acontecesse algo com o bebê e ao ver a filha na sua frente, conseguiu aliviar toda tensão que estava carregando.




Carla foi até o apartamento de Sarah e se identificou na portaria, porém foi avisada que Sarah não estava.

— Como assim não está? Ela pediu para eu vir aqui!

— Eu a vi saindo com a mãe não faz muito tempo...

Carla sentiu um misto de raiva com chateação por ser enganada. Sabia que tinha feito muita coisa errada, mas se Sarah havia marcado para conversarem, não via o porquê de ela desonrar com o compromisso.

Carla foi para casa pensando no que acabara de acontecer. Por achar que Sarah não sabia que ela realmente era a culpada de tudo, não via razão para a amiga ter feito aquilo. Estava ciente que havia ficado um bom tempo sem atender as ligações de Sarah, mas não achava que isso era motivo suficiente para faze-la de trouxa, indo até a sua casa e dar com a cara na porta.

Pensou em voltar atrás e apoiar a ideia de Rafa Kalimann. Pegou o telefone, mas desistiu logo em seguida. Não era assim que deveria resolver as coisas. Não agora.




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E a Izabella chegouuuuuu!!!!


Agora é hora de dormir!!!

Amanhã a gente continua!!

Obrigada pelo apoio e presença pessoal!!!

Amoooo vocês!!


Boa noite!!!


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