Capítulo 37

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Como explicar o que eu estava sentindo? Afinal, imagine só? Eu estava saindo com o cara que eu mais amava na vida! Ele era o meu ídolo! Aquele que eu morria só em ver o programa de tevê, que eu sonhava em conhecer, que eu morria de ciúmes... SIM, EU ESTAVA SAINDO COM ELE!

Fiz de tudo para me concentrar ao máximo no trabalho, contudo era bem difícil. Felicidade demais também distrai e deixa a gente ansiosa, boba e sorrindo à toa.

— Parece tão distraída hoje, Sarah! O que houve? — Augusto me disse no almoço, quando estávamos juntos.

Ouvir isso dele era um péssimo sinal. Isso simplesmente porque Augusto era o meu chefe e eu era nova no trabalho. Não poderia causar uma má impressão assim tão cedo.

— Desculpe! Eu posso estar distraída agora, mas pode ter a certeza que me concentrei e fiz meu trabalho certinho hoje! – falei rapidamente.

— Eu sei! — ele disse, seguido de uma risada. — Quanto a isso eu estou tranquilo. Mas hoje você está parecendo um pouco aérea...

— Bom, isso é verdade! É que...

Parei por um instante. Será que o Rodolffo iria querer que falasse sobre nós? Ainda nem estávamos namorando!

Augusto olhava para mim esperando uma resposta.

— São tantas coisas boas acontecendo na minha vida. – sorri, tentando contornar o assunto. — Às vezes me custa cair a ficha! Não parece que tudo isso é verdade. Tudo o que eu sonhei parece estar acontecendo!

— Você é uma boa pessoa, por isso coisas boas acontecem para você! — ele me disse.

— Obrigada! Fico feliz em ouvir isso!

Augusto era muito gente boa. Um chefe que eu me sentia à vontade em conversar com ele. Se não fosse o meu receio em não saber se Rodolffo se importaria de que eu falasse sobre nós, com certeza eu falaria tudo sobre o que estava acontecendo para o Augusto. Ele era tão legal que me dava a confiança de se abrir com ele.

De noite fui para a casa do Rodolffo para tomar o meu café com a Vera. Era tão bom ver que ela ficava feliz com a minha presença. E isso me fazia me sentir tão bem.

Quando cheguei, logo vi as minhas flores em um vasinho, em cima da mesa.

— São tão lindas! — ela disse ao perceber que eu estava olhando. — Coloquei aqui para você não esquecer de levar. O Rodolffo sabe escolher muito bem!

— Sim, são lindas! Eu amei. — respondi.

— Ele está tão apaixonado! Você trouxe uma grande felicidade para essa casa! Não faz ideia o quanto você é importante para nós!

A Dona Vera sempre me falava o quanto a perda da filha dela impactou sua vida e o quanto eu tinha ajudado para que ela se sentisse bem. Eu ficava feliz com tudo isso, mas também ficava preocupada. Longe de mim, mas e SE não desse certo com o Rodolffo? E SE eu tivesse que parar de ir na casa deles?

Era melhor não pensar, né? Dizem que pensar, atrai! E eu tenho atraído tantas coisas boas, que eu não queria que tudo mudasse.

Rodolffo chegou, com mais flores e, dessa vez, uma caixa de bombom. Ele sorriu ao me ver, mas deu o ramalhete para a sua mãe.

— Boa noite, mãe! Este eu comprei para você!

— Que lindo, filho, obrigada! — ela sorriu, lhe dando um beijo.

— Boa noite, Sarah! — disse me dando um beijo nos lábios. — Para você, eu trouxe chocolates. Creio que ficou faltando de manhã!

— Não precisava! — sorri — Mas amo chocolates, isso é verdade!

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